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Fui amante do marido da minha patroa e amiga

Me arrependi, mas era tarde. O destino se encarregou de me castigar por tudo que fiz

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 03h51 - Publicado em 23 fev 2010, 21h00

Aprendi que, com homem casado, nunca 
mais! Decidi buscar um amor verdadeiro
Foto: Júnior Foicinha

Quando ela me viu na cama do motel, me senti a pior das mulheres. Leuda, minha patroa, ficou em choque. Eu podia sentir a dor em seu olhar. Quis fugir, mas não tinha para onde: fomos pegos no flagra. Eu, a funcionária e confidente, com o José, marido dela. Fim da farsa.

Na hora, o José ficou ao meu lado. ”Chega, Leuda. Saia da minha vida, vá para o inferno e nos deixe em paz”. Ela o escutou calada, grávida de sete meses.

O José me levou pra casa e pediu algumas horas para botar um ponto final no casamento. Ele me fez juras de amor e disse que seríamos felizes. Como sempre, acreditei. Mas dessa vez foi diferente. Ele não voltou.

Sou de carne e osso e caí em tentação

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Fui contratada pela Leuda para trabalhar como secretária administrativa na escola dela, em agosto de 2007. Construímos ali uma relação de confiança e amizade. Tínhamos afinidades.

Toda essa aproximação trouxe para o meu dia a dia o José, marido dela. Ele não trabalhava na escola, mas estava sempre lá.Com dois meses de trabalho, ele começou a dar em cima de mim. Dava beijo na minha mão, piscadinhas maliciosas. Evitei, ignorei e virei a cara muitas vezes, durante três meses. Mas sou de carne e osso e caí em tentação.

Tudo não passava de uma aventura, até eu me apaixonar. ”Me espera na rua da escola, alguns quarteirões para trás. Eu te pego”, era o combinado de sempre. Saímos pela primeira vez em fevereiro de 2008. Daí em diante, a gente fazia alguma coisa quase todos os dias: motel, cinema, barzinho… Fomos até para a casa de praia deles.

Me sentia feliz ao lado dele. Parecíamos um casal de namorados apaixonados. O José também se mostrava contente, nem parecia que tinha esposa.

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O primeiro sufoco

Já comemorava o sexto mês com o José quando passamos pelo primeiro perrengue. Estávamos a caminho do motel quando eu vi o carro da Leuda atrás da gente. Avisei o José, mas ele achou que fosse coisa da minha cabeça. Não era. Ela entrou no motel e armou o escândalo: gritou, esperneou e exigiu explicações. Fiquei apavorada! A sorte é que ele conseguiu desviar a atenção dela enquanto eu entrava no carro. Saímos fugidos e fomos para a minha casa.

”Peguei o meu marido com outra mulher. Tô supernervosa, mas não sei quem é ela”, me contou a Leuda, no dia seguinte. Parecia cena de novela, imagina a minha cara! Ela não merecia essa decepção, ainda mais estando grávida. Mas o que eu ia fazer? Se contasse a verdade ia perder tudo: o romance, a amiga e o trabalho. E se ficasse calada, tudo continuaria igual. Optei pela segunda alternativa. Eu sei que fui covarde.

Abortei e me senti um lixo

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Depois do primeiro susto, ela pediu a uma amiga que trabalhava no motel que a avisasse caso o carro do José voltasse lá. Então, em um mês e meio, o flagra veio à tona. Perdi o emprego e o amante. O José me abandonou com poucas explicações, dadas por telefone. Ele não foi homem para me olhar nos olhos. Me ferrei e levei a culpa sozinha. Ele pagou de arrependido e ficou com a esposa.

Foi duro. Descobri que também estava grávida dele. Ao contar, ouvi: ”Não sou o pai. Se vira. Faça o que quiser, mas não conte comigo”. Me senti um lixo, uma coisa que ele usou e jogou fora. E o pior é que eu não tinha condições de levar a gravidez adiante, pois já tenho uma filha de 12 anos criada por mim com a ajuda da minha mãe.

Só eu sei como foi difícil tomar a decisão de abortar. Fiquei sozinha e calada. Não fiz nem o resguardo obrigatório após o aborto, com medo de alguém desconfiar. Senti dores incontroláveis, corri risco de morrer, mas mantive o silêncio. Senti ódio do José, inveja da Leuda e nojo de mim.

Toda essa dor gerou uma depressão profunda. Durante quase um ano não sorri. Fiquei enfiada em casa, chorando escondida. Desempregada, fui ao fundo do poço. Aquela cena angustiante do flagrante não saía da minha cabeça. Pensava no José e no nosso falso amor, no filho que não tive, na filha que já tinha e na dor da Leuda. Aí, bateu o arrependimento. O maior e mais forte que eu poderia ser capaz de sentir.

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Procurei a Leuda e pedi perdão

Quando a poeira baixou, quatro meses depois, procurei minha ex-patroa para pedir perdão. Era de coração. Ela me recebeu com poucas palavras. ”Minha filha, tá tudo bem, eu juro. Segue a sua vida, que eu sigo a minha”. E foi tudo. Sinceramente, acho que ela nunca me perdoará, mas eu entendo. Nem eu mesma me perdoei.

Aprendi que, com homem casado, nunca mais! Também decidi buscar um amor verdadeiro. O que eu tive com o José nunca foi amor. Foi qualquer coisa…

Hoje, um ano e meio depois, superei a depressão. Às vezes bate uma tristeza, mas optei por levantar a cabeça e seguir em frente. E a minha vida, de pouco em pouco, está voltando aos eixos. Encontrei um emprego e um namorado. Dessa vez, um rapaz bacana, solteiro e disposto a construir uma vida ao meu lado. Espero que um dia ainda consiga deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.

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Não há culpados, mas a Leuda facilitou

José Rocha, 30 anos, técnico de manutenção, o amante da Kleissiane

”Me envolvi com a Kleissiane precipitadamente. Na época, o meu casamento estava em crise e eu me sentia sozinho. Não há culpados, mas a Leuda, minha mulher, facilitou. Ela estava grávida, enjoada e não me dava atenção. Me senti atraído pela Kleissiane e encontrei nela uma boa companhia. Só caí na real quando a Leuda pegou a gente. Me dei conta de que a minha vida e o meu casamento estavam em jogo e optei pela minha esposa. Também fizemos um acordo: deixamos essa história enterrada no passado. Preferimos viver assim, um dia após o outro. Sei que errei e me arrependo de ter traído. Já pedi perdão e tento ser um bom marido. E sobre a Kleissiane, não sei mais nada. Cada um foi para o seu canto. Ela foi um erro na minha vida.”

Eles foram covardes e desonestos

Leuda Rocha, 35 anos, administradora, a traída

”A traição me pegou de surpresa. Do José eu já suspeitava, mas da Kleissiane, nunca. Me pergunto como eles conseguiram me encarar todos os dias, ouvir as minhas lamentações, ver a minha dor… É muito sangue frio! Quando descobri, não tive outra opção: expulsei a Kleissiane do trabalho e da minha vida. E dei uma segunda chance ao José. Ele se mostrou arrependido de verdade. Tive a minha parcela de culpa nessa história, mas nada justifi ca uma traição. Eles foram covardes e desonestos e isso eu não engulo! Soube que a Kleissiane perdeu um bebê e também passou por maus momentos. Sinto muito e não desejo mal nenhum a ela. Aliás, não sinto nenhum ódio dela. Na verdade, sinto uma espécie de pena por ela não ter aproveitado a chance que lhe dei de ter uma vida digna. Se eu os perdoei? Nem sim e nem não. Sinto indiferença por ela e compaixão por ele. Sei que a vida cobra por tudo que fazemos, e a fatura deles, com certeza, será alta. Eu tenho a consciência leve.”

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