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“Estar com alguém nos faz rir é fundamental”, diz Malvino Salvador

Casado com uma lutadora de jiu-jítsu e exímio boxeador, Malvino Salvador leva a disciplina do esporte para a vida. Na tevê, celebra mais um papel de destaque na novela Haja Coração. Em casa, se prepara para o nascimento de sua terceira filha

Por Alessandra Medina (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 01h25 - Publicado em 30 jul 2016, 07h00

O manauense Malvino Salvador nunca foi um aluno aplicado. Filho de um engenheiro agrônomo, de quem herdou o nome, e da enfermeira Maria Amélia, esperava chegar na recuperação para estudar. Quando a tática deixou de funcionar e ele repetiu o segundo ano do ensino médio, a mãe o matriculou em uma escola pública. “Foi a melhor coisa que ela poderia ter feito por mim. Amadureci e vi que precisava mudar de postura se quisesse ser alguém na vida”, diz ele, que prestou vestibular ciências contábeis. Chegou a estagiar na Secretaria Estadual da Fazenda e em grandes bancos, mas logo foi seduzido pela carreira de modelo em São Paulo – um único trabalho na área equivalia à metade de seu salário.

Como não tinha experiência diante das câmeras, matriculou-se no curso de teatro do diretor Wolf Maya. O global estava remontando Blue Jeans, peça que fez sucesso nos anos 80 e que revelou talentos como Fábio Assunção. Um produtor viu a foto de Salvador na ficha de inscrição e ligou para ele. “Ele perguntou se eu cantava e dançava e eu disse que sim. Era tudo mentira!”, lembra, aos risos. Mesmo assim, foi selecionado e, nos palcos, chamou a atenção de um produtor de elenco da Globo, que o levou para fazer um teste. Estreou em 2004, na novela Cabocla, como o peão Tobias. Já tem no currículo nove novelas, quatro filmes, três minisséries e três peças de teatro. Hoje, encanta como Apolo, o caminhoneiro bruto e estourado apaixonado por Tancinha (Mariana Ximenes) em Haja Coração, novela das 6 da Rede Globo.

Chico Cerchiaro
Chico Cerchiaro ()

Salvador é assim: dedicado em tudo que se propõe a fazer. Quando coloca uma meta na cabeça, é difícil desviá-lo do caminho. Agora, cismou que vai falar inglês fluentemente. Ele jura que era incapaz de pedir um hambúrguer por telefone, mas que, com aulas particulares, já sabe se virar. O tempo livre é pouco, porém o ator também não abre mão de fazer exercícios. Seu favorito é o boxe. “Pratiquei esportes a minha vida toda. Meu corpo está tão acostumado que, quando chega o final da tarde, horário que costumo me exercitar, vai me dando aquela fissura de malhar”, confessa ele. Mas nem sempre foi assim. Até os 16 anos Salvador garante que era franzino e tímido. “Eu era esquisito, tinha o joelho mais grosso que as coxas”, diverte-se. Matriculou-se nas aulas de natação e na musculação e ganhou autoconfiança para falar com as meninas. Mas foi o estilo de vida saudável que conquistou naqueles tempos que atraiu a pentacampeã mundial de jiu-jítsu Kyra Gracie, de 30 anos. Mas ele garante que suas qualidades vão muito além do corpo perfeito: “Estar com alguém que saiba conversar e nos faz rir é fundamental”, acredita.

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Educo à base da conversa. Apanhei muito quando criança porque era levado, mas os tempos são outros

O casal, que se prepara para a chegada de uma menina em outubro deste ano, também tem Arya, de 1 ano e 10 meses. Salvador ainda é pai de Sofia, de 6 anos, fruto do seu relacionamento com a secretária-executiva Ana Ceolin Silva. Todas gestações-surpresa, mas muito bem-vindas. Ele faz o tipo paizão: dá banho, troca fraldas, põe para dormir. “Educo à base da conversa. Apanhei muito quando criança porque era levado, mas os tempos são outros”, lembra. As meninas guiam todas as suas decisões. Até quando o assunto é política, defende que o debate profundo é necessário se quisermos deixar um país melhor para as gerações futuras. “A cada dia emerge um novo podre político. Apesar de triste, acho que vai conscientizar o povo a prestar mais atenção. Afinal, política afeta nossas vidas diretamente”, opina ele, que se posicionou abertamente a favor do impeachment de Dilma Rousseff e enfrentou duras críticas nas redes sociais. “Alguns assuntos são delicados, como a reforma da previdência social, por exemplo. Mas precisamos de representantes que pensem na sociedade e não nos próprios privilégios”, afirma.

Ele vem fazendo a sua parte pelo próximo ao apoiar o projeto Escola de Boxe Raff Giglio, no Morro do Vidigal, que atende cerca de 100 crianças da comunidade. Ele conheceu a turma em 2007, quando fez laboratório para interpretar o lutador Régis, de Sete Pecados. Encantou-se com a iniciativa e, desde então, contribui para o programa, que já está colhendo bons frutos. Os atletas Patrick Lourenço e Michel Borges, que estão classificados para as Olimpíadas do Rio, saíram de lá. “Ele é um bom exemplo para a criançada: tem caráter, é parceiro, leva uma vida regrada. E ainda tem um soco poderoso. Se quisesse, poderia ser um lutador profissional”, elogia o fundador, Raff Giglio. Salvador mantém a postura humilde: “O que faço não é nada diante da alegria que vejo nessas crianças”, diz.

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