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Os riscos e os limites dos tablets nas mãos das crianças

Os tablets encantaram os pais e já caíram nas mãos dos bebês. Mas, apesar de lindos e divertidos, eles escondem certos perigos. Saiba quais são eles e use com moderação

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 22h04 - Publicado em 16 ago 2012, 22h00

Nos primeiros três anos de vida, o bebê deve aprender naturalmente, ou seja, sem incentivos
Foto: Getty Images

Da mesma forma que as prateleiras das lojas um dia começaram a dar lugar a telefones e notebooks para crianças, hoje são os tablets que ganharam versões infantis, com telas touch screen, aplicativos e sistema operacional Android.

Mas, antes disso, os pequenos já haviam transformado os aparelhos de seus pais em brinquedo. De acordo com dados coletados em 2011 pela agência de marketing Kids Industries nos Estados Unidos e no Reino Unido, 15% das crianças entre 3 e 8 anos usam o iPad dos pais; 9% possuem o próprio tablet; e 20% deles têm o iPod Touch. Até mesmo bebês acabam se interessando pelo aparelho, incentivados pelos pais.
O fenômeno tem, claro, o empurrão da infinidade de aplicativos desenhados para atrair os pequenos. Tanto nos tablets quanto nos smartphones, é possível baixar joguinhos que ensinam a pintar, simulam instrumentos musicais, tocam músicas, fazem sons de animais… Cá para nós, tal tecnologia é uma mão na roda em momentos em que é necessário manter o bebê entretido. Antes de agradecer a São Steve Jobs por proporcionar esse pequeno tempo de tranquilidade, conheça agora os riscos do uso de tablets por menores de 2 anos e estabeleça limites saudáveis para seus filhos.

Brincadeira virtual x real

De olho nesse movimento, a Sociedade Americana de Pediatria divulgou uma nota sugerindo que pais de crianças menores de 2 anos devem evitar expor seus filhos ao uso de aparelhos eletrônicos, mesmo os programas educativos. Gilberto Lacerda, PhD em educação e especialista em tecnologias na educação, explica a preocupação: “Estamos vivendo um fenômeno recente. À primeira vista, você imagina que as cores e animações sejam estimulantes para os bebês, mas o que isso vai causar ao comportamento e desenvolvimento deles não sabemos. Ainda não há condições para chegar a uma conclusão sobre os efeitos a longo prazo”.

Um dos grandes erros dos pais é, por comodismo ou por entenderem que estão estimulando os filhos da melhor maneira, acabar trocando as brincadeiras de correr, pular e faz de conta pela diversão na telinha. Waldemar Setzer, autor do livro Meios Eletrônicos e Educação: Uma Visão Alternativa, é totalmente contra o uso por crianças de tablets, telefones ou qualquer outro eletrônico. Ele costuma chamar esses aparelhos de “andadores mentais”. Segundo Setzer, a única “preocupação” dos pequenos deveria ser andar, falar e pensar, exatamente nessa ordem. “Nos primeiros três anos de vida, o bebê deve aprender naturalmente, ou seja, sem incentivos. E isso acontece quando ele imita o que os pais e outras crianças fazem.

Segundo o psiquiatra infantil Jairo Werner, antes de oferecer os aparelhos aos filhos, os pais precisam saber exatamente com o que estão lidando, conhecer os aplicativos e para qual faixa etária eles foram feitos, além de usá-los de maneira adequada. “A brincadeira deve dar à criança a oportunidade de se expressar. E isso vale tanto para os tablets quanto para o lápis e o papel. Se um pai coloca o pequeno para desenhar, mas o obriga a cobrir linhas, por exemplo, ele estará limitando o desenvolvimento da criança do mesmo jeito”, explica.
 

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