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Lição de vida

Adotar um filho não é nada fácil, mas traz muitas alegrias e ensinamentos. Confira!

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 04h27 - Publicado em 12 jan 2010, 21h00

Existem diversas formas de se ter uma família feliz.
Ilustração: Getty Images

Depois de ter vários namorados e aproveitar bem a vida, me casei aos 39 anos com um homem de 35. Por obra do destino, não tivemos filhos. Fizemos tudo quanto é tipo de exame clínico, mas os resultados não foram nem um pouco satisfatórios. Meu marido teve complicações no aparelho reprodutor por causa de uma caxumba. E eu, se quisesse mesmo ser mãe, precisaria fazer um tratamento sério e muito demorado. O médico me aconselhou a desistir da idéia pois seria arriscado engravidar na minha idade.

Foi difícil aceitar, mas me conformei com a impossibilidade de gerar um filho natural. Porém, a vontade de cuidar de uma criança e vê-la crescer não morreu no meu coração. Depois de conversar com meu marido, resolvemos adotar um pequeno. Foi aí que começou uma grande batalha. Num dos muitos orfanatos que visitei, conheci um menininho. Não o escolhi para ser meu filho, como a maioria das pessoas faz.

Adotar um filho não é como criar um animal que a gente decide a raça, a cor do pêlo e depois fica contando as gracinhas para os amigos. Simplesmente me apaixonei pelo garotinho de 3 anos. Foi uma empatia natural. Resolvi lutar para ser a mãe daquele menino.

Infelizmente a adoção por vias legais chega a ser humilhante, ainda mais quando a gente é apenas uma simples trabalhadora. Depois de muita andança pelos Fóruns de Santos, no litoral paulista, onde moro, quase desisti. Numa das entrevistas de praxe com a assistente social, ela me encheu de perguntas sobre minha vida financeira. Me senti pequena, totalmente para baixo. O que estaria fazendo neste mundo já que era uma reles assalariada? O amor maternal que carregava no peito não contava? Só o dinheiro era importante para o juiz? Sabia que poderia educar muito bem uma criança de acordo com minhas posses, mas parecia que isso não era suficiente para as autoridades. Acho que eles preferiam ver o menino abandonado numa instituição de caridade a entregá-lo aos meus cuidados.

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Um sentimento de revolta tomou conta de mim. Quando cheguei em casa, depois de refletir muito sobre todas essas coisas, liguei para a assistente social. Disse que desistia da idéia de ser mãe adotiva e desabafei tudo o que estava me incomodando, toda a dor e a desilusão. Ela respondeu que eu estava errada e deveria repensar minha decisão.

 


 

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