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Cesariana: 9 mitos e verdades sobre a cirurgia

No Brasil, o número de bebês nascidos de cesariana já é maior do que o dos que chegam ao mundo do jeito tradicional. Veja em quais casos esse tipo de parto é realmente necessário e quando ele pode ser evitado.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 03h21 - Publicado em 14 jul 2014, 21h00

Foto: Getty Images

Medo de sentir dor, de danificar a musculatura da vagina, de ver o bebê se enforcar no cordão umbilical ou o desejo de programar a data do parto. Essas são as principais questões levantadas pelas mulheres grávidas que decidem pela cesariana. A opção cirúrgica é muito frequente no Brasil: de acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, dos 3 milhões de partos no país, 52% foram cesarianas. A média está bem acima de índices de países da Europa (25%) e do porcentual considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde (15%). Porém, em alguns casos, a cirurgia é mesmo necessária.

Desvendamos abaixo nove mitos e verdades sobre cesariana:

1. O parto cesariano pode ser agendado ou adiantado?

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EM TERMOS. De acordo com a pesquisa Nascer, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz, 34% das cesáreas feitas no Brasil ocorrem sem a mulher ter sinal de trabalho de parto. O levantamento aponta que 28% delas não têm doença ou problema que indicasse a cirurgia – ou seja, ela é feita na maioria das vezes por opção da gestante ou do médico. O médico obstetra Victor Bunduki, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explica que a cesárea pode salvar a vida da mãe e do bebê. “Fazemos essa opção quando a criança é muito grande ou está em situação de risco, se há infecções, e em grávidas com diabetes”, diz. O problema é quando a cirurgia é feita de forma indiscriminada, principalmente nos partos eletivos, ou seja, totalmente programado. Por que isso acontece? Cláudio Bunduki, professor do departamento de ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta uma das razões: a série de mitos em relação ao parto normal. “Por medo, elas optam pela cesariana, acreditando que é mais fácil e seguro”, diz. Algumas mulheres, no entanto, optam pela cesárea por desejarem escolher o dia e horário do nascimento do bebê por acreditarem que a data poderá refletir na numerologia ou escolha de signo. Programar o nascimento de um bebê desta maneira pode ser muito perigoso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o trabalho de parto de baixo risco é feito entre 37 e 42 semanas de gestação. Mas isso não quer dizer que toda criança esteja preparada para deixar o ventre materno antes dos últimos dias desse período mais seguro. Os pulmões do bebê, por exemplo, completam o desenvolvimento nos últimos dias de gestação. Alguns dias (a mais ou a menos) fazem muita diferença no desenvolvimento do bebê. É claro que existem exceções quando a gestação passa das 39 semanas ou, então, quando há realmente um motivo de saúde da mãe para que uma cesárea seja feita.

2. Se eu não fizer cesárea, o bebê pode ser enforcado pelo cordão umbilical?

MITO. Há um aparelho que monitora as batidas do coração do feto durante todo o trabalho de parto. Ele indica se o cordão está apertando o bebê.

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3. A recuperação da cesariana demora mais?

VERDADE. A cesárea é uma cirurgia de médio porte. O médico faz um corte profundo para chegar ao útero. Há internação de três a quatro dias, uso de remédios e antibióticos, além da espera de uma semana para retirar os pontos. No parto normal, a recuperação acontece logo após o nascimento do bebê, e a alta ocorre entre um e dois dias.

4. Se o bebê é muito grande, devo optar pela cesárea?

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EM TERMOS. Se houver dificuldades para a criança passar pela bacia da mãe, a cesárea pode ser a melhor solução. Porém, o parto pode ser iniciado de modo normal.

5. Posso evitar as dores do parto fazendo uma cesárea?

VERDADE. Se a gestante ainda não entrou em trabalho de parto e a cesárea é agendada, não há dor nenhuma durante o procedimento. No entanto, o pós-operatório é mais demorado e doloroso. Há maior risco de infecção materna e de problemas respiratórios no bebê.

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6. O parto natural provoca alterações na vagina que prejudicam a vida sexual?

MITO. Nesse caso, o medo é de perder a tonicidade muscular da vagina e do períneo. Mas, com exercícios bem orientados antes e depois do parto, é possível preparar bem essa musculatura para ter a elasticidade necessária à passagem do bebê e, depois, para recuperar o seu tônus.

7. A cesárea é mais cara do que o parto normal?

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VERDADE. Na rede pública as gestantes não pagam as despesas do parto, seja ele normal ou cesárea. Para quem vai usar a rede particular, os gastos são mais elevados.

8. Se eu fizer cesárea uma vez, não poderei mais optar pelo parto normal?

MITO. A cicatriz feita na cesárea não vai se romper se o próximo filho nascer de parto normal. Se a mãe e o feto estiverem bem, o próximo bebê pode nascer pela via genital.

9. Gestantes com pressão alta não podem fazer parto normal?

VERDADE. De acordo com o médico Cláudio Bunduki, a hipertensão é uma das indicações maternas para a realização de cesárea. “Quando há descontrole da pressão, a mãe corre risco de vida”, diz ele.
 

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