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Na mesma cama

Para agradar ao marido, Meire experimenta as delícias e as inseguranças da troca de casais

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 10h19 - Publicado em 8 dez 2008, 21h00

As aventuras de Meire, que resolveu experimentar as delícias e inseguranças de praticar troca de casais
Ilustração: Ana Bento

Fez sol forte naquele sábado. A praia estava lotada de gente. Eu e Fred chegamos cedo para garantir nosso espaço no meio de tantas cadeiras, toalhas de praia e gente… Muuuita gente! ‘Você passa um pouco de bronzeador nas minhas costas?’ pedi a meu marido, enquanto observava o movimento cada vez mais intenso na orla.

As mãos de meu homem passeavam pelas minhas costas já besuntadas de protetor solar. E aquilo me causava arrepios. ‘Está bom assim, Meire?’, perguntou-me, ao mesmo tempo em quedeslizava os dedos desde os meus ombros até quase a curvinha de meu bumbum. Como eu poderia dizer que não estava?! Homens e mulheres maravilhosos surgiam de todos os lugares.

Cobertos com trajes mínimos, exibiam os corpos bronzeados numa espécie de desfile pela areia. E nós apenas os observávamos. ‘Quer um cafuné?’, perguntei a Fred. Ele já conhecia a senha: era a mesma desde o início do nosso casamento, em 1997. Como de costume, se deitou de bruços sobre a toalha de praia e eu passei a acariciar seus cabelos. Fazia sempre aquilo quando queria expressar o amor que sentia por meu marido. E ele adorava.

Meus dedos circulavam gentilmente entre seus fios grossos. ‘Hum, isso é bom!’, murmurava ele, como um cão quando recebe carinhos do dono. Mas havia um agravante naquela situação. Quer dizer, não exatamente um agravante. ‘Não posso me levantar agora!’, brincou, remexendo-se sobre a toalha. Entendi o recado: Fred estava excitado! Nossa sintonia sexual era tão grande quetínhamos uma espécie de corrente elétrica permanente entre nós. Eu sorri diante da observação e prossegui com meu cafuné.

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‘Que loira bonita aquela do biquíni verde, né, amor?’, comentou ele, de repente, apontando d iscretamente para uma mulher que molhava seus pés na água fria do mar. A moça era mesmo exuberante. Em outros tempos, se ouvisse um companheiro meu fazendo um comentário daqueles, certamente ficaria brava. Mas eu havia mudado. ‘Linda mesmo!’ concordei, com um sorriso para lá de maroto. Meus olhos, então, se depararam com um rapaz moreno, alto e de cabelos compridos.

‘Aquele cara deve ser modelo…’, comentei. Fred ergueu os olhos. ‘Com certeza!’ emendou, observando o outro. Bronzeados e felizes, voltamos para nosso apartamento no fim da tarde. ‘Vamos tirar esse sal do corpo?’ disse ele, seguindo para o banheiro.

Fui atrás. Fizemos sexo no banho. Sob a água, murmurávamos desejos e fantasias. Sem pudor algum, ele elogiava a garota linda que víramos na praia. E eu falava do namorado dela. Aquilo tudo nos excitava. ‘Quem sabe um dia a gente não os convide para um jantar aqui em casa?’, brincou. Sorri. Dividir nossa cama com outros casais havia se tornado um hábito deliciosamente viciante.

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