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Como controlar o tempo que seu filho fica diante da televisão

Pesquisas recentes revelam que ver televisão demais contribui para a obesidade e afeta o desenvolvimento das crianças em diversos aspectos

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 06h54 - Publicado em 19 nov 2012, 21h00

As crianças aprendem e desenvolvem mais o cérebro brincando do que assistindo à TV
Foto: Getty Images

Cada hora a mais que uma criança passa sentada em frente à TV significa um aumento em sua circunferência abdominal. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá, com 1 314 crianças de 2 a 4 anos, divulgada recentemente. Os estudiosos registraram também que o hábito prejudica a musculatura e diminui o desempenho nas atividades físicas. “Na verdade, nós já conhecíamos a relação entre o costume de ver muita televisão e o aumento da gordura corporal dos alunos de 2 até 10 anos. No entanto, esse é o primeiro estudo que descreve com precisão de que maneira essa associação é estabelecida”, declara a pesquisadora canadense Linda Pagani, uma das autoras do trabalho. Conheça mais detalhes dessa pesquisa, outros estudos sobre o tema e a opinião de especialistas em relação aos efeitos da TV no desenvolvimento infantil. E repense as rotinas na sua casa a partir de hoje mesmo.

TV x Alimentação

Um estudo realizado na Universidade de Loughborough, no Reino Unido, concluiu que quanto mais tempo uma pessoa passa em frente à televisão, pior é a qualidade daquilo que come. O aparelho está associado a um maior consumo de alimentos supérfluos, como salgadinhos, pipoca e doces, fazendo com que a criança ganhe peso e fique mais suscetível a diversas patologias. “As doenças vão de diabetes, obesidade e hipertensão a infarto e câncer”, alerta a nutricionista Juliana Nascimento (MG). Outra pesquisa, esta publicada em periódico de medicina americano**, relaciona ainda que tempo demais em frente à televisão contribui para o aumento da pressão sanguínea das crianças. Isso sem falar que comer diante da TV impede que o cérebro registre a saciedade, já que está distraído com as cores e os sons da telinha. Resultado: sem perceber que está satisfeita, a criança tende a comer mais e mais.

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Programa ideal – Desligar a TV na hora das refeições é uma mudança de hábito que exige força de vontade e paciência, mas vale a pena. Estudo da Escola de Pedagogia de Harvard (EUA) revela que adultos e crianças que compartilham as refeições com regularidade podem ser beneficiados em termos nutricionais e de bem-estar físico e emocional. Os baixinhos e os adolescentes têm benefícios extras, como ampliação do vocabulário e o dobro de chances de tirar boas notas na escola. Dica: torne a refeição atraente. Use louça colorida e crie formas com o alimento, como carinhas.

TV x Aprendizagem

É fato que as crianças aprendem e desenvolvem mais o cérebro brincando do que assistindo à TV. A mesma pesquisa feita pela Universidade de Montreal citada no início desta reportagem indica: cada hora que um baixinho passa em frente à televisão leva a um declínio de 6% em seu desempenho matemático e de 7% em sua participação na sala de aula. A pedagoga Maria Irene Maluf (SP), especialista em neuroaprendizagem e transtornos do aprender, concorda, mas pondera que não se pode condenar a TV por todos os males da educação e que o controle sobre quanto seu filho vê deve ser feito com bom senso. “Não recomendo que crianças fiquem horas diante do aparelho e deixem de passear, ler e brincar ao ar livre. Mas acredito que devam ter um horário para assistir aos seus programas preferidos”, diz ela, defendendo que negar o acesso estimula a curiosidade e faz com que meninos e meninas extrapolem o tempo diante da tela toda vez que puderem driblar a vigilância.

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Programa ideal – Reúna a família e explique a decisão em relação ao tempo e aos programas que seu filho pode assistir. Leituras e jogos são opções ótimas para substituir a TV. E que tal se associar à biblioteca pública do bairro? O serviço é gratuito. Frequentar o local estimula o pequeno a escolher o que quer ler e ainda treina a responsabilidade, pois cada livro tem uma data de devolução. Jogos de tabuleiro e quebra-cabeças também são boas pedidas: divertidas, as atividades desenvolvem o raciocínio e a concentração.

TV x Saúde emocional

Hiperatividade, dificuldade no relacionamento social e problemas emocionais foram algumas questões registradas no estudo publicado no periódico americano de medicina, no caso das crianças que passam duas ou mais horas por dia na frente da telinha. “O exagero na exposição e a falta de controle sobre o que a garotada assiste é tão prejudicial quanto a má qualidade de alguns programas”, diz Maria Irene. A pedagoga ressalta que não ficar no comando é o pior erro dos pais, pois crianças gostam de se sentir cuidadas. Não se pode negar que há entretenimentos excelentes, educativos e informativos, que estimulam a criança a aprender coisas novas. Ver TV ao lado da família pode ser um momento de recreação importante.

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Programa ideal – Uma brincadeira simples, mas que costuma funcionar para trazer problemas emocionais à tona, é cada um conversar sobre “a melhor coisa do dia e a mais chata”. As crianças, em geral, gostam dessa comparação e acabam trazendo situações inesperadas. A parte boa quase sempre é algo que acabou de acontecer, como uma brincadeira. A chata acaba revelando uma briga com um coleguinha na escola ou hábitos que o pequeno não gosta, como dormir cedo. Ouvir o lado dos pais, contando o que acham chato e divertido, é positivo, pois ajuda a criança a entender o mundo dos adultos. Outra atividade que estimula o campo emocional é ler um livro junto com o filho. A partir da história surgem assuntos que podem ser amplamente explorados.

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