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Dilema de mãe: como explicar para a filha que ela tem necessidades especiais?

Como coloco essa questão a amigos e primos, contribuindo para a inclusão dela?

Por Maria Flor Calil
Atualizado em 28 out 2016, 09h04 - Publicado em 23 jun 2016, 19h13

Em primeiro lugar, é preciso fazer uma avaliação sincera de quanto os pais já aceitaram o fato de ter uma criança com deficiência. “O simples torna-se difícil quando os cuidadores ainda não estão à vontade com o assunto”, diz Susana Costa Lima, pedagoga do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Norte. Se a dor foi superada e a hora do papo chegou, leve em conta o nível cognitivo da pequena e a percepção da própria condição.

Não há uma fórmula, mas quanto mais simples melhor. Um bom gancho é o entendimento de que todas as pessoas são diferentes umas das outras, que possuem capacidades e dificuldades específicas. “Um é ótimo no futebol, outro no convívio social. Alguns correm rápido, outros são mais lentos; e há quem utilize cadeira de rodas. Alguns têm bom desempenho escolar sem estudar muito e outros precisam se esforçar bem mais”, exemplifica a psicóloga Ana Paula Magosso Cavaggioni, de São Paulo. A empatia também é essencial. “Que tal dizer: ‘Você pode demorar mais para aprender a ler; já a mamãe não conseguiu aprender piano’. Todos temos limitações.”

Uma criança de 5 anos está construindo a autoimagem e a fase é delicada. Fazer com que ela tenha consciência dos próprios limites é o primeiro passo para habilitá-la socialmente, pois assim ela será capaz de criar formas compensatórias de ação no mundo. Saber de suas potencialidades ajudará a persistir nas atividades que lhe são importantes e a avaliar o próprio progresso. Para Luciana Haddad Ferreira, coordenadora pedagógica do Colégio Integral, em Campinas (SP), a inclusão se dá por meio de ações cotidianas que asseguram à criança o sentimento de pertencimento a um grupo, o estabelecimento de vínculos afetivos e a vivência de práticas sociais, além de condições justas de aprendizagem. “Ensine-a a se relacionar, resolver conflitos com independência e a se afirmar como parte do coletivo.” Dentro das próprias possibilidades – ou até um pouquinho além.

Luciana ressalta a importância de dizer à menina, bem como aos outros, que a diferença não nos inferioriza. Um ótimo exemplo são os Jogos Paralímpicos. Os atletas, todos com deficiência, jogam e competem, mas de um jeito diferente. Um lembrete: esteja aberta para acolher parentes e amigos em suas dúvidas e dificuldades em relação a como lidar com sua filha. “É fundamental conscientizar os adultos de que a criança com necessidades especiais precisa das mesmas coisas que as outras: afeto, respeito, interesse”, diz Ana Paula.

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