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Aprenda a descobrir uma traição

Sou detetive e vou ensinar quais pequenas mudanças de atitude podem denunciar uma infidelidade dele (ou dela)

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 11h01 - Publicado em 12 nov 2008, 21h00

Eu aconselho não cobrar o parceiro logo de cara. Antes de mais nada, faça uma pequena investigação você mesma
Foto: arquivo pessoal

Sou detetive há 46 anos. Durante todo esse tempo, aprendi tudo sobre o comportamento de pessoas que pulam a cerca. Pequenas mudanças no dia-a-dia podem revelar muita coisa! Basta prestar atenção em detalhes do comportamento para ficar logo com a pulga atrás da orelha. Eu não entrei na profissão só pelo dinheiro, não. Peguei meu marido no flagra e percebi que levava jeito pra coisa.

Há alguns anos, a mulherada era maioria entre os clientes do meu escritório de investigação. Os homens achavam o fim do mundo assumir que eram traídos. Mas agora isso não acontece mais. Homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais… todos me procuram para descobrir se o parceiro é infiel.

No caso das mulheres, o mais comum é elas desconfiarem do marido e eu descobrir a traição com outro homem. Percebo que, quando dou a notícia, essas mulheres aceitam melhor do que quando a traição é com outra mulher, acredita? Já vi vários casos em que a mulher nem acaba com o casamento.

Mesmo quando pego o cara com uma amante, muitas esposas não querem terminar o casamento. Elas só querem provar que não são loucas. Outro dia, veio uma mulher aqui com a camisa do marido suja de batom no colarinho. 

O cafajeste teve a cara-de-pau de dizer que foi a beterraba que ele comeu no almoço. Beterraba? Sei… Ele estava traindo, mas a mulher não queria o divórcio. Ela só queria ter certeza de que o marido estava errado quando disse que ela deveria ir para um manicômio.

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Tudo começou quando peguei meu marido no flagra

Eu vim da Espanha com 16 anos. Com 18 eu já estava casada. Meu marido era filho de armênios, um homem muito sério. Ele era fechado demais para as esperanças de uma mocinha — eu achava que tudo era como com Romeu e Julieta. Do nada, ele mudou completamente de atitude, começou a trazer _ ores, a incentivar que eu viajasse… Meu marido nunca tinha sido tão atencioso. Fiquei desconfiada.

No dia em que ele falou ”Toma 100 cruzeiros e vai descansar na praia com as crianças”, achei estranhíssimo. Coloquei meus filhos no fusquinha e os levei à casa da minha mãe. Imediatamente, voltei para a minha casa e fiquei escondidinha atrás do sofá, abaixada. 

Meu marido entrou, se sentou e logo telefonou para a amante. ”Oi, querida, consegui mandar minha mulher para o Guarujá”. Nunca vou esquecer o nome dela: Cláudia. Esperei ele desligar e apareci de trás do sofá com um simpático e irônico ”Oi!”. Na hora, tive uma reação engraçada — fiquei sarcástica. ”Então é para isso que o senhor estava me mandando para a praia, é?”

Antes de cobrar, investigue

No dia seguinte fui esperá-lo na saída da firma onde ele trabalhava. De repente, vi uma mulher caminhando logo atrás dele. Tive certeza de que era a outra. Cheguei e disse: ”Oi, Cláudia. Tudo bem?”. Ela se assustou — afinal, nunca tinha me visto na vida. Continuei: ”Eu sou sua sócia, não sabe, não?”. Ela ficou confusa. ”É, sua sócia, querida! Dividimos o mesmo homem!”

Passei a seguir meu marido. Descobri onde a tal Cláudia morava e, assim, percebi que levava jeito para detetive. Como eu era muito dependente dele, agüentei a traição, mas no mesmo ano comecei a fazer cursos de detetive — sempre escondida.

Com uns 30-e-poucos anos, entrei na faculdade de Psicologia com o objetivo de entender melhor o ser humano e o que o motiva a trair. Nessa época, descobri outro caso do meu marido e não perdoei. Eu já tinha uma carreira estável. Mas o clima entre nós não ficou ruim, de modo algum. Depois de um tempo separados, ele me procurou. Ficamos amigos, e ele até trabalhou comigo na agência de detetives. Dá pra acreditar?

Sei o que sentem as mulheres que me procuram — já senti o mesmo. E sei que mulher não é nem um pouquinho boba: quando desconfia, é porque tem alguma coisa! Mas também é necessário tomar cuidado, para não ficar neurótica. Às vezes, o casamento está passando por uma fase de desgaste mesmo, não se trata de infidelidade.

Eu aconselho não cobrar o parceiro logo de cara. Antes de mais nada, faça uma pequena investigação você mesma. Ele pode estar trabalhando demais: observe se o cansaço dura uma semana ou se é constante. Os extremos — muito desprezo ou muito carinho — é que são perigosos.

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