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“Já é uma vitória ter sido selecionado”, afirma Alê Abreu, nosso representante no Oscar

Otimista, o desenhista já se considera vitorioso, mas acredita nas chances de seu O Menino e o Mundo

Por Ana Paula Orlandi (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 18h04 - Publicado em 17 fev 2016, 12h59

“Somos a zebra do ano, com o maior orgulho de ser zebra, e vamos trabalhar forte para trazer o careca dourado para o Brasil!” Foi com essa irreverência que o paulistano Alexandre (o Alê) Abreu, 44 anos, comemorou no Facebook a surpreendente inclusão do filme O Menino e o Mundo na lista dos cinco finalistas ao Oscar de melhor animação. A produção brasileira, que custou 2 milhões de reais, é a que tem o menor orçamento entre todos os concorrentes da categoria, que incluem o americano Anomalisa, o franco-inglês Shaun, o Carneiro e o japonês Quando Estou com Marnie, além do favorito Divertida Mente, sucesso da parceria Disney e Pixar, orçado em cerca de 175 milhões de dólares. Lançada em 2014, a película narra a odisseia de Cuca, garoto que sai do interior rumo à cidade grande em busca do pai. Para contar a história, Alê usou lápis de cor, giz de cera e colagens. “Na hora de criar, a criança costuma pegar o que encontra pela frente e vai misturando tudo”, conta. “Isso me inspira”, disse ele em entrevista a CLAUDIA. O resultado foge do padrão típico do gênero. Confira o papo a seguir: 

Este é seu segundo longa. Esperava a indicação? 

Foi uma surpresa! O filme faturou vários prêmios dentro e fora do Brasil (45 no total), mas tenho os pés no chão: é um trabalho anti-indústria, feito de forma artesanal, concorrendo a um prêmio na meca da indústria do cinema. Acho que temos boa chance de levar, mas vai ser uma luta entre Davi e Golias. Já é uma vitória ter sido selecionado. Pulamos de 20 para 100 salas de cinema nos Estados Unidos. Espero que isso ajude a atrair mais atenção e respeito para a animação brasileira. 

Como nasceu O Menino e o Mundo? 

Por acaso. Em 2007, comecei a produzir um documentário de animação sobre canção de protesto na América Latina, mas o projeto não vingou. Dois anos depois, encontrei o esboço de um personagem, um menino, no meu caderno de rascunhos. Essa imagem me inspirou a fazer uma ficção. 

De onde mais vem sua inspiração? 

Da liberdade da criança. Não tenho filhos, mas penso muito na minha infância. 

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