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Relacionamento aberto vale a pena? Conheça o lado negativo

Ambos são apaixonados, tem uma relação sólida, mas ficam com outras pessoas. Conheça mais sobre os casais liberais

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 2 mar 2023, 15h30 - Publicado em 26 abr 2010, 21h00

Depois de dois anos de casamento, Sarindi e Saruni se separaram. Sarindi trocou a companheira por outra de nome parecido com o dele: Sarind. E Saruni não perdeu tempo e lá foi arrumar outro amor: Surune. O babado acabou virando notícia em todo o mundo, no começo do ano, porque os seus protagonistas são… dois cisnes.

Justamente eles, os animais que viraram símbolo da monogamia porque passam a vida inteira ao lado de um único parceiro. O troca-troca dos pescoçudos foi o segundo registrado em mais de quarenta anos na reserva ecológica de Slimbridge, na Inglaterra – período durante o qual o lugar foi habitado por mais de 4 mil casais dessas aves…

Defensores das relações abertas devem ter adorado a traição aviária. O argumento de que a monogamia seria antinatural é um dos preferidos de quem sobe no banquinho para defender os amores múltiplos. A turma a favor do liberou geral costuma citar a evidência de que em todo o reino animal são pouquíssimas as espécies que praticam a fidelidade – e as aves, em geral, enquadram-se nesse grupo das minorias.

Casados, declaradamente fiéis um ao outro, o biólogo David Barash e a psiquiatra Judith Eve Lipton dedicaram um livro de 320 páginas à tese de que o desejo por inúmeros parceiros seria regra na natureza. Para escrever O Mito da Monogamia (editora Record, R$ 43), reuniram pesquisas científicas que comprovaram que a exclusividade sexual entre animais considerados fiéis não passa de lenda. Um dos estudos avaliados, por exemplo, partiu da aplicação de testes de DNA nos filhotes de rouxinóis… O tira-teima verificou que papai e mamãe pulavam a cerca do ninho!

Categorias de relacionamento aberto

Livre para voar entre os humanos, o estudante de letras Ricardo, 21 anos, namora ”abertamente” há dois a estudante de psicologia Cristina, 20. Antes de tomar a decisão de viver um relacionamento do gênero ele sofria por ciúme. ‘

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‘Descobrir que o amor não tem limites foi libertador. Hoje sei que esse sentimento pode ser compartilhado sem ficar menor em relação ao parceiro oficial. Propus para a Cristina um namoro em que experiências paralelas sejam toleradas e ela topou.”

O depoimento de Cristina parece confirmar que os dois nasceram mesmo um para o outro: ”Tive um namorado ciumento e inseguro e não aguentaria outro assim! Por isso achei muito bom ter liberdade. Mas eu e o Ricardo fizemos um acordo: um precisa contar para o outro tudo o que se passou com outras pessoas”.

Assim como as relações tradicionais têm lá suas regras, as mais livres também têm. É até possível classificá-las em categorias…

Tem o relacionamento aberto, aquele em que cada membro do casal pode ficar com outras pessoas – e relatar ou não as escapadas depende de uma combinação entre as partes, mas, em geral, os casais preferem abrir o jogo.

Tem o poliamor. Nesse aí, os adeptos estão autorizados a pular de galho em galho acumulando vários romances paralelos, permitidos desde que todos os envolvidos estejam a par da situação e sejam informados quando um novo membro passa a fazer parte do grupo. É uma espécie de Facebook do amor. E seus integrantes formam até um movimento organizado, forte principalmente nos Estados Unidos, que expõe suas militâncias no site https://www.polyamory.org.

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E tem o swing, a troca de casais só para sexo. Ou seja: a traição é permitida desde que você leve o seu parceiro. Na mesma hora, no mesmo local.

Ela deixou o relacionamento aberto por amor

A enfermeira Karen Izitocadi, 31, foi adepta e defensora dos amores contingenciais justamente até se casar e engravidar. Hoje, ela já não monitora mais com frequência a comunidade ”A Beleza do Casamento Aberto”, que fundou no Orkut em 2006. ”Agora, com uma filha de um ano, acho que não teria a ver viver experiências fora do casamento. Meu marido não aceitaria e eu o respeito.”


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