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Dossiê: Plataforma online tira dúvidas sobre violência contra as mulheres

A plataforma online lançada pelo Instituto Patrícia Galvão é fácil de pesquisar, ajuda a entender o problema, indica fontes para reflexão e serviços para atendimento de vítimas

Por Patrícia Zaidan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 15h02 - Publicado em 7 ago 2015, 14h29

Sempre que se vai escrever sobre violência contra a mulher, estudar o assunto ou tomar a medida da barbárie no Brasil, há dificuldades. Os dados são defasados, às vezes parciais ou encobertos pelo interesse em camuflar o tamanho do problema. Não há muito tempo, procurei informações sobre mulheres mortas em casa. O Ministério da Saúde juntava num mesmo balaio os óbitos em acidentes e assassinatos. Não se sabia quem morrera de quê. Para as frias estatísticas, tanto fazia perder a vida sufocada sob o gás que esquentava a água do chuveiro ou esfaqueada na banheira, na bacia, por um marido ciumento e possessivo. Também me lembro de fazer uma peregrinação telefônica por Secretarias de Administrações Penitenciárias de todos os Estados para somar, na minha calculadora, as mulheres vivendo no sistema prisional. Périplo semelhante para descobrir o avanço do câncer de mama nas cinco regiões. Registros, números e recortes por extrato social, cultural e regional configuram um problemão no nosso país. E sem eles, é difícil estabelecer políticas públicas ou mesmo criar consciência na sociedade.

A iniciativa do Instituto Patrícia Galvão vem em boa hora. Está no ar, desde o dia 5 de agosto, uma plataforma multimídia online que vai ajudar os jornalistas na realização de reportagens, os criadores e gestores de políticas e o público em geral. O Dossiê Violência Contra as Mulheres – que, evidentemente, não trata sobre o câncer e as outras questões mencionada – é um instrumento importante. O foco é coibir as agressões e promover uma mudança cultural. Por exemplo explica-se ali a lei que tipifica o feminicídio, aprovada recentemente e pouco divulgada. Temas como pornografia de vingança, cyberbullying e outras violências na internet ou o cruzamento entre violência/racismo/gênero fazem parte da plataforma.

Há estatísticas, pesquisas de opinião, levantamentos produzidos por instituições e estudos de referência. É possível também descobrir no dossiê o contato de cem especialistas, pesquisadores, operadores do direito, profissionais de saúde e segurança e ativistas dos movimentos de mulheres que enfrentam a violência em vários cantos do país. Tem também menção aos serviços de ajuda e socorro e um glossário, onde palavras pouco comuns, como cisgênero são explicadas. No caso, cisgênero é a “pessoa que atende a expectativa social de coerência da matriz de gênero. Ou seja, uma mulher feminina heterossexual ou um homem masculino heterossexual”.

Apoiada pelo Fundo Elas e Instituto Avon, a equipe do Patrícia Galvão, dirigida por Jacira Melo, promete atualizar as informações constantemente. “Com o dossiê, buscamos influenciar a agenda pública e pautar a imprensa, para que ela cobre as responsabilidades do Estado e também mudanças na sociedade”, diz.

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Confira o vídeo sobre o dossiê

 

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