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Glória Perez e Raul Gazolla ganham processo contra Guilherme de Pádua

O desembargador Paulo Gustavo definiu, nesta sexta-feira (29), que o casal Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, condenados pelo assassinato de Daniella Perez, deverão pagar uma indenização de 500 salários mínimos à mãe e ao viúvo da atriz, assassinada em 1992.

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 05h13 - Publicado em 29 abr 2016, 13h56

O desembargador Paulo Gustavo definiu, nesta sexta-feira (29), que o casal Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, condenados pelo assassinato de Daniella Perez, deverão pagar uma indenização de 500 salários mínimos à mãe, Glória Perez e ao viúvo da atriz, Raul Gazolla. Isto é, um valor aproximado de 440 mil reais para cada um. A ação foi julgada pela 7ª Câmara Cível do Tribunal da Justiça, no Rio de Janeiro, em segunda instância. 

A decisão também prevê que Guilherme e Paula arquem com os gastos referentes ao sepultamento e o funeral da atriz, que correspondem a cinco salários mínimos, incluindo custos processuais e honorários da defesa de advogados, o que equivale a 10% sobre o valor total da condenação. 

O crime

Ocorrido em 28 de dezembro de 1992, o crime gerou comoção popular e teve vasta repercussão nos telejornais nacionais e internacionais. Daniella Perez, na época, interpretava a personagem Yasmin, na novela global De Corpo e Alma, com o enredo assinado pela sua própria mãe. A protagonista fazia par romântico com o motorista Bira, representado por Guilherme de Pádua. 

Naquele mesmo dia, os atores gravaram a cena final do romance entre o casal Yasmin e Bira, e momentos depois da gravação, Guilherme teve uma crise de choro, e muito nervoso, procurou pela protagonista, a quem entregou dois bilhetes, fato presenciado por diversas camareiras no estúdio. Depoimentos dados à Justiça confirmaram o ocorrido, ele dizia estar desapontado por ter seu papel “desmerecido” na trama, por não ter atuado em dois capítulos daquela semana.  

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Logo após este episódio, ele deixou o estúdio Tyacoon, localizado na Barra da Tijuca, e buscou Paula Thomaz, sua esposa na época, que estava grávida de 4 meses. Os dois voltaram para o local onde as gravações eram realizadas com um lençol e um travesseiro. Ao chegarem no destino, Paula não desceu do carro, permanecendo no carro do marido durante o tempo em que ele voltou para encerrar o expediente. 

Quando as filmagens foram encerradas, por volta das 21h, o par romântico tirou algumas fotos com os fãs e deixaram o lugar. Guilherme seguiu o Escort da atriz, e foi visto pelo motorista das crianças que tinham fotografado com o casal estacionando seu Santana num acostamento próximo ao posto de gasolina que ela havia parado para abastecer. Logo após sair do posto,

Guilherme, então, fechou o carro de Daniella e assim que ambos desceram dos veículos, ele a agrediu com um soco no rosto, deixando-a desacordada, fato posteriormente confirmado por dois frentistas que estavam presentes. Colocada desacordada no banco de trás do Santana, Paula a levou junto com o ator, que estava dirigindo o Escort da vítima, para a rua Cândido Portinari, uma das mais desertas da Barra da Tijuca. 

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Após estacionarem os carros, os dois passaram a apunhalá-la – num primeiro momento dentro do veículo e depois num matagal. Daniella foi morta com 18 estocadas desferidas na região do pulmão, coração e pescoço. Um advogado que passava pela rua, anotou as placas dos carros por acreditar que se tratasse de um assalto, identificou a movimentação de um casal e denunciou à polícia. Quando os policiais chegaram, apenas encontraram o carro da vítima, e logo também seu corpo, que estava escondido em uma moita. 

Guilherme e Paula foram até a delegacia e chegaram a consolar a mãe e o marido da vítima. Rapidamente, os peritos descobriram que o Santana era de propriedade do ator que interpretava Bira, mesmo que a primeira letra da placa estivesse adulterada com fita isolante. As informações identificadas pela testemunha que fez a denúncia constavam que o carro havia sido identificado como OM-1115, quando na verdade, a placa original era LM-1115. Assim fora eliminada a alegação de crime passional. 

No dia 29 de dezembro, Guilherme foi levado à delegacia, e a princípio, negou a participação, mas acabou confessando a autoria no mesmo dia. Paula também confessou que havia participado do assassinato, mas negou posteriormente. Em uma conversa com o marido grampeada pelo delegado, ele declarou que daria um jeito sozinho. O casal foi preso em 31 de dezembro e reivindicou o direito de apenas falar em juízo. Guilherme e Paula foram condenados por homicídio duplamente qualificado, sentenciados a cumprirem 19 anos e 18 anos e seis meses, respectivamente.

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