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Como lidar com os filhos da geração Z

Aprenda a lidar com os filhos entre 12 a 19 anos. Prepare-se para elevar a relação de vocês a um novo patamar de proximidade, compreensão e respeito

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 04h55 - Publicado em 9 out 2011, 22h00

A geração Z já nasceu imersa na tecnologia
Foto: Getty Images

 


Primeiro foi a geração X, depois a Y, agora a Z. Será que essa sopa de letras traduz a complexidade dos nossos filhos? Especialistas garantem que sim. A geração Z é multitarefa. É rápida. Transita em alta velocidade por diversos interesses. Ouve música, fala ao celular, navega na internet… tudo ao mesmo tempo agora. Muda de opinião assim como troca o canal da TV (não por acaso, a letra Z vem do verbo zapear). E tem deixado pais de cabelos em pé.

Não é fácil penetrar no mundinho dessa turma que, segundo o estudo Gerações Y e Z: Juventude Digital, do Ibope Mídia de 2011, é composta de jovens entre 12 e 19 anos. Levantamos as experiências, os dilemas e as atitudes de algumas mães de adolescentes. E pedimos a um time de feras que apontasse os melhores caminhos para uma educação alinhada com as características desses jovens e com os valores que precisam ser transmitidos a eles.

Presas da frustração

“Confesso: sou do tipo superprotetora e, às vezes, exagero, fazendo tudo o que meu filho pede. Esse é o meu ponto fraco.” Josy Pierretti, mãe de Lucas, 18 anos

“Costumamos oferecer facilidades aos filhos sem pedir nada em troca. Só que, em vez de ajudá-los, estamos criando jovens que não toleram a frustração e terão problemas na idade adulta, quando a vida naturalmente não poupa desafios”, alerta Sidnei Oliveira, consultor especialista em gerações e autor do livro Geração Y: O Nascimento de uma Nova Versão de Líderes (Integrare Editora). É preciso deixar que sofram as consequências de seus erros para que possam amadurecer.

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Muito mais informados

“Percebo que meu filho tem um senso crítico elevado. Quando falo de valores com ele, sou questionada. Meu filho acha tudo uma grande hipocrisia. Diz que passo muito tempo longe de casa, trabalhando, e não aproveito a vida. Isso não é, definitivamente, o que ele deseja para o próprio futuro.” Magali Martins, mãe de Fábio, 15 anos

Aquela história de “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” não surte efeito com essa geração. “Os jovens de hoje são extremamente bem informados e, portanto, muito questionadores”, aponta Ana Barbieri, especialista em gerações. “Exigem coerência entre o discurso e as atitudes. Consideram autenticidade e transparência valores muito importantes”, explica. Se você investir nessas qualidades, seu filho vai assimilar tudo o que deseja transmitir a ele. A geração Z se orienta pelas pessoas que admira.

Íntimos das redes sociais

“Minha filha sonha em ser cantora e diz que usa a internet para divulgar seu trabalho. Ela posta imagens e vídeos o tempo todo na rede. Já tive de intervir várias vezes dando palpites sobre o conteúdo que ela coloca no ar. Fico preocupadíssima, claro, e tento ensiná-la a preservar sua privacidade.” Suely Maria de Rezende, mãe de Carolina, 18 anos

Essa geração já nasceu imersa na tecnologia. Comunica-se por meio das redes sociais, exibe-se na tela do computador e cultua incessantemente a própria imagem, fotografando-se e filmando-se. Afastar seu filho desse processo, além de ser impossível, não é recomendável. “Considero fundamental que ele desenvolva as habilidades referentes à tecnologia e que seu potencial inovador e criativo seja estimulado por meio delas”, defende Oliveira. Mesmo as relações online devem ser vistas sem tanto preconceito. “É um erro acreditar que os relacionamentos que os jovens estabelecem pela internet são superficiais. Na rede, eles se expressam de maneira até mais espontânea e aberta do que pessoalmente”, diz Luiz Algarra, estudioso das gerações, das redes sociais e presenciais. No lugar de limitar o acesso, a saída esperta é ajudar seu filho a construir uma visão crítica do conteúdo que recebe e posta no meio digital.

De filho para mãe

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Você tem muito a ensinar ao seu filho Z, mas também a aprender. “Esses jovens foram educados com base em valores como o respeito à natureza e a importância de colaborar com o outro”, diz o psicólogo Anderson Sant’Anna. Além disso, sabem lidar com a diferença. Por receber informações de todas as partes do mundo, têm como característica o multiculturalismo. Pesquisa da TNS Research International mostrou que em sites de relacionamento, como Orkut, MySpace, Facebook e Twitter, eles interagem com cerca de 288 pessoas, entre amigos ou seguidores, e têm contatos diferentes em termos de raça (62%), religião (55%), orientação sexual (29,5%), cultura (25,4%) e opinião política (24,7%).

Veja as características mais marcantes das outras gerações:

Baby Boomers (46 a 65 anos): Nos anos 1960 e 1970, romperam com a educação tradicionalista e encabeçaram movimentos pelo amor livre e pela emancipação das mulheres. São idealistas e ofereceram uma educação menos rígida aos seus filhos. Começaram a trabalhar cedo.

Geração X (30 a 45 anos): Nasceram quando a TV chegava à maioria dos lares brasileiros e se instaurava a cultura de consumo. Enfrentaram a recessão econômica e hoje procuram dar aos filhos o que não tiveram. São adeptos da educação baseada no diálogo.

Geração Y (20 a 29 anos): Conheceram a tecnologia cedo e são extremamente hábeis para operar as ferramentas digitais. Desfrutam das facilidades materiais e são apegados a seus bens. Buscam qualificação antes de entrar no mercado de trabalho e esperam retorno rápido desse investimento.

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Alpha (até 11 anos): Já nasceram num mundo conectado em rede, o que certamente influenciará de maneira decisiva a formação deles.

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