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Experimento em vídeo da Unicef mostra como nós somos preconceituosos

Vídeo da Unicef mostra como nos pautamos pelas aparências

Por Redação Brasil Post
Atualizado em 21 jan 2020, 08h31 - Publicado em 28 jun 2016, 10h14

O que você faria se encontrasse uma criança de seis anos sozinha em um lugar público?

Um vídeo lançado pela Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, escancara o preconceito que vive em cada um de nós. Protagonista do experimento, Anano, uma menina de apenas seis anos ficou “perdida” duas vezes: em uma delas, estava bem vestida, limpa e penteada.

“Quantos anos você tem?” 
“Você está perdida?”
“Você está sozinha?”
“Você mora aqui perto?”

Essas foram algumas das perguntas que quem passava por perto fez a Anano. Depois, a menina foi colocada no mesmo lugar, dessa vez com roupas velhas e sujas. Seu rosto também não estava limpo, e ela usava um gorro por cima do cabelo desgrenhado. Ainda era a mesma menina de seis anos, que dessa vez foi completamente ignorada.

O mesmo experimento foi feito em um restaurante: bem vestida, Anano conquistou quem estava por ali. Além de muitos beijos, ela ganhou também um avião de papel. Quando estava mal vestida, Anano foi escorraçada do lugar. Ela chorou tanto que o experimento foi suspenso.

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E você, o que faria?

 

 

Segundo o jornal El Español, a iniciativa não quer culpabilizar ninguém, mas conscientizar, por meio de uma campanha “visual e potente”, a desigualdade. “São os invisíveis entre os invisíveis”, afirma o Unicef ao jornal.

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Por puro azar, por ter nascido em uma família ou em uma comunidade determinada e afetada pela desigualdade, uma criança se vê privada das oportunidades que os outros têm em nossa sociedade.

Risco

O vídeo também serve de alerta para o fato de que quase 70 milhões de crianças morrerão antes dos cinco anos até 2030 e 167 milhões viverão em pobreza extrema nesse ano se a comunidade internacional não investir já nas crianças mais pobres.

Intitulado “Uma oportunidade justa para todas as crianças”, o relatório anual revela que, embora o mundo tenha registrado progressos na infância, essas melhorias não foram uniformes e as desigualdades marcam a vida de milhões de crianças.

“Quando olhamos para o mundo de hoje, somos confrontados com uma verdade desconfortável, mas inegável: As vidas de milhões de crianças são arruinadas pelo simples fato de terem nascido num determinado país, comunidade, gênero ou circunstância”, escreve o diretor-geral da organização, Anthony Lake, no prefácio do relatório.

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Para ele, “agora é o momento de agir” porque, se o mundo não acelerar o ritmo de progresso, 69 milhões de crianças morrerão, em sua maioria de causas evitáveis, antes de completarem cinco anos, até 2030, o ano em que terminam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis, definidos no ano passado.

África

Nesse mesmo ano, as crianças da África subsaariana terão 10 vezes mais probabilidade de morrer antes dos cinco anos do que as dos países ricos e nove em cada dez crianças a viver em pobreza extrema estarão naquela área, alertou Anthony Lake.

Se nada for feito, mais de 60 milhões de crianças em idade escolar estarão fora da escola e cerca de 750 milhões de mulheres terão sido casadas na infância.

O diretor-geral da Unicef sublinha que o futuro não tem de ser tão sombrio e lembra que muitos dos constrangimentos que impedem o mundo de ajudar estas crianças não são técnicos.

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São uma questão de compromisso político. São uma questão de recursos. E são uma questão de vontade coletiva.

O relatório revela que investir nas crianças mais vulneráveis pode produzir benefícios imediatos e a longo prazo, tanto para as próprias crianças como para a sociedade.

Segundo o documento, cada ano adicional de escolaridade que uma criança frequenta se traduz em um aumento de cerca de 10% dos rendimentos que aufere na idade adulta e, por cada ano adicional de escolaridade que os jovens de um país completam, as taxas de pobreza diminuem cerca de 9%.

“Mais do que nunca, devemos reconhecer que o desenvolvimento só é sustentável se puder ser continuado – sustentado – pelas gerações futuras”, escreveu Anthony Lake.

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E exemplifica: “Quando ajudamos um menino a ter acesso aos medicamentos e nutrição de que precisa para crescer saudável e forte, não só aumentamos as suas hipóteses na vida, como reduzimos os custos sociais e económicos associados à doença e à fraca produtividade”.

O prefácio do diretor-geral termina com um apelo: “Nós conseguimos. A injustiça não é inevitável. A desigualdade é uma escolha. Promover a equidade – uma oportunidade justa para cada criança, para todas as crianças – também é uma escolha. Uma escolha que podemos fazer e devemos fazer. Pelo seu futuro, e pelo futuro do nosso mundo”.

(Com informações da Agência Lusa)

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