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Alterações hormonais causam depressão

As alterações hormonais são grandes causadoras da depressão em mulheres. Aprenda então a prevenir o problema em todas as fases da vida

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 17 jan 2020, 14h13 - Publicado em 24 jul 2011, 21h00

Dos 17 milhões de brasileiros que sofrem com depressão, quase dois terços são mulheres
Foto: Getty Images

As previsões não são nada animadoras: a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que em 20 anos a depressão ocupará o segundo lugar no ranking dos males que mais matam. A doença entra em cena quando o sofrimento vem do nada ou é completamente desproporcional ao motivo que o disparou, arrastando-se por meses ou até anos. Mas o que faz algumas mulheres caírem no fundo do poço?

Os psicólogos americanos Steven Rogers e Karen Miller, autores do livro O Fator Estrogênio – a depressão feminina e a sua ligação oculta com as mudanças hormonais (Ed. Cultrix), recém-lançado no Brasil, apontam a menarca (primeira menstruação), o período pré-menstrual, a gestação e a menopausa como as fases mais vulneráveis para a mulher desenvolver depressão.

“A queda de estrogênio (hormônio sexual feminino produzido principalmente pelos ovários) nos ciclos reprodutivos e no pós-parto – ou a falta dele na menopausa – provoca irritabilidade, tristeza, sensibilidade e mau humor, piorando a depressão em quem já tem”, esclarece Carolina Ambrogini, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Tudo porque esse hormônio está relacionado ao controle dos níveis de serotonina, um neurotransmissor que dá sensação de prazer e felicidade. Não à toa, o objetivo da maior parte dos tratamentos para depressão é aumentar a disponibilidade de serotonina. Para os especialistas Steven Rogers e Karen Miller, o descompasso hormonal pode provocar uma grave depressão mesmo em quem nunca teve.

Fatores de risco

Apesar de a mulher estar no grupo com predisposição para a doença (duas para cada homem, segundo a OMS), não quer dizer que toda a ala feminina irá desenvolvê-la em algum momento da vida. O psiquiatra Marcos Gebara, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), explica que a depressão não tem uma causa específica, ela se desenvolve por uma conjunção de fatores. O que compõe esse cenário?

Primeiro vem o desequilíbrio hormonal, que deixa as mulheres mais sensíveis, irritadas, com baixa autoestima e até apatia para lidar com certas situações, potencializando a predisposição para a depressão. Depois há o componente genético, tanto que se estima que 40% a 60% dos quadros sejam desencadeados por histórico familiar. Por último, apresenta-se o chamado fator ambiental, que são os acontecimentos dramáticos ocorridos ao longo da vida – a perda do emprego ou uma separação, por exemplo.

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Mulher de fases

Saiba como se proteger das alterações hormonais em todos os períodos da vida:

Tensão Pré-Menstrual
Todo mês, na TPM, há uma queda de estrogênio que provoca alterações do humor. Se a mulher não engravida, a camada de células formada no organismo para receber o embrião sai em forma de menstruação e os níveis de estrogênio caem ainda mais. Para amenizar os efeitos desse desequilíbrio, Ricardo Monezi, psicobiólogo do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), indica o consumo regular de flavonoides, presentes na uva escura, no alho, na soja, no brócolis e na couve-flor.

Pós-parto
Com a perda da placenta, os níveis de estrogênio despencam. Segundo os psicólogos Steven Rogers e Karen Miller, os índices ficam tão baixos quanto na fase da menopausa em mais da metade das mulheres. A psiquiatra Alexandrina Meleiros acrescenta: “Entre 25% e 35% das grávidas apresentam sintomas depressivos após o parto”. A tristeza nessa fase, porém, não pode ultrapassar um mês. “O ideal é que especialmente as mulheres que já tenham tido algum episódio de depressão ou têm histórico na família acompanhem os sintomas com um médico”, sugere a ginecologista Carolina Ambrogini.

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Menopausa
Na perimenopausa, quando os hormônios ovarianos começam a oscilar, surgem as primeiras ausências de menstruação. A menopausa só é caracterizada após 12 meses sem menstruar e os sintomas mais fortes desse momento são fadiga, ondas de calor, irritabilidade, perda de libido e aumento de peso. O risco de desenvolver depressão é grande nesse início, quando há o contraste dos níveis de estrogênio e uma insatisfação profunda por sentir tantas mudanças. Segundo Carolina Ambrogini, a reposição hormonal, feita com remédios, é uma solução eficiente contra os altos e baixos desse período e deve ser aplicada com a chegada da menopausa.

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