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Comerciais do Super Bowl finalmente mostrarão mulheres fortes

No entanto, a maioria das propagandas foi pensada por homens

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 12h36 - Publicado em 7 fev 2016, 11h53

Enquanto no Brasil só se fala de Carnaval, nos Estados Unidos, a expectativa é para o Super Bowl, final da NFL, principal liga do futebol americano, que acontece neste domingo (7). Principal evento dos esportes americanos, alcançando mais de 110 milhões de espectadores só nos Estados Unidos. Por reunir a maior audiência da TV norte-americana, os grandes anunciantes costumam disputar um lugar no intervalo do jogo, que carrega a fama de cobrar o segundo mais caro da publicidade mundial. No dia mais importante do ano para a publicidade dos Estados Unidos, tudo indica que as usuais propagandas marcadas por mulheres de biquínis minúsculos não farão parte do Super Bowl 2016.

Em vez disso, muitos anúncios deste ano têm um tom social. O novo vídeo da Mini encoraja os espectadores a desafiar e ignorar os estereótipos. Budweiser alerta sobre os riscos de beber e dirigir, e os desodorantes Axe supreeenderam ao lançar a campanha “Find Your Magic”, que inclui a celebração da quebra de estereótipos masculinos. A cena que mais se destaca no vídeo é de dançarinos usando saltos altos e arrasando na balada.

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Mulheres objetificadas perderam espaço para figuras fortes e inspiradoras, como a atriz Helen Mirren, a estrela do tênis Serena Williams, a ex-jogadora de futebol Abby Wambach e a comediante Amy Schumer. “Vejo uma mudança dramática na forma como os anunciantes estão olhando para esta oportunidade, e eu acho que eles ficaram muito mais inteligentes sobre quem está assistindo e quem está compartilhando”, afirmou Kat Gordon, fundadora da conferência de 3%, que visa aumentar o número de mulheres nos altos escalões de publicidade, ao Mashable.

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No mês passado, a agência Badger & Winters lançou um vídeo intitulado”We Are #WomenNotObjects” (“Nós somos #MulheresNãoObjetos”). No filme, atrizes mostram alguns exemplos comuns de anúncios sexistas e tecem comentários irônicos sobre as imagens. O vídeo ressalta ainda a abundância de nudez e exibição gratuita de pele das mulheres em anúncios – muitas vezes destinado a ambos os sexos. Em uma entrevista ao Wall Street Journal, Madonna Badger, CEO da empresa, descreveu a nova campanha como um esforço para acender uma luz sobre o problema da objetificação da mulher no mercado publicitário.

Apesar da mudança visível no teor das campanhas, as agências de publicidade não apresentaram mudanças em sua estrutura. Segundo dados levantados pelo Mashable, as empresas que fazem os anúncios do Super Bowl deste ano ainda têm na sua maioria homens como seus CEOs e ocupando os principais papeis criativos. As mulheres têm um poder de compra incrível quando se trata do Super Bowl – o público-alvo da audiência foi dividido praticamente em 50-50 entre homens e mulheres durante o jogo do ano passado. Além disso, as mulheres são responsáveis por dois terços dos gastos do consumidor americano.

Ainda que o número de marcas que incorporaram o empoderamento feminino em suas campanhas tenha crescido, essa mudança ainda não é suficiente se ainda são os homens que ainda fazem os anúncios. Apenas cerca de 11% dos principais publicitários em toda a indústria são mulheres. “Há mais CEOs chamados John do que todos os CEOs do sexo feminino”, afirmou Winters. “Analisando esses fatos não se torna surpreendente que o sexismo na publicidade ainda permaneça”.

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