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Como cuidar da higiene íntima e evitar cheiros indesejados

Produtos de higiene íntima até disfarçam odores da região genital e evitam infecções, mas não precisam ser usados todos os dias. Saiba por quê.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 13h58 - Publicado em 13 Maio 2012, 21h00

Odor forte representa uma infecção quando vem acompanhado de secreções, coceira, ardência e dor

Foto: Getty Images

Por trás de uma atitude que aparentemente seria apenas uma questão de higiene, existe um incômodo feminino velado: a má relação com o próprio cheiro, ou melhor, com o odor natural da região genital. “A mulher não lida bem com o odor da vulva nem com a secreção normal”, atesta a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, coordenadora do Ambulatório da Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Para a médica, isso está relacionado à falta de intimidade com o próprio corpo, o que é fruto de uma educação sexualmente repressiva. “É comum a mãe dizer à filha para não colocar a mão na genitália por ser ‘suja’ ou ‘nojenta'”, diz Carolina. Isso explica por que tantas mulheres usam os produtos de higiene íntima diariamente e de forma até exagerada. “Eles não são essenciais para uma boa higiene íntima”, revela. Entenda os motivos.

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O que é pH vaginal?

Trata-se do grau de acidez que mantém a flora vaginal em equilíbrio e impede a ação de bactérias. O pH ideal (medido em exames de laboratório) fica entre 3,5 e 4,5. Quando esse número é alterado (por vários motivos, como estresse ou uso contínuo de antibióticos), alguns micro-organismos se proliferam na região, causando infecções vaginais. Produtos de higiene íntima seguem o padrão vaginal (de 3,5 a 4,5) e mantêm a acidez necessária para evitar infecções, mas a higiene íntima não precisa necessariamente ser feita só com esses produtos. “Eles podem ajudar mulheres que vivem tendo infecções ginecológicas”, diz Carolina. O sinal de alerta é quando surgem três infecções em seis meses. “Quem não convive com esse problema não precisa usar esses produtos todos os dias”, completa a médica. “Recomendo usar, no máximo, duas vezes por semana. E, na falta deles, substitua por sabonete neutro ou infantil”, conclui a ginecologista Carolina.

Qual a importância da limpeza?

Mais importante do que “qual produto usar” é “como higienizar” corretamente a vulva, que é diferente da vagina: a primeira é a parte externa e a segunda, a interna. A limpeza, explica a ginecologista, deve ser diária, sempre com água corrente e sabonete comum. “É importante passar os dedos entre os pequenos e grandes lábios para tirar a gordurinha branca produzida naturalmente”, ensina. “Além disso, é proibido lavar internamente a vagina com ducha, porque isso vai desequilibrar o pH e facilitar infecções.” Também não é necessário lavar a região após evacuar: mas a limpeza com papel higiênico deve ser sempre feita da frente para trás, a fim de evitar qualquer contaminação vaginal. Não é preciso também fazer uma limpeza especial após a relação sexual, orienta Carolina. “Basta lavar normalmente com água e sabonete.”

Quando o odor é anormal?

Um corrimento deixa de ser uma secreção natural e vira infecção quando está amarelo, provoca coceira, ardência, dor e odor forte. “Fica igual ao cheiro de peixe podre”, diz a ginecologista Carolina. Se não existe nenhuma dessas alterações, não há motivo para se preocupar. Para as mulheres que se sentem desconfortáveis com a secreção e odor característicos, a médica aconselha a levar na bolsa calcinha extra e limpa, e trocá-la durante o dia. “É muito melhor do que passar encinho íntimo toda hora, porque esse hábito pode retirar a proteção natural”, ressalta a médica. “Mas a limpeza com lencinho uma vez ao dia é até aceitável”. Só durante o período de menstruação esse produto é bem-vindo a qualquer momento.

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