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20 verdades sobre os remédios para emagrecer

Nem tudo que existe no mercado pode ser bom, viu?

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 fev 2020, 15h00 - Publicado em 9 ago 2012, 21h00

Existem diferentes opções de remédios no mercados que prometem enxugar os quilos extras que incomodam. Curiosamente, os brasileiros são os campeões de uso na América Latina, de acordo com uma pesquisa da Nielsen Holding. Isso significa que um em cada 10 brasileiros (12%) usa esse tipo de medicação!

Dentre as substâncias que aparecem nesse tipo de produto estão a sibutramina e a anfetamina, atualmente proibida de ser comercializada como emagrecedor. A taxa aumenta principalmente entre pessoas acima dos 35 anos, motivadas pela insatisfação com a aparência (nem sempre por indicação médica).

ATENÇÃO: Nunca tome remédios para emagrecer sem antes consultar um médico.

1. Se por um lado o consumo de emagrecedores no país é alto, é baixo o índice de pessoas que praticam exercícios físicos. Só 15,5% da população brasileira se exercita por no mínimo meia hora diária, cinco vezes por semana.

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2. Os candidatos indicados para tomar os remédios são obesos, pacientes com sobrepeso e outros fatores de risco para a saúde, como a diabetes

3. Existem três tipos de emagrecedoes: anorexígenos, sacietógenos e inibidores da enzima lipase. Os anorexígenos, ou inibidores de apetite, atuam no sistema nervoso bloqueando a fome, indicados para quem exagera na comida. Representantes: anfepramona, femproporex e mazindol. Já os sacietógenos também atuam no cérebro, aumentando a sensação de saciedade, principalmente para os “gulosos”. Representante: sibutramina. E os inibidores da enzima lipase atuam no intestino, reduzindo a absorção da gordura. São os indicados para quem tem uma dieta rica em goduras e/ou quem tem propensão à depressão, relacionada a sibutramina. O princípio ativo é o orlistate.

4. Com a proibição da venda de anfepramona, femproporex e mazindol (anorexígenos) as opções que estão disponíveis são a sibutramina e a orlistate.

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5. O sacietógeno atua consideravelmente rápido, com perda de peso em até quatro semanas.

6. Já o orlistate age impedindo a absorção das gorduras ingeridas diariamente, que são eliminadas nas fezes. De acordo com a bula do Lipiblock® e do Xenical®, nomes comerciais do orlistate, a perda de peso se inicia já nas duas primeiras semanas de tratamento.

7. O orlistate e a sibutramina promovem perda anual de até 10% do peso. ““Parece pouco, mas temos que levar em conta os quilos que o paciente deixou de ganhar””, diz o endocrinologista Josivan Lima, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

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8. Médicos alertam que essas drogas não cumprem sozinhas a tarefa de emagrecer. Para obter os resultados, é preciso associá-las a uma dieta equilibrada e à atividade física.

9. Como toda medicação, os emagrecedores também têm efeitos colaterais. Com a sibutramina pode haver dor de cabeça, insônia e taquicardia.Também se constatou aumento da pressão arterial em alguns pacientes, por isso, não é indicada para quem tem propensão a problemas cardiovasculares, porque aumenta o risco de infarto e derrame. O orlistate pode gerar certa urgência para evacuar várias vezes ao dia.

10. Curiosamente, nenhuma das pesquisas existentes indicam risco de desenvolver dependência química dessas duas drogas.

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11. Parar de tomar o remédio não faz a pessoa engordar. “O que faz ganhar peso não é parar a medicação, mas o retorno aos hábitos antigos e não saudáveis””, diz Josivan Lima.

12. Desde que foram liberados, muita coisa mudou na regulamentação dessas drogas. Os anorexígenos, por exemplo, foram proibidos por terem riscos de doenças mais altos do que a vantagem de perder peso. Bem como a sibutramina só pode ser receitada com receituário controlado, só disponível para médicos.

13. Nem todo remédio surgiu com a função de perder peso. Alguns, como o Contrave®, são usados para tratar tabagismo e alcoolismo ou o Victoza®, indicado para controlar a diabetes tipo 2. No entanto, para esses e outros medicamentos, não existem pesquisas suficientes que confirmem um uso seguro deles.

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14. Existe a crença de que o excesso de peso está relacionado à retenção de líquidos. Por isso, muitos usam remédios e chás diuréticos. Eles aumentam o fluxo urinário e atuam nos rins, eliminando os líquidos com maior frequência – mas não exatamente perdendo peso. “A gordura não vai sair pela urina””, diz a endocrinologista Maria Edna Melo, da Associação Brasileira de Estudos sobre a Obesidade. E você recupera os líquidos perdidos ao tomar água. O mesmo vale para laxantes. “Só desidratam””, diz a médica.

15. Muitas fórmulas misturam remédios para ansiedade, derivados proibidos de anfetamina e hormônios da tireoide. O objetivo é induzir o hipertireoidismo, que acelera o metabolismo. Resultado: perda de massa magra (não de gordura), distúrbios de humor e arritmias.

16. A fluoxetina, presente em antidepressivos, também é usada nessas fórmulas, revela um estudo. A droga, que ajuda a emagrecer quem tem compulsão alimentar, estava em mais de um quarto das receitas analisadas. O maior problema é que ela não pode ser combinada a outras drogas. É perigoso misturá-la a substâncias que atuam no sistema nervoso central, como os benzodiazepínicos, presentes em tranquilizantes e na maioria das receitas médicas analisadas. O risco é de comprometer os reflexos, um verdadeiro perigo em situações que exigem atenção, como dirigir. Além disso, a mistura da droga com anfetaminas pode desencadear crises psiquiátricas.

17. Também aparecem por aí suplementos que teriam o poder de elevar a queima de calorias por conter substâncias presentes nos alimentos termogênicos, como o guaraná. “Eles aceleram o metabolismo”, confirma o nutrólogo Durval Ribas Filho,  presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. O verdadeiro problema é que para realmente ajudarem a perder peso, precisam ser ingeridos em doses altas, totalmente não recomendado por elevarem a pressão. Maria Edna adverte: “muitos suplementos desse tipo têm substâncias estimulantes não informadas na embalagem. “Sem saber, a pessoa pode até morrer””, diz.

18. Outros produtos como as cápsulas de chá verde não têm comprovação de efeito emagrecedor. Bem como nos suplementos à base de óleo de coco, nos quais a gordura do óleo prolongaria a saciedade. Para alguns nutrólogos, essa gordura não é eficiente na redução do apetite. Já as cápsulas de óleo de cártamo dificultariam o acúmulo de gordura nas células, mas faltam estudos para comprovar a eficácia.

19. Mais um exemplo disso é a alga espirulina: ela tem baixo teor calórico e dilata em contato com líquidos, capaz de inibir a fome. A quitosana teria o poder de absorver parte da gordura ingerida e essa fibra aumentaria a sensação de saciedade.

20. Na medicina ortomolecular, a corrente que ficou famosa entre as celebridades, assume-se que as doenças e o sobrepeso tenham origem em desequilíbrios bioquímicos, provocados pela carência ou excesso de determinadas substâncias. Por isso, é comum que os especialistas receitem suplementos de vitaminas e minerais. A missão desses suplementos seria a de regular o metabolismo e evitar doenças e o envelhecimento precoce. Para a medicina convencional, não está comprovada a perda de peso por essa linha.

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