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Como conversar com os filhos sobre manifestações políticas

Principalmente pelos meios de comunicação, as crianças e adolescentes têm acesso aos movimentos que estão acontecendo. Saiba como lidar

Por Isabella Marinelli
Atualizado em 28 out 2016, 07h46 - Publicado em 17 mar 2016, 16h09

As manifestações populares de cunho político estão na televisão, nos jornais, no rádio, na internet e, é claro, para quem quiser ver ao passar pela rua. Mas como falar com as crianças sobre um assunto tão complexo? É melhor deixar de falar? Para o filósofo Mario Sergio Cortella, a discussão é fundamental. “O omisso é cúmplice. Os pais que escondem do filho temas importantes estão furtando dele a completude na formação – e tendem a fazer da criança uma vítima de um sistema que pode ser maléfico. A família deve discutir temas sociais, sim. Se ela decide não ir à rua, deve explicar o porquê. Há pais que dizem: “Não me meto em política”. Ao agir assim, já se meteram. Isso é nocivo.”, explica.

Quando falar? 

Se seu filho não perguntar, introduza o assunto durante em brechas durante o dia, como na hora do noticiário ou na caminhada até o colégio. Pergunte o que ele sabe, o que ouviu falar, o que contaram a ele. Depois, proponha que procurem, juntos, os pedidos dos manifestantes e quais os pontos contrários a eles. Esqueça o maniqueísmo de bem versus mal: deixe isso para os filmes, ok?

Devo levar meus filhos às manifestações?

De acordo com a especialistas, o ideal é que o jovem tenha mais de 15 anos para sair às ruas. Antes disso, pode ser estressante e, muitas vezes, até perigoso. Instrua seu filho a manter-se acompanhado e distante de pessoas dispostas a arranjar confusão. Se puder, é claro, vá junto – é uma prática saudável.

Debate na web

Assim como devemos ter consciência, seu filho também precisa saber que nem tudo o que está na internet é verdadeiro. E não estamos falando apenas de informações falsas: a abordagem e até o apelo pode levar à confusão. Novamente, instrua que ele faça pesquisas. Na hora de dar opinião, o respeito prevalece. Aceitar a opinião alheia não significa concordar com ela, mas conviver em sociedade exercendo a civilidade e a prática democrática.

Para introduzir a política na vida das crianças

Alguns livros podem ajudar nessa complexa missão. Eis algumas ideias:

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1. Quem manda aqui? – Um livro de política para crianças | Larissa Ribeiro, André Rodrigues, Paula Desgualdo e Pedro Markun.

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No dia a dia, as formas de organização política estão em toda parte, da diretora da escola ao dono do brinquedo. Este projeto fala sobre as diversas formas de controle e poder e é fruto de seis oficinas realizadas com crianças, em que foram compartilhadas, de uma maneira bem divertida, noções sobre modos de governar e tomar decisões.

2. Ensinando política a crianças e adultos | Rubem Alves

Como são feitas as eleições, o que é a democracia, como se forma o congresso e para que serve uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): esses são alguns dos temas explicados a partir de analogias e citações históricas, que facilitam o entendimento, tanto de gente grande como dos pequenos.

3. Malala, A Menina que Queria Ir Para a Escola | Adriana Carranca

“Como jornalista, me interessa mais quem é a Malala antes de ser uma figura pública”, diz a autora. No primeiro livro-reportagem destinado ao público infantil, Adriana Carranca relata às crianças a história da adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por membros do Talibã aos catorze anos por defender a educação feminina. Na obra, a repórter traz suas percepções sobre o vale do Swat, a história da região e a definição dos termos mais importantes para entender a vida desta menina tão corajosa. Uma opção bacana para ensinar aos baixinhos o que é ter uma ideologia e lutar por uma causa.

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