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Como renegociar dívida do cartão de crédito

O cartão de crédito tem a maior taxa de juros do mercado, de até 18%. Confira as dicas e aprenda a renegociar a dívida

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 20 jan 2020, 09h04 - Publicado em 6 abr 2011, 21h00
Como renegociar dívida do cartão de crédito

Recorra a associações especializadas para tentar renegociar a dívida do seu cartão de crédito
Foto: Dreamstime

 

Comprar no cartão de crédito para pagar no mês seguinte só é uma facilidade se você tiver o dinheiro para quitar a fatura. Caso contrário, ao pagar o valor mínimo, você vai cair em uma grande cilada. O banco pode cobrar juros de até 18% ao mês sobre a fatura atrasada. Em outras palavras: a dívida inicial pode ficar 600% mais cara em um ano! Infelizmente, esses juros abusivos estão dentro da lei. Confira as dicas e aprenda a renegociar a dívida do cartão:


Faça uma planilha de gastos: antes de tentar uma negociação com o banco ou procurar ajuda profissional, coloque as suas contas no papel. Só assim você saberá o valor da parcela que cabe no seu bolso (veja modelo no site do Idec). Em seguida, reúna as faturas do seu cartão para ter noção de quanto você deve e quanto é cobrado de juros. Se for preciso, peça a segunda via das faturas no banco para apresentar uma contraproposta.

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Tente uma negociação extrajudicial: vá ao banco e tente fazer um acordo com o gerente da sua conta ou com a administradora do seu cartão. Negocie o valor dos juros e as parcelas. Se o acordo for firmado, seu nome pode ser retirado do SPC/Serasa, mas o banco não é mais obrigado a lhe conceder crédito. E mais: no fim do ano, o banco fica mais disposto a fazer acordos. Nesse período, é melhor ter um consumidor com nome limpo, pois as vendas aumentam. Importante: se o banco não firmar acordo, pare de usar o cartão.

Procure orientação profissional: recorra a associações especializadas em negociação. Cada uma tem o seu modo de cobrança. Entre as empresas que atendem em todo o país estão a Andif, que cobra tarifa de adesão (R$ 60), mensalidade (R$ 100) e mais 1% do valor da dívida ao fim do processo, e a Associação Nacional dos Consumidores de Crédito (Andec), que cobra uma taxa fixa de R$ 280 para negociações amigáveis extrajudiciais . Você também pode recorrer gratuitamente à Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), pelo telefone 151, à Defensoria Pública da sua cidade, que oferece orientação e apoio judicial, e aos núcleos de assistência judicial de faculdades de direito da sua região.

Empréstimo de última hora: outra alternativa de urgência é fazer empréstimos com amigos, parentes ou em outra instituição (que cobre juros menores) para pagar toda a dívida do cartão de crédito à vista, com abatimento dos juros. Vender bens só é aconselhável em último caso e se for possível cobrir todo o valor devido.

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Entre na Justiça: você vai entrar com uma ação revisional de contrato para discutir os altos juros cobrados pelos bancos. Nenhuma ação se resolve em menos de quatro anos, mas as instituições dão prioridade a acordos amigáveis com clientes que recorreram à Justiça. Além disso, o especialista que cuida da sua ação pode conseguir que você não pague as custas iniciais do processo e a antecipação de tutela, deixando seu nome limpo na hora. Fale com ele!

 
Entrar na Justiça é uma forma de pressionar o banco 

A recepcionista Yvelyse Bouvier entrou na justiça para negociar a sua dívida. Confira o depoimento:

“Minha dívida começou em 2007 e, em dois anos, ela passou de R$ 3 mil para R$ 12 mil! A administradora exigia que eu pagasse esse valor à vista! Era impossível. Eu não tinha um dinheiro. Cheguei a esse ponto porque fui despedida e precisei me bancar sozinha. Fiquei praticamente sem um centavo para pagar as contas e passei tudo no crédito, até que meu nome ficou sujo. Se arrumar emprego já estava difícil, depois disso ficou inviável! Quem me tirou do sufoco foi uma tia. Ela me ofereceu um bico para administrar sua oficina mecânica. Só então surgiu a possibilidade de procurar orientação profissional. Pedi auxílio ao Andif (Instituto Nacional de Defesa dos Consumidores do Sistema Financeiro), uma associação que renegocia dívidas. Eu tinha duas alternativas: fazer um acordo amigável ou meter um processo judicial na administradora. Até tentamos uma conciliação, mas a empresa do cartão negou. Aí, levamos o caso para a Justiça e, por um pedido da Andif, meu nome ficou limpo na hora. A administradora desistiu do processo e, em 2009, depois de apenas seis meses de negociações, fechou um acordo comigo. Paguei R$ 3 mil em dez parcelas. Quitei a dívida em 2010. Hoje mantenho o cartão só para momentos de necessidade e aprendi a controlar meus gastos. Decidi voltar para a casa dos meus pais até conseguir um emprego melhor. Me considero mais organizada. Mesmo assim, não deixo de protestar quando estou sendo lesada.”

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Fontes: Auxilium Assessoria, Procon, Defensoria Pública de São Paulo, Andif e Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Projeção (DF)
 

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