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Entrevista com Marco Pigossi, o gay de Caras & Bocas

Os bordões de Cássio já cairam na boca do povo. As crianças quando o encontram dizem "choquei!" E ele confessa que adora!

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 06h31 - Publicado em 31 ago 2009, 21h00

Marco Pigossi
Foto: Fabricio Mota

Quando Cássio aparece em Caras & Bocas, a gente já espera o momento de ele falar um de seus bordões, de preferência o “choquei”. E é exatamente o “choquei” que tem servido de termômetro para Marco Pigossi, intérprete do queridinho gay da trama de Walcyr Carrasco. O ator é categórico ao afirmar que não há um dia em que não ouça o bordão na boca de alguém, principalmente, das crianças. “É engraçado e muito gratificante. A criançada, quando me vê, grita o nome do meu personagem e, assim que olho para elas, grita o ‘choquei’ ou o ‘rosa-chiclete'”, diverte-se o paulistano de 20 anos, que nunca teve dúvidas ao optar pela carreira artística. “Uma criança em São Paulo precisa ter o tempo inteiro preenchido porque não tem o que fazer. Aos 13 anos, eu tinha aulas de bateria e era federado na natação. Mas cansei e quis praticar algo diferente. Disse à minha mãe que queria fazer teatro e, ao voltar da primeira aula, avisei em casa que queria ser ator”, conta o gato.

Você vem sendo considerado a revelação do ano na TV, mas Cássio não é sua estreia na telinha…
Aos 15 anos, fiz uma participação pequena na minissérie Um Só Coração (2004) e, no ano passado, atuei em Queridos Amigos (2008). Mas foi na novela Eterna Magia (2007) que eu tive, de fato, um personagem que fazia parte de um núcleo.

Tem algum artista na sua família?
Não, todo mundo é normal (risos). Minha mãe, Marines, é formada em fisioterapia, meu pai (Oswaldo) é médico e minha irmã (Marinis) cursa direito. Venho de uma família careta, meu pai é conservador.

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Como seu pai, que você diz ser conservador, encara o fato de o filho interpretar um homossexual na novela?
Tranquilo. Ele é conservador, mas não é preconceituoso. Tem uma filosofia de que as pessoas têm que ser felizes e sabe que é um trabalho. E que isso não muda meu jeito de ser. Ele adora o Cássio e os amigos dele acham o papel engraçado. Meu pai disse que o Cássio é um papel de bastante evidência, que gera curiosidade e que, naturalmente, se destaca na trama.

Como seu pai ficou sabendo que você faria o personagem?
Foi muito engraçado. Liguei para ele e disse que tinha duas notícias: uma boa e, talvez, uma que ele achasse ruim. A primeira era que eu havia pegado o papel na novela e a segunda que o personagem era gay. Ele falou que as duas notícias eram maravilhosas.

E sua mãe, o que acha?
É a maior tiete do mundo, não só minha como dos outros atores. Adora quando eu a levo ao Projac. É claro que rola preocupação com relação à instabilidade da profissão. Há muita gente que, quando digo que sou ator, pergunta com o que vou trabalhar no futuro. Mas minha mãe sempre diz que temos que fazer o que se gosta. E é o que eu faço.

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Seus bordões são um sucesso. Você sugeriu algum?
Walcyr (Carrasco, autor) escreveu os bordões e comecei a brincar com eles. ‘Choquei” foi o primeiro deles. Quando ele escreveu o “tô bege”, soltei um “tô bege-dégradé”. Depois, ele escreveu “tô begelistrado” e a brincadeira foi rolando assim. O “rosachiclete” também faz sucesso. As pessoas gritam de longe quando me veem. Cássio é muito carismático, vejo crianças de 4, 5 anos dizendo “choquei” e “rosa- chiclete”. É muito gostoso.

Já deu para perceber que todo mundo o reconhece e que está sempre acenando para algum fã. É sempre assim?
Sempre. No Dia dos Pais, fui almoçar com o meu pai, em Penedo (RJ), e virei um evento na cidade. Todo mundo queria tirar foto comigo. Confesso que não tinha tanta consciência do sucesso do personagem e que, no começo, tive medo desse papel.

Por quê?
Porque é um papel complicado, que não pode cair no estereótipo, tem que ser verdadeiro. É uma linha tênue. Um pouquinho a mais é demais e um pouco a menos é nada. Tive medo da reação do público gay.

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E o que os gays estão achando do Cássio?
Não tenho procurado saber. Estou defendendo um personagem. Existem várias pessoas como o Cássio, mas não represento os homossexuais. Não levanto a bandeira dos gays, e sim do meu papel. Se o Cássio é efeminado demais, deslumbrado demais, é porque ele é assim. Mas, respondendo à pergunta, os gays têm aceitado de uma maneira legal.

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