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Por que temos a necessidade de criar etiquetas para definir as pessoas?

O que Yiscah Smith nos relembra é que não precisamos caber em nenhuma categoria específica, o que é necessário é se conhecer a fundo e se respeitar.

Por Carol Althaller (colunista)
Atualizado em 21 jan 2020, 22h29 - Publicado em 22 Maio 2015, 13h15

Muitas caixinhas foram delimitadas a mim no último Dia das Mães. Ser mulher, ser mãe, ser jovem, ser mãe jovem. Ser mãe e trabalhar fora, ser mãe e não furar a orelha da minha filha. Ser mulher & mãe & não comprar (só) roupas rosas ou bonecas para um bebê de 10 meses. Ser mãe e preferir o Dia da Família ao Dia das Mães. Ser mãe e não querer ganhar uma batedeira no segundo domingo de maio…

No meio dessa minha tempestade de pensamentos, em que eu não conseguia entender os meus próprios obstáculos, conheci Yiscah Smith durante uma palestra. Yiscah é americana, mentora espiritual, judia, transgênero e sua jornada tem sido inspiradora e bastante corajosa abordando questões de identidade de gênero e incentivando as pessoas a se conhecerem melhor.

“Você nunca pode julgar os obstáculos dos outros. Então, para entender o que dói para o outro é necessário, primeiramente, entender o que dói para você”. Em sua memória de infância, ela se lembra de aos 5 anos perceber que havia alguma coisa diferente.

Na verdade, as pessoas diziam que o então Jeffrey Smith agia como uma menina, o que para Yiscah sempre soou estranho. “Eu não entendia o que as pessoas queriam dizer com isso, porque eu estava apenas sendo eu mesma, diz.

Depois de se casar e ser pai de seis filhos, finalmente aos 50 anos começou um processo cirúrgico para ter o corpo que gostaria. Nas palavras de Yiscah, era como se até então ela não pudesse respirar.

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A jornada de auto-conhecimento de Yiscah passa pelo entendimento de ser honesta com ela mesmo, o que acontece num momento de consciência expandida: a partir do momento que você permite se conhecer profundamente, você tem o coração aberto para você mesmo e suas necessidades e aceitação de quem você é, e assim as coisas podem ser mais fáceis.

Mais do que uma discussão sobre gênero ou religião, o que aprendi com essa mulher iluminada é que precisamos viver uma vida autêntica, mesmo que todos os dias tenhamos obstáculos – e claramente vamos ter. Mas é bem melhor você ter obstáculos estando em paz consigo mesmo.

“Você deve amar o que tem de ruim em você mesmo”, disse ela. O que Yiscah explicou, em outras palavras, era exatamente o que eu precisava ouvir – e parece óbvio quando dito, mas às vezes é necessário relembrar: Não precisamos caber em nenhuma categoria específica.

O que é necessário é se conhecer a fundo e se respeitar. Para aprender a respeitar os outros e amar o outro, é preciso fazer o exercício diário de auto conhecimento. Vamos aprender a jogar fora as etiquetas que nos prendem, e aceitar e respeitar as nossas verdades. Abrir nosso coração é tão importante quanto abrir nossa mente.

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