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Remédio à vista, criança em perigo

Crianças confundem facilmente medicamentos com guloseimas e sucos. Entenda por que isso acontece e proteja sua família.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 05h05 - Publicado em 11 Maio 2014, 21h00

Ao medicar a criança, explique a função do remédio – ele baixa a febre, por exemplo.
Foto: Getty Images

Eles muitas vezes são coloridos, com gostinho de fruta, cremosidade de milk-skake ou formato de balinha. Formulados para serem engolidos sem muita careta, alguns remédios infantis são tão tentadores que podem se tornar uma armadilha para a saúde dos pequenos.

Uma pesquisa realizada recentemente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP), comprovou que as crianças confundem mesmo medicamentos com balas, um perigo que pode até se tornar fatal. Segundo a farmacêutica Patrícia Moriel, coordenadora do estudo, o problema não é só deixar os remédios ao alcance da garotada. “As crianças também acabam ingerindo remédios por conta própria porque imitam os pais, que costumam fazer isso na frente dos filhos”, ela diz.

Atraentes e nocivos, se a gente descuidar!

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Um levantamento do Ministério da Saúde mostrou que esse problema é muito mais comum do que se imagina. Dos quase 28 mil casos de intoxicação registrados no período de um ano no Brasil, 43% (ou seja, quase a metade!) aconteceram justamente com crianças e adolescentes de até 14 anos. A diretora técnica da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Ana Lúcia Mendes, afirma que os remédios são os maiores responsáveis pelas intoxicações, seguidos pelos agrotóxicos. “Os xaropes, por exemplo, contêm corantes e sabores, como morango, groselha e até chocolate, para mascarar gostos desagradáveis e aumentar a aceitação pelos usuários. Isso é um atrativo e tanto para a garotada”, exemplifica.

6 atitudes que evitam intoxicações

Os principais cuidados a tomar para deixar as crianças e os jovens livres dorisco de se intoxicar com remédios

· Evite tomar remédios na frente das crianças, sobretudo das pequenas.

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· Ao dar um medicamento para o seu filho, jamais o convença a tomar dizendo que é gostoso. Pior que isso, mentir, dizendo que é um docinho!

· Toda vez que medicar os pequenos, reforce que aquilo é um remédio e só pode ser tomado em caso de necessidade (doença). E só um adulto pode dar! Deixe isso claro, sempre.

· Mantenha todos os medicamentos, até mesmo os de uso diário, fora do alcance delas, em local de difícil acesso.

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· Guarde os remédios em suas embalagens originais, junto com as bulas. Produtos vencidos devem ser descartados em farmácias ou postos de saúde que façam esse tipo de coleta.

· Procure comprar a medicação em quantidade suficiente apenas para otratamento. Você economiza e evita aquele acúmulo de remédios sem uso.

Os remédios que mais provocam efeitos colaterais

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A pesquisa da Unicamp identificou os medicamentos (gostosos ou não) que mais causam efeitos colaterais, se ingeridos em excesso. Caso alguém de sua família tome doses elevadas de qualquer um deles, ligue imediatamente para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (0800-722-6001) para saber como agir.

Amoxicilina: Em excesso, o antibiótico pode causar diarreia, náusea, vômitos, tontura, dor de cabeça e alterações na pele.

Dipirona: Indicada para dores e febre. Pode causar reações no sangue e alergia, se consumida em grande quantidade.

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Paracetamol: Alivia dores e controla a temperatura. Se tomado em excesso, pode afetar o fígado e até levar à morte.

Predinisolona: À base de corticoide, trata alergias. Altas doses trazem problemas aos olhos, pele e músculos.

Dexclorfeniramina: Para rinite e picadas. Em altas doses, pode causar sonolência, palpitação, dor de cabeça e até choque anafilático.

 

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