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A única

Marina conhece Eder, um homem sempre rodeado de lindas mulheres. Para conquistá-lo, terá de lutar para que ele deseje apenas uma garota: ela.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 13h21 - Publicado em 24 out 2008, 21h00

Ilustração: Dreamstime

Vi o Éder pela primeira vez de relance. Ele se mudara para o apê em frente ao meu. Mulato, alto, peitoral de quem freqüenta academia há anos. “Um solteiro e bonitão no meu andar… Hummm”, pensei, vendo-o chegar com a mudança. Imagine um cara carregar caixas vestindo apenas camiseta básica e bermuda que marcava bem suas pernas grossas. Não tinha como não me sentir imediatamente atraída!

Para aumentar a tentação, o cidadão era muito educado. “Tudo bem? Sou o Éder, acabei de mudar aqui para o apartamento da frente…”, disse-me naquela manhã de sábado, ao me ver sair do elevador. Sorri. “Bem-vindo!”, foi a primeira frase que pronuncei, sem conseguir tirar meus olhos dos dele. Ele lançou um sorriso fatal. Tremi. Seria amor à primeira vista, tesão ou o quê?

Entrei em casa com todas aquelas perguntas na cabeça. “Marina, você deve estar ficando maluca…”, repetia como um mantra. E estava mesmo. Passei o dia inteirinho grudada no olho mágico da minha porta. Acompanhava todos os lances da mudança. Vi Éder carregando seus pertences com uma virilidade que me deixava atônita. Ele coordenava os rapazes da transportadora com gentileza e firmeza ao mesmo tempo.

Notei que suava. Pequenas gotículas escorriam de seu rosto sexy, descendo para o peito, deixando a camiseta molhada. O feromônio inundou aquele hall e senti um desejo doido de fazer amor com ele. Sabia o quanto isso soava precipitado, mas algo nele que me tirava do sério, mexia com meus hormônios. À espreita, pelo buraco do olho mágico, continuei observando meu novo vizinho durante todo o dia.

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Quando chegou a noite, a mudança acabou. Ele deu uma caixinha aos ajudantes e, então, fechou a porta. Fiquei por mais alguns minutos espionando, num reality show particular. Esperava que, por alguma razão qualquer, Éder saísse de novo para fazer algo. Isso não aconteceu. Tomei um banho bem gelado e me recompus. “Marina, você está definitivamente maluca”, repetia.

Por volta das 23 h, ouvi a campainha dele tocar. Corri para o olho mágico. Uma loira lindíssima, com um macacão tão justo que mal a deixava respirar, o aguardava ansiosa. Não tardou para que ele abrisse. Apenas de roupão branco, sorriu e pediu que entrasse. Meu coração bateu forte: “Ah, ele tem namorada… Que pena!”, pensei, desanimada.

Sentei-me no sofá e, instantes, depois, ouvi novamente a campainha de meu vizinho disparar. Corri para a porta. Dessa vez, uma ruiva o esperava, numa minissaia muito, mas muito ousada. Dessa vez, quem abriu a porta foi a loira que piscou o olho para a moça e pediu que entrasse. Ele não tinha uma namorada. O bonitão era um mulherengo que gostava de farra com várias garotas. E eu virara uma moça confusa diante de um grande dilema: tentar ser mais uma ou batalhar para me transformar na única da vida dele.

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