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Arquiteta Lotta de Macedo Soares ganha homenagem do Google

Mesmo sem nunca ter frequentado uma universidade, ela teve papel essencial na urbanização do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Por Giovana Feix
Atualizado em 20 jan 2020, 18h14 - Publicado em 16 mar 2017, 17h09

Quem já foi ao Rio de Janeiro sabe que o Aterro do Flamengo é um dos lugares mais agradáveis da cidade. Hoje repleta de verde e de espaços de convivência planejados, a área de 1 milhão e 200 mil metros quadrados já foi, como o nome indica, banhada pelo mar – e, além disso, repleta de entulho. Depois de a região ser aterrada, o Parque do Flamengo foi inaugurado em 1965 – e a arquiteta autodidata Lotta de Macedo Soares, homenageada hoje pelo doodle do Google, foi essencial para que isso acontecesse.

Lotta de Macedo Soares arquiteta
(Google/Reprodução)

Maria Carlota Costallat de Macedo Soares nasceu em Paris, em março de 1910. Vinda de uma abastada família brasileira, ela se mudou pouco tempo depois para o país de seus pais. Na juventude, chegou também a viver em Nova York, onde fez cursos no Museu de Arte Moderna. Ao longo da vida, atuou como arquiteta, urbanista e paisagista – mesmo sem ter nunca frequentado uma universidade.

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Quando Carlos Lacerda assumiu o governo do Rio de Janeiro, então estado da Guanabara, convidou Lota para participar, junto de Affonso Eduardo Reidy, do projeto de urbanização do Parque do Flamengo. O convite foi feito pela impressão que trabalhos brilhantes da arquiteta, como a casa Samambaia, tiveram em Lacerda.

O Parque do Flamengo, hoje. (Visit Rio/Reprodução)

“Lotta foi uma mulher que, no seu tempo, foi considerada de extrema vanguarda”, diz Nádia Nogueira, historiadora e biógrafa da arquiteta, em entrevista à TV Brasil. “No seu tempo, não foi dado a ela seu devido valor“.

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Além do incrível desempenho como arquiteta autodidata, ela também tem um percurso digno de cinema em sua vida pessoal – literalmente. No filme “Flores Raras“, de 2013, são retratados dois romances vividos por Lotta, que era homossexual. O primeiro deles foi com a bailarina norte-americana Mary Morse; o segundo, com a poetisa de mesma nacionalidade Elizabeth Bishop.

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O amor de Bishop e Lotta de Macedo Soares foi muito intenso, mas, quando a brasileira começou a se envolver com sua outra paixão, o Parque do Flamengo, a poetisa começou a sentir sua falta – e decide se mudar para os Estados Unidos. Depois que o mandato de Carlos Lacerda como governador acaba e Lotta é tirada do cargo de liderança na Fundação Parque do Flamengo, começa a entrar em depressão. Ao visitar a amada na América do Norte, ela acaba tirando a própria vida.

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