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Ensaio mostra a reação das paquistanesas sobre lei que incentiva a violência doméstica

A ideia de registrar a bravura das mulheres que bradam contra a aprovação de uma lei que incentiva a violência doméstica como uma "medida educativa" para as esposas veio do fotógrafo paquistanês Fahhad Rajper que também se indignou com a proposta feita pelo Conselho da Ideologia Islâmica em seu país.

Por Débora Stevaux (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 10h22 - Publicado em 31 Maio 2016, 19h06

A ideia de registrar a bravura das mulheres que bradam contra a aprovação de uma lei que incentiva a violência doméstica como uma “medida educativa” para as esposas veio do fotógrafo paquistanês Fahhad Rajper que também se indignou com a proposta feita pelo Conselho da Ideologia Islâmica em seu país. Este grupo é capaz de influenciar autoridades governamentais do Paquistão a seguirem algumas leis que, segundo eles, estavam de acordo com os princípios do islã. 

Leia mais: Violência doméstica contra a mulher: quando você pode – e deve – acionar a justiça. 

De acordo com informações divulgadas no jornal norte-americano Washington Post, a norma em questão aconselhava os maridos a “espancarem um pouco” suas esposas caso elas se recusassem a manter relações sexuais com eles, não se vestissem com as roupas que eles permitissem ou se elas não tomassem um banho após o sexo ou logo depois de menstruarem, para não permanecerem “sujas” por muito tempo.

Veja também: Novo filme brasileiro expõe traumas da violência doméstica. 

Mesmo que o conselho busque agir segundo os ensinamentos e dogmas do islamismo, muitos muçulmanos, inclusive o próprio fotógrafo discordam fortemente das medidas legislativas propostas

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Leia mais: Lésbicas têm maior probabilidade de sofrer violência física da parceira, diz estudo​.

Os registros sensíveis em preto e branco, feitos pelas lentes de Fahhad, buscam explorar a coragem das mulheres que lutam diariamente contra a violência de gênero, muitas vezes praticada dentro de suas próprias casas – e que em hipótese alguma concordam com as leis que colocam em xeque seus direitos básicos. Cada foto acompanha uma declaração feita pelas participantes do ensaio fotográfico #TenteMeBaterUmPouco. Confira algumas das fotografias abaixo:

Veja também: No Facebook, garoto denuncia o pai por violência doméstica​.

#TenteMeBaterUmPouco, e eu me tornarei a destruição em pessoa, algo que você nunca viu antes. 

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Adeeqa Lalwani, contista

#TenteMeBaterUmPouco Eu sou como o Sol, se você me tocar, eu vou arder como o fogo do inferno. Eu sou como a luz, você pode até tentar, mas nunca vai conseguir me parar. Você nunca vai conseguir me conter, diminuir. Caso aconteça alguma coisa comigo, as pessoas darão nome aos furacões inspirados na minha personalidade. Atreva-se. 

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Rabya Ahmed, fotógrafa

#TenteMeBaterUmPouco e você se arrependerá pelo resto da sua vida miserável.

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Sundus Rasheed, professora 

#TenteMeBaterUmPouco – Me diga como você se sentiria se alguém quisesse bater de leve na sua filha?

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Alvera Rajper, estudante de medicina

#TenteMeBaterUmPouco – Me diga se você gostaria de apanhar de leve?

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Farah S. Kamal, consultora de projetos educativos

#TenteMeBaterUmPouco e você levará um chute na bunda! 

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Amber Zulfiqar, blogueira

#TenteMeBaterUmPouco e eu vou atropelar você com toda minha experiência de sete anos de motorista!

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Priyanka Pahuja, designer e publicitária

#TenteMeBaterUmPouco e você não sobreviverá para ver a luz do dia.

Divulgação/Fahhad Rajper
Divulgação/Fahhad Rajper ()

Sumbul Usman, social media

Veja também: Uma em cada cinco mulheres já foi vítima de violência doméstica no Brasil. 

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