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Malala Yousafzai é a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz

A ativista paquistanesa, de apenas 17 anos, ganhou o prêmio com o indiano Kailash Satyarthi. Os dois são conhecidos por lutar contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de meninas e meninos terem acesso à educação.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 18h26 - Publicado em 9 out 2014, 22h00

A paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2014 ao lado do indiano Kailash Satyarthi, de 60 anos. Os dois são ativistas dos direitos das crianças: Malala defende o acesso de mulheres e meninas à educação, e Kailash se dedica a resgatar crianças do trabalho infantil e a retirar pessoas de trabalhos análogos à escravidão.

O prêmio de US$ 1.1 milhão será entregue à dupla no dia 10 de dezembro – data da morte de Alfred Nobel, criador da premiação. A paquistanesa é a pessoa mais jovem a vencer e já tinha sido indicada ao Prêmio no ano passado. Conheça melhor a trajetória da ativista.

Quem é Malala Yousafzai?

Malala Yousafzai cresceu no Vale do Swat, no noroeste do Paquistão, controlado desde 2007 pelo grupo extremista Talibã. Filha do dono de uma escola que sempre incentivou a filha a estudar, Malala viu seu direito à educação ameaçado em 2008, quando o líder talibã local exigiu que todas as escolas parassem de dar aulas a meninas por um mês. Seu pai foi um dos únicos a não cumprir a exigência.

Sua luta começava ali. Malala criou um blog chamado “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, onde contava sobre seu desejo de continuar estudando e relatava as tensões enfrentadas pelas meninas em um país dominado pelo talibã. A ativista, que começou escrevendo sob um pseudônimo, logo ganhou notoriedade.

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Em 9 de outubro de 2012, aos 15 anos, Malala levou um tiro ao sair de sua escola. Além dela, outras duas meninas foram baleadas. O ataque foi de responsabilidade do grupo extremista. Depois de receber tratamento intensivo em seu país, Malala se mudou para o Reino Unido, onde continua seu ativismo. Atualmente, ela estuda na cidade britânica de Birmingham.

O que ela defende?

Malala defende o direito de todas as mulheres e meninas de estudar. “Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas. A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar”, afirmou em seu primeiro pronunciamento público, na Assembleia de Jovens da Organização das Nações Unidas (ONU), nove meses após o atentado.

“Os terroristas pensaram que mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na vida, com exceção disto: fraqueza, medo e falta de esperança morreram. Força, coragem e fervor nasceram”, completou à época.

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Em 2013, a ativista recebeu o prêmio Sakharov, concedido pelo Parlamento Europeu pela liberdade de consciência, e o Prêmio Internacional da Criança por sua luta na área.  

O que sua vitória representa para o direito das meninas?

A vitória da causa de Malala representa uma preocupação internacional em torno das relações de poder que os homens exercem sobre as mulheres em muitos países.

Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil, explica que essa visão de poder se reflete no acesso à educação da população feminina, principalmente nos países em situação de conflito, como o Paquistão e mais recentemente a Nigéria. Em abril, mais de 200 meninas foram sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram de uma escola no vilarejo de Chibok no país africano.

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“A UNESCO tem visto um crescimento nos ataques às escolas e estudantes em países em situação de conflito, em especial contra as meninas. O caso da paquistanesa Malala (Yousafzai) foi importante para entender a violência extrema que é utilizada para manter as mulheres longe da educação”, afirmou Nadine à CLAUDIA Online na época do sequestro.

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