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Mulheres negras ganham 40% menos que homens brancos no Brasil

O Ipea divulgou um estudo sobre a desigualdade de gênero no trabalho entre os brasileiros - e os números são polêmicos.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 21 jan 2020, 13h19 - Publicado em 14 mar 2016, 13h12

De acordo com censos demográficos, as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho. Em 1970, apenas 18,5% delas eram economicamente ativas, enquanto o número aumentou para quase 50% em 2010. Apesar da visível desigualdade entre homens e mulheres no espaço de trabalho, é preciso enxergar as disparidades que separam as próprias mulheres e as hierarquizam.

A partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnad) feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi elaborada a pesquisa Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014. E os dados não são nada satisfatórios.

De acordo com o relatório, o número de mulheres presentes no mercado de trabalho entre 2004 e 2014 não teve grandes variações. Em 2005, 59% das brasileiras estavam empregadas; em 2011, elas eram 56%; e, em 2014, 57%. Enquanto isso, os homens mantiveram um percentual médio de 80% ao longo da década em questão.

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A respeito dos salários pagos, os dados apontam que, em 2014, o rendimento das mulheres ultrapassaram, pela primeira vez, 70% da renda masculina. Em 2004, esta proporção era de 63%. No entanto, infelizmente, esta realidade não é igual para mulheres brancas e negras: o segundo grupo ainda não alcançou nem 40% da renda dos homens brancos.

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Além disso, os dados da Pnad 2014 mostram que as mulheres aparecem no topo das taxas de desocupação quando comparadas aos segmentos masculinos. Ademais, de acordo com o estudo, as mulheres negras ainda são mais suscetíveis ao desemprego. 

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“A mulher negra é a base do sistema remuneratório, sujeito preferencial das piores ocupações, convergência da tríplice opressão de gênero, raça e classe. Nada menos que 39,1% das mulheres negras ocupadas estão inseridas em relações precárias de trabalho, seguidas pelos homens negros (31,6%), mulheres brancas (27%) e homens brancos (20,6%)”, mostra o estudo.

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Uma das conclusões dos pesquisadores do Ipea indica que os homens continuam ganhando mais do que as mulheres: em 2014, eram R$1831 para eles contra R$1288 para elas. No mesmo ano, as mulheres negras seguiram como a base da pirâmide, ganhando cerca de R$946, ao mesmo tempo em que os homens brancos ocuparam o topo, com rendimento médio mensal de R$2393. 

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Apesar de as mulheres terem conquistado coisas incríveis desde o começo do século, muito ainda precisa ser feito. Famosas já mostraram sua indignação com a desigualdade entre os salários pagos aos atores e às atrizes de Hollywood, mas é necessário que todas nós lutemos pela igualdade salarial, bem como pela autonomia econômica das mulheres.

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