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8 verdades sobre a vacinação infantil

Tire as suas dúvidas sobre as vacinas e confie no poder das gotinhas e picadelas para proteger seu filho

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 29 jul 2019, 14h22 - Publicado em 29 mar 2012, 22h00

Vacine seu filho sempre no mesmo lugar – assim, se a carteirinha dele se extraviar, é possível recuperar os registros sem ter de repetir a dose
Foto: Getty Images

Ninguém questiona a importância da imunização. Mas as notícias de uma reação inesperada da Sabin e do ressurgimento da coqueluche despertam inseguranças. Antes de se impressionar, conheça melhor o grau de importância e os riscos dessa prevenção.

1. A pontualidade faz diferença

Tudo bem atrasar ou adiantar um pouco uma aplicação, mas evite. O calendário é calculado para proporcionar proteção máxima ao seu bebê. “Atrasos, inclusive nos reforços, deixam o pequeno desprotegido, e adiantamentos podem ser ineficientes se o sistema imune não estiver maduro”, avisa o pediatra Renato Kfouri. Há casos, porém, como o da catapora, comum na primavera, em que vale antecipar a vacina se o pediatra autorizar.

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2. Se ele estiver gripado, não dê

Gripes, alergias e pequenas indisposições não são motivo para adiar uma vacina. Mas o pequeno não deve ser imunizado se tiver febre ou algum problema mais grave, como pneumonia, infecção urinária e quadros virais que provoquem manchas vermelhas na pele. “A vacinação também é contraindicada se a criança estiver usando medicamentos que baixam a imunidade, como corticoides”, alerta Kfouri. Na dúvida, consulte o pediatra antes de vacinar seu filho.

3. Reação não é sinal de “pega”

Com exceção da BCG intradérmica – que é dada ainda na maternidade e deixa uma marquinha na pele quando acontece a pega -, não se espera que nenhuma vacina dê sinais de que o sistema imunológico passou a produzir anticorpos contra a doença. “Não há por que se preocupar”, garante a médica Ana Paula Moschione. Afinal, as vacinas já foram testadas e se mostraram eficientes. Em situações especiais, exames de sangue podem verificar a proteção contra rubéola e hepatites A e B. Além disso, apenas de 10% a 15% das crianças apresentam reações – como febre, irritabilidade e dor de cabeça ou no local da picada – e, mesmo nelas, os efeitos são brandos. “A maioria não tem nada, o que não significa que a vacina foi inútil”, afirma Ana. Se seu filho for do time que se ressente com a vacina, é fácil resolver. Faça compressas frias no local da picada até 24 horas depois da aplicação. Desse período para a frente, se o inchaço continuar, use compressa quente. Caso haja dor ou febre, pode dar o analgésico ou o antitérmico recomendado pelo pediatra. Mas nunca utilize esses medicamentos preventivamente, antes da vacina, pois eles interferem na ação da vacina.

4. Onde? A escolha é sua

Posto de saúde, clínica particular ou consultório do pediatra. Cada lugar tem suas vantagens e cabe a você optar de acordo com suas possibilidades e convicções. Nos postos, o benefício é o custo zero. “Mas, nas clínicas de vacinação e nos consultórios pediátricos, costuma haver versões mais completas ou que provocam menos reações do que as oferecidas pelo governo”, pondera Kfouri. Um exemplo é a vacina pneumocócica – os postos aplicam a 10-valente e as clínicas a 13-valente, que protege contra uma gama maior de bactérias causadoras de pneumonias e meningites. Seja qual for a escolha, é importante que o local seja bem higienizado, fiscalizado pela Vigilância Sanitária e que disponha de geladeira ou câmara com controle de temperatura para o armazenamento, além de mecanismo de proteção em caso de falta de energia. Em consultórios pediátricos, o médico deve ter credenciamento e alvará especial, emitidos pela Vigilância Sanitária, confira. Vacine seu filho sempre no mesmo lugar – assim, se a carteirinha dele se extraviar, é possível recuperar os registros sem ter de repetir a dose.

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5. Juntar vacinas funciona

É fato: nenhuma criança gosta de tomar vacina. Não é à toa, portanto, que a combinação de diferentes imunizantes em uma única dose seja uma tendência, pois garante, com menos picadas, a mesma proteção que seu bebê teria tomando cada uma individualmente. “O agrupamento, no entanto, só é possível quando a interação entre os componentes não interfere na eficiência de cada fórmula nem provoca efeitos colaterais”, explica o pediatra e imunologista Victor Nudelman. “Para garantir a segurança, as polivacinas passam por testes rigorosos em órgãos como o FDA, a agência governamental que aprova medicamentos nos Estados Unidos, e a Anvisa, no Brasil”, completa Ana. Por isso, fique descansada em relação à outra novidade que passa a vigorar no calendário oficial de vacinação em agosto: a atual tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e hemófilos tipo B) será substituída pela pentavalente, que imuniza também contra a hepatite B. Serão três doses – aos 2, 4 e 6 meses. A pentavalente foi criada pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Cientistas brasileiros trabalham para, em quatro anos, substituí-la pela heptavalente, que incluirá a pólio injetável e contra meningite C conjugada.

6. Relaxe, a Sabin é segura

Talvez você tenha ficado ressabiada quando, no segundo semestre do ano passado, veio a público o caso do menino de 1 ano e 4 meses, de Pouso Alegre (MG), que desenvolveu paralisia após receber a terceira dose da vacina antipoliomielite em gotas. Na época, o Ministério da Saúde esclareceu que casos de contaminação são raros e acontecem na proporção de 1 para cada 3 milhões de doses aplicadas. Anunciou também que estudava a substituição da vacina em gotas, Sabin, pela injetável, Salk, na imunização de bebês no primeiro semestre de vida, os mais vulneráveis. Mudança feita! A partir de agosto, os postos de saúde vão aplicar a pólio injetável em crianças que iniciam o processo de imunização. Para as demais e nas campanhas, continuam as gotinhas. “A diferença é que a vacina injetável usa o vírus inativo, menos agressivo do que o vírus atenuado da versão oral”, explica Ana. Nas clínicas particulares, a injetável já é oferecida conjugada com a pentavalente.

7. Quando aderir às campanhas

O objetivo da vacinação em massa é formar uma muralha de proteção imunológica para que, se alguém for contaminado fora do país, a doença não se espalhe. Se seu filho está com a vacinação em dia, a participação fica a seu critério. Caso ele tenha recebido uma vacina recente, não existe risco em imunizá-lo contra a mesma doença. “O único reforço que sempre aconselhamos é o da Sabin. Nem tanto por um cuidado pessoal, mas para proteção da comunidade”, diz Ana. O vírus da vacina, enfraquecido, se espalha pela população, criando uma imunização indireta, benéfica a todos.

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8. As doenças vão… e voltam!

No ano passado, a Organização Mundial da Saúde fez um alerta para o risco de surtos de sarampo em vários países, e por aqui a coqueluche voltava a dar as caras. Por que doenças que contam com vacinas há tanto tempo estão ressurgindo? Não dá para analisar o efeito da imunização do ponto de vista individual. Como explica Nudelman, quando se pensa numa população, pode ser que poucas pessoas tenham sido imunizadas, que a pega da vacina usada era pouco eficiente ou que ela tivesse duração limitada. “Sem falar que nenhuma vacina é 100% eficaz”, diz o médico. No caso da coqueluche, a maior taxa de contaminação ocorre hoje entre adolescentes e adultos. Nesse público, a doença é confundível com resfriado e não traz maiores complicações. O problema é se o infectado entra em contato com um bebê não vacinado. “Neles, a doença é grave. Por isso, é importante renovar a aplicação da vacina em babás, pais, professores que convivem com crianças pequenas”, diz Kfouri.

 

 

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