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Globo suspende gravações de “Velho Chico” após morte de Domingos Montagner

Elenco e técnicos que estavam no Nordeste receberam orientação para voltar ao Rio de Janeiro.

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 12 abr 2024, 16h35 - Publicado em 15 set 2016, 19h14

Na noite desta quinta-feira (15), a Rede Globo decidiu parar as gravações de Velho Chico. O ator Domingos Montagner, 54 anos, interprete do protagonista, faleceu, nesta tarde, durante momento de lazer no Rio São Francisco. 

Antes do acidente, as gravações estavam marcadas para serem encerradas no dia 18. Agora, todo elenco e técnicos que estavam Sergipe foram orientados a voltar para o Rio de Janeiro, onde a produção também foi momentaneamente paralisada. 

Leia também: Relembre a trajetória de Domingos Montagner

O último capítulo de Velho Chico está programado para ir ao ar no dia 30. A Globo tem cinco capítulos prontos, e decidiu exibí-los. No entanto, ainda não foi decidida qual será a solução dramatúrgica para o sumiço do protagonista Santo. 

Morte

As autoridades policiais de Sergipe encontraram o corpo de Domingos Montagner após 5 horas de buscas. Ele se afogou após pular nas águas do rio São Francisco para um mergulho. Segundo depoimento dado ela atriz Camila Pitanga à polícia, e divulgado pelo Jornal Nacional, ela estava nadando com ele quando percebeu que uma correnteza os puxava. Camila avisou o amigo e os dois tentaram voltar para a pedra de onde saíram, ela conseguiu, ele não. Ao perceber que ele não retornaria, a atriz saiu atrás de socorro. O corpo de Montangner foi encontrado preso em pedras a menos de 50 metros de onde desapareceu. 

Nascido e criado no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, com ascendência italiana graças ao avô paterno, o Santo de “Velho Chico”, da novela das 21h da TV Globo, jamais imaginou que se tornaria famoso. Entrou na faculdade de educação física logo após servir o Exército, ao mesmo tempo que ajudava os pais a cuidar do bar da família. Deu aulas em colégios para adolescentes durante uma década e competiu em equipes de handebol (até hoje, seu esporte favorito). 

Procurou o curso de teatro e acabou fisgado pelas artes dramáticas. Em 2004, com mais oito artistas, fundou o Circo Zanni, que mantém até hoje. Chegou já maduro à televisão por uma razão simples: não nutria o desejo de fazer novelas. “Meu foco não era esse. Em São Paulo, eu seguia uma linha diferente de trabalho, produzindo meus espetáculos”, contou ele a CLAUDIA, em 2014.

Não passou no primeiro nem no segundo teste para a TV. Na terceira tentativa, garantiu participação na série policial “Força-Tarefa” (2010), curiosamente em um papel dramático. No ano seguinte, ele apareceria novamente, em clima de romance, com a personagem de Lilia Cabral, no episódio de estreia da série Divã.  Não parou por aí. Também viveu o cangaceiro Herculano, na novela “Cordel Encantado”, o deputado Paulo Ventura, na minissérie “O Brado Retumbante”, o guia turístico Zyah, de “Salve Jorge”, Raimundo Fonseca, de “Joia Rara” e João Miguel, de “Sete Vidas”. 

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Na época, Montagner deixou claro que não precisa de nariz vermelho para colocar na própria vida mais humor, algo que considera um gênero de primeira necessidade. “Não sou piadista, mas sei rir de mim mesmo e adoro usar da autoironia”, disse. “Quando incorporo o palhaço, no entanto, faço um exercício fundamental, que é o desapego do ego. Ao pintar o rosto, ironizo a beleza. Rebaixar o ego deixa você menos ansioso”.

Ele deixa a esposa Luciana Lima e três filhos: Leo, Antônio e Dante. Vamos sentir saudade.

 

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