Encontrei forças para mudar e ser feliz
Foto: SME
Aos 21 anos marquei meu casamento e fui escolher o vestido de noiva. O costureiro, ao me ver experimentar algumas peças, disparou: “Nossa, os modelos são lindos, mas a silhueta não ajuda. Vai casar com essa cintura de Kombi?” Fiquei superchateada.
Eu me preocupava com tudo e com todos, canalizando muita energia para cuidar dos outros sem sobrar nada pra mim. O único momento pleno que vivia era à mesa. Depois de muita frustração com algumas dietas, percebi que meu descontrole vinha de como eu encarava a vida. Era tão exigente e ansiosa que dificilmente alguma coisa estava boa para mim.
Aquele corpo fofo, coberto com roupas antiquadas e largas combinava muito com o papel de “mãezona”. Essa situação acabava com a minha auto-estima. Eu não tinha vontade para nada. Batom, roupa nova, salão de beleza… Nada disso fazia mais parte da minha vida.
Além disso, comecei a perceber que a minha competência como professora de educação física estava comprometida por causa do tamanho dos meus quadris. Estava difícil explicar aos meus alunos que competência não tinha nada a ver com o contorno do meu corpo.
Encontrei força para mudar
O meu aniversário de 30 anos foi decisivo. Em 20 de fevereiro de 2006 acordei feliz e esperei que as pessoas pra quem eu tanto me dedicava parassem por um momento e fizessem alguma coisa especial pra mim. Fato é que o dia passou e nada aconteceu. Senti um abandono horrível e entendi que a primeira a me abandonar fui eu mesma. Nesse dia encontrei a força que me faltava para mudar.
Estava mais do que na hora de tomar as rédeas da minha vida e direcionar a minha história para o rumo que eu queria, sem me preocupar em agradar as pessoas. Estava com 78 quilos e comecei a cuidar de mim.
Escolhi um programa de reeducação alimentar prazeroso dos Vigilantes do Peso. Eu sabia que agora tinha que ser diferente.