Mioma: fácil de combater!
Benigno em 99,5% dos casos, esses tumores de causas ainda desconhecidas não provocam sintomas na maioria das mulheres
Mulheres negras e orientais têm
predisposição ao problema
Foto: Dreamstime
A presença de tumor na parede do útero não é tão grave quanto parece. De acordo com Joji Ueno, especialista em reprodução assistida, de São Paulo, trata-se de um mioma ou, em alguns casos,
de vários deles em média, aparecem entre três e cinco de uma vez. Podem ter poucos milímetros ou ser maiores do que um melão.
Mas, calma, pois em 99,5 % dos casos são benignos. O médico explica que, embora as causas ainda sejam desconhecidas, eles afetam só no período fértil: seu surgimento é associado aos níveis do hormônio estrogênio, que aumentam na menstruação. Na menopausa, tendem a desaparecer. Do total de afetadas, apenas 20% têm os sintomas (veja quadro inferior esquerdo). O restante, pela falta
de sinais, pode passar a vida sem percebê-los.
Principais tipos de mioma
Subserosos | Intramurais | Submucosos |
Aparecem na camada externa do útero. Podem ser confundidos com tumor no ovário. |
É o tipo mais comum. Se desenvolve na parede do útero, aumentando o tamanho do órgão. |
O mais raro de todos, cresce para dentro do útero e pode causar sangramento em grande escala. |
Os sintomas
· Dor na região do útero ou baixo-ventre.
· Aumento do fluxo sangüíneo durante a menstruação, que também pode ser prolongada.
· Sangramento fora do período menstrual.
· Incômodo durante o sexo.
· Aumento da vontade de fazer xixi causada pela pressão do mioma contra a bexiga da mulher.
· Crescimento da barriga.
Como livrar-se do problema
· O consumo de algumas pílulas anticoncepcionais pode diminuir o ritmo de crescimento do mioma.
· Remédios à base de hormônios suspendem a menstruação e diminuem o tamanho do danado. Se
utilizados por mais de seis meses, há risco de osteoporose.
· Cirurgia para retirada do tumor: a escolha da técnica varia com o tamanho e a localização. Um corte no abdome ou a introdução de pinças pelo umbigo são algumas das formas disponíveis.
· Quem não sofre com os sintomas e possui os miomas pequenos não precisa se submeter a um tratamento específico. Porém, deve fazer acompanhamento com ginecologista e controlar o avanço do problema.
· Embolização: injeção de microesferas sintéticas no vaso sangüíneo, impedindo o fluxo do sangue que alimenta o mioma. Técnica pouco usada.
Saiba mais
· No caso de mulheres assintomáticas, o tumor é descoberto por exame de toque ginecológico. As mais magras podem notar a barriga maior.
· Se o mioma crescer na entrada do útero, pode impedir a penetração do espermatozóide e dificultar a
gravidez. Quando evolui para dentro, pode provocar aborto.
· Apenas 0,5% dos miomas são malignos. A única forma de eliminar esse tipo é por meio da retirada completa do útero.