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“O primeiro câncer a gente nunca esquece”

Em depoimento a CLAUDIA, a leitora Rosa Nina Liebermann conta como foi o tratamento de um tumor maligno na tireóide, descoberto por um acaso, após ter sido aconselhada pela irmã mais velha a fazer um ultrassom.

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 14h38 - Publicado em 4 Maio 2016, 13h45

“Uma vez que 40 são os novos 30 e eu realmente me sinto como uma garota de 32 anos, achei um tanto exagerada a sugestão de minha irmã mais velha de fazer um check-up médico, o que para mim, até então, era coisa de velho.

Depois de muita conversa ela finalmente me convenceu que com 41 anos eu não estaria sendo precoce e foi então que agendei um horário no ginecologista. É claro que a minha irmã Julia já havia passado os nomes de todos os exames, no bom e velho estilo ‘de médico e louco todo mundo tem um pouco.’

Infelizmente, isso não coincidiu com o que a médica pensava, pois quando fui solicitar um ultrassom da tiróide com doppler, ela disse achar desnecessário pois eu estava bem e não apresentava sintoma algum. Procurei outro profissional.

Após alguns dias, com os resultados em mãos, tive a confirmação de que eu era mesmo uma garota de 32 anos, parecia tudo maravilhoso… Oops! Mas esperem aí, o tão insistido doppler apontou um pequeno nódulo na tireóide que passaria então a ser o centro de minhas atenções durante as próximas semanas.

O que seguiu foi uma série de estreias, fui pela primeira vez a um endocrinologista, fiz pela primeira vez uma punção de nódulo e recebi, pela primeira vez a notícia que você nunca quer receber: ‘Sinto muito mas se trata de um tumor maligno.’ 

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Apesar da frase ter sido proferida quase sem vírgula seguida de um ‘Se eu tivesse que escolher um câncer, escolheria este”, ninguém esta preparado para receber esta notícia. De repente uma avalanche de pensamentos te esmaga, ali mesmo, na sala de uma clínica.

Tenho uma filha pequena para criar, marido, mãe, irmã que precisam de mim, um montão de lugares que ainda quero conhecer, e um livro para terminar! O desespero se transformou em força, fiz um número incontável de telefonemas, pesquisei por especialistas e, em uma semana, lá estava eu em uma sala de cirurgia recebendo minha anestesia geral para retirada completa da tireóide. 

Até o dia em que solicitei os exames eu, sinceramente, nem me lembrava que havia uma tireóide em meu corpo e diferente de outros órgãos mais chamativos, nunca dei a mínima bola. Talvez seja este o motivo pelo qual decidi escrever sobre algo tão pessoal.

Nesta minha recente trajetória, composta por inúmeras salas de consultórios, laboratórios e hospitais, conheci pessoas e histórias que me trouxeram muita esperança

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A jovem mãe de apenas 26 anos, a avó italiana acompanhada pela carinhosa neta, o empresário poderoso em seu terno impecável. Todos nós tínhamos não só um tumor em comum, mas a certeza de que daqui para frente, tudo iria ser diferente: uma nova fase da vida, com distância de tudo e de todos que não nos fazem bem e com o foco naquilo e naqueles que nos trazem alegria.

O fato do tumor ter sido encontrado precocemente fez toda a diferença, tanto para a cirurgia como para o tratamento que vai agora me acompanhar pelo resto da vida. Apesar de lento no seu crescimento, o tumor poderia com o tempo entrar na corrente sanguínea e eu não sei como essa história seria contada se eu tivesse descoberto em um ou dois anos.

Graças a minha irmã, fiz um excelente plano de saúde há um ano. Graças a minha irmã, fiz o bendito exame com doppler e graças à ela estou hoje aqui, cheia de otimismo, alertando a todos sobre esse silencioso inimigo.

E como tudo que acontece, seja bom o ruim, serve de aprendizado, aqui vamos nós: leve sua saúde a sério, invista em um bom plano de saúde e nunca, mas nunca mesmo, deixe de escutar sua irmã mais velha!”

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*O depoimento cedido a CLAUDIA foi escrito por Rosa Nina Liebermann. 

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