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Conheça a jovem de 24 anos que está revolucionando o mundo das próteses para amputados

A inglesa Samantha Payne e seus sócios criaram a Open Bionics, empresa que produz próteses robóticas com impressão 3D

Por Gabriela Kimura
Atualizado em 21 jan 2020, 19h20 - Publicado em 31 ago 2015, 15h18

A tecnologia faz parte de nosso cotidiano em quase absolutamente todos os momentos do dia: desde a hora de acordar (já com o celular ali na mão) até a hora de dormir. Temos conexões sem fio por todo canto, robôs, carros que estacionam sozinhos, luzes automatizadas para casas… Depois do advento das impressões 3D, o mundo ganhou uma nova perspectiva de revolução: guitarras, roupas e por que não próteses robóticas para mãos e braços?

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Samantha Payne é uma jovem britânica de apenas 24 anos que desde 2014 vem revolucionando o mercado de próteses com a Open Bionics, a empresa na qual é sócia fundadora e fabrica modelos feitos a partir de uma impressora 3D. “Eu estava em um projeto sobre wearables* e foi quando conheci o Joel [Gibbard, seu sócio e também fundador] e ele me contou sobre sua ideia de desenvolver uma mão robótica acessível, pois os custos podem chegar até US$100 mil. Ele queria criar uma opção mais barata, democrática e funcional para as pessoas poderem comprá-la”, explica. Além de fazer cursos de negócios, Joel e Sammy se inscreveram na competição Make It Wearable, patrocinada pela Intel e ganharam US$ 200 mil para investir no projeto. Esse foi o começo de uma trajetória que em tão pouco tempo mudou o campo da engenharia, da medicina e da tecnologia.

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“Não só descobrimos quão cara uma prótese poderia ser, mas também que elas são bem pesadas e os modelos mais comuns são o tipo gancho ou ‘mão cosmética’, que é mais natural, porém, não tem funcionalidade. Isso faz com que as pessoas as achem feias, como uma parte não-pertencente ao corpo delas. Queríamos criar algo que celebrasse quem a usasse, em toda sua singularidade.” Estima-se que existam 11.4 milhões de amputados no mundo, que a maioria deles não tenha nenhum tipo de prótese e pouquíssimos têm dinheiro para comprar a versão robótica.

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O modelo repleto de glitter e strass que Samantha apresenta foi criado para uma atriz que nasceu sem a mão direita e ela queria algo que fosse fashion e divertido, tal como sua personalidade. Grace Mandeville ganhou, então, a versão toda branquinha com muito brilho para acompanhar seu estilo. “Eu realmente amo moda e me vestir para expressar quem sou, então, usar uma prótese tão criativa que combina comigo é maravilhoso! É um acessório único que ninguém mais pode usar, como peças vintage Chanel”, Grace contou para a equipe da Open Bionics.

Para poder imprimir os protótipos era necessário o equipamento básico: a impressora 3D. “Hoje em dia elas se tornaram bem mais acessíveis e práticas, como as tradicionais que temos em casa. Não é preciso comprar o modelo industrial – esse sim é bem caro. A vantagem das menores é que você pode imprimir o que quiser no conforto do seu lar.” A impressão é elaborada para realmente simular o membro: tem uma camada óssea, de ligamentos e até um material similar à textura da pele. “Todos os nossos dispositivos são feitos sob medida, de acordo com o cliente. Para deixá-los proporcionais, realizamos um escaneamento e também uma modelagem em 3D e criamos o encaixe único, que tem todos ajustes necessários para ficar perfeito. Por meio de eletrodos que ficam conectados nos músculos e respondem aos estímulos de movimento, fazendo com que a mão robótica se mova”, ensina Samantha.

A área da tecnologia é uma das mais rentáveis do mercado atualmente; ainda assim, poucas mulheres estão trabalhando no ramo, por ser considerado “um universo masculino”. Curiosamente, elas eram maioria esmagadora quando a tecnologia apareceu como profissão, mas hoje são pouquíssimas. Para Samantha Payne, estar nesse mundo, principalmente no da engenharia robótica, é uma questão de se posicionar todos os dias para firmar sua importância. “Quando vamos à reuniões é bem comum que os homens do ambiente não olhem para mim. Eles querem saber sobre a minha empresa, falar sobre um assunto que conheço melhor, mas não conseguem nem olhar nos meus olhos. Não deixo barato não: me imponho e os obrigo a prestarem atenção em mim (risos).” Não tem problema: Samantha figurou entre os nomes femininos mais importantes de empreendedoras do prêmio Women In Business Award.

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No momento a Open Bionics está em pré-venda, com previsão para o público no próximo ano atender à demanda do consumidor final. Confira o vídeo abaixo que explica como funciona a prótese:

 

 

*Wearable é o nome dado às “tecnologias vestíveis” (ou usáveis), como relógios, óculos e roupas, por exemplo. Sabe o AppleWatch, o Google Glass? São todos wearables.

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