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Confira o que é mito e o que é verdade sobre esporte na pré-adolescência

Especialista diz como ajudar seu filho a atravessar com mais tranquilidade uma das idades de maiores mudanças

Por Estúdio ABC
Atualizado em 21 jan 2020, 16h42 - Publicado em 3 dez 2015, 13h17

Como eles crescem rápido, não? De uma hora para outra, aquela criança fofa perde as bochechas e se torna um pré-adolescente cheio de opiniões. Os pais, até então acostumados a um conjunto previsível de reações e posturas, se veem perdidos diante de tanta novidade. A fase que antecede a puberdade, geralmente em torno dos 8 anos para as meninas e 9 anos para os garotos, é mesmo uma das mais complexas do desenvolvimento infantil.

Não só porque envolve o início das mudanças no corpo – os hormônios sexuais, que começam a ser produzidos nessa idade, também causam um alvoroço no comportamento. Os benefícios do esporte, como em qualquer outra fase, são muitos. Mas nem tudo o que se fala por aí é verdade. Veja o que diz o endocrinologista pediátrico Daniel Servigia Domingos. 

A prática de esporte de alto rendimento, na pré-adolescência, pode interferir no crescimento – VERDADE
O crescimento é influenciado por um conjunto de fatores, como alimentação, qualidade do sono e altura dos pais. Estudos mostram que os exercícios leves e moderados ajudam no crescimento, enquanto os de alta intensidade podem mesmo afetá-lo. Mas esse comprometimento não está relacionado à modalidade do esporte. Muita gente pensa, por exemplo, que a ginástica artística deixa a criança mais baixa, e que o basquete, pelo contrário, faz crescer. Isso não passa de mito. O que acontece é uma seleção natural. Na ginástica, crianças menores e mais leves se destacam, assim como as altas na quadra de basquete.

Se o pré-adolescente está com sono e preguiça, o mais indicado é não treinar. Sinal de que o organismo dele pede descanso – MITO
Os pais sempre devem estimular o filho a combater a preguiça. Mas é importante cuidar para que ele tenha uma rotina saudável, comendo bem e dormindo entre oito e nove horas por noite. Ir para a cama sempre no mesmo horário, acordar cedo e evitar estímulos que atrapalhem a qualidade do sono, como TV e computador ligados no quarto, são medidas fundamentais. Agora, caso os pais percebam que o pré-adolescente fica muito sonolento o dia todo e que o rendimento no esporte e na escola já não é o mesmo, talvez seja o caso de diminuir a intensidade dos treinos e aumentar os períodos de repouso.

Melhor não praticar esporte no período menstrual – MITO
O esforço físico não é proibido. Pelo contrário, deve ser incentivado. O esporte estimula o organismo a produzir hormônios que auxiliam no combate ao desconforto. A atividade física na infância, quando é diária, até diminui a frequência e a intensidade das cólicas. O repouso, aliado a medicação, é recomendado somente no caso de dores muito fortes. 

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Adolescentes em fase de estirão ficam mais sujeitos a lesões – VERDADE
Alguns especialistas têm notado maior incidência de lesões e fraturas em atletas nessa faixa etária, mas não se pode atribuí-las somente ao estirão. Elas se devem a múltiplos fatores, sobretudo à intensidade do treinamento e ao tipo de exercício. Em geral, o problema acontece com mais frequência entre pré-adolescentes que praticam atividades físicas de alto impacto.  

Pré-adolescentes devem comer em dobro para garantir um aporte energético suficiente – MITO
O certo é se alimentar bem, mas sem exageros. Significa comer em horários prefixados – desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia – a cada três horas em média. A dieta fracionada diminui a sensação de fome, que costuma aumentar nessa fase do desenvolvimento infantil, sobretudo para quem pratica atividade física, e evita a compulsão alimentar.

Pré-adolescentes são rebeldes e acabam causando problema na prática de esportes coletivos – MITO
A busca de identidade, a tendência a andar em grupos, as atitudes reivindicatórias, a agressividade na escola e as mudanças constantes do humor são características esperadas nessa idade. Mas, geralmente, elas não aparecem no esporte coletivo, já que o pré-adolescente está inserido em um ambiente com pessoas da mesma faixa etária, que vivenciam situações parecidas. Praticar esporte acaba funcionando como uma bem-vinda válvula de escape.

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