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Bissexualidade: precisamos falar sobre isso

Não é indecisão, uma fase ou vontade de aparecer. A bissexualidade ainda é mal compreendida e tabu, mas não tem que ser assim.

Por Júlia Warken
Atualizado em 21 jan 2020, 19h22 - Publicado em 28 ago 2015, 15h37

Se Miley Cyrus aparece em público beijando uma menina, ela “está querendo aparecer”. Se Cara Delevingne está feliz com a namorada, “isso é só uma fase”. Se Kristen Stewart não fala abertamente sobre seu relacionamento, “ela deveria era se assumir de uma vez”. A patrulha da vida alheia está sempre pronta para tecer comentários sobre a sexualidade dos outros. Quando o assunto é bissexualidade, então, é um prato cheio!

O fato é que a bissexualidade é, muitas vezes, mais incompreendida do que a homossexualidade. E existe bifobia, inclusive dentro da comunidade LGBT. Pouco se fala disso e, para o senso comum, ela acaba sendo enquadrada como homofobia, só que há diferenças. Existe a discriminação sofrida pelos LGBT como um todo, vinda de quem não aceita as diferentes manifestações de identidade de gênero e sexualidade, mas existe também a discriminação pontual. Em se tratando da comunidade bissexual, o preconceito vem atrelado à ideia de que bis são indecisos, que deveriam escolher um lado, que são promíscuos e infiéis, que estão apenas com medo de se assumir, e por aí vai…

Se você colocou filtro de arco-íris no avatar do Facebook, mas acredita que aquele cara bissexual na verdade é enrustido e que aquela moça bissexual só está querendo parecer moderna, então você está fazendo tudo errado.  Se você vê sua amiga bi namorando um cara há dois anos e chega com a clássica “Voltou a ser hétero, linda?”, você também tem algumas coisinhas a aprender.

Em tempo: sim, muuuitos homossexuais passam pela fase do descobrimento e acreditam ser bissexuais durante um tempo e, sim, tem gente que vai vivenciar experiências bissexuais e depois descobrir que se interessa apenas pelo sexo oposto. Isso invalida a bissexualidade? Não. Isso nos dá o direito de por em xeque a sexualidade alheia? Não mesmo.

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Em vez disso, é mais construtivo refletir um pouco: precisamos realmente etiquetar todo mundo o tempo todo? Por quê? “Eu acho que em três ou quatro anos vai ter muito mais gente achando que não é necessário saber se você é gay ou heterossexual. É tipo ‘apenas faça o que quiser’”, disse Kristen Stewart em entrevista à revista Nylon de setembro.

A gente torce para esse dia chegar logo, Kristen!

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