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Motivos para abandonar de vez a ‘maquiagem de contorno’

A popular técnica não é sobre valorizar os traços das garotas, é sobre esconde-los.

Por Lucas Castilho
Atualizado em 10 jan 2023, 19h02 - Publicado em 30 jan 2017, 17h01

O uso do make pode ser empoderador e, algumas vezes, também pode ir longe demais. E a famosa maquiagem de contorno, caracterizada pelo jogo de luz e sombra para afinar os traços do rosto, se encaixa muito mais na segunda opção.

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Criada na metade de 1500, a técnica era usada no teatro elisabetano com a finalidade de permitir ao público uma visão mais clara das expressões dos atores. Muito tempo depois, nas décadas de 1920 e 1950, grandes atrizes como Marlene Dietrich, Audrey Hepburn e Marilyn Monroe ressuscitaram o truque – mas ele se restringia aos sets de gravação cinematográfica.

Antes confinado aos palcos, tapetes vermelhos e, bem, ao mundo das drag queens, o contorno ganhou uma popularidade absurda após Kim Kardashian revelar ser fã do procedimento. Na era da selfie, foi o bastante para que invadisse o Instagram, o dia a dia das mulheres mundo afora e, pior, até mesmo a rotina de beleza das adolescentes.

Mas, em um mundo (ainda bem!) cada vez mais preocupado em celebrar a individualidade de cada um, por que investir em uma técnica criada para, de certa forma, apagar os traços naturais? Basicamente fazer de você algo que você não é.

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Em primeiro lugar, a maquiagem de contorno sufoca a sua pele

Exagero é a melhor palavra para definir o contorno, afinal ele foi criado para o teatro e, bem, basicamente vai mudar os traços do seu rosto. Por isso, muito corretivo, base, pó, blush e iluminador estão no pacote. O resultado a longo prazo caso você escolha produtos duvidosos ou não retire eles de forma eficiente? Envelhecimento precoce, poros obstruídos, acúmulo de resíduos que podem favorecer a oleosidade e o surgimento de cravos.

E, ei: não tem nada errado com o seu rosto

Maquiagem, antes de tudo, é sobre diversão, criatividade e, sim, muitas vezes empoderamento e valorização da beleza de cada indivíduo. Em vez disso, o contorno diz para as garotas que existe algo errado no rosto delas. Não é sobre valorizar os traços delas, é sobre esconde-los.

Lógico, não tem nada de errado em usar um truque aqui e outro ali em áreas que, talvez, você não curta tanto, mas é problemático quando promove um único padrão de beleza pautado em narizes, bochechas e queixo finos. Por quê? Pois escraviza, cria distúrbios de imagem e tira a beleza da pele – já que ela fica coberta por base, corretivos e etc.

Você poderia aproveitar seu tempo de outra forma!

Obviamente o tempo é seu e você gasta ele da forma que achar necessário. Mas, vem cá: suponhamos que você demore 15 minutos diários para fazer o contorno do jeitinho aprendido naquele tutorial do Youtube. Ao final de um ano, esse curto período somaria quase QUATRO DIAS.

Sim, de certa forma, serão quatro dias inteiros dedicados a mudar o formato do seu rosto. Quatro dias que poderiam ser uma viagem de férias. Ou uma maratona de diversas séries. Ou quatro dias ganhos ao lado de seus amigos. Pense nisso.

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O contorno pertence aos palcos

O uso do contorno é um reflexo da obsessão mundial por cirurgias plásticas e, hum, ~perfeição~. Por isso, todo o sucesso da técnica. Mas ela foi criada para o palco, para atores – pessoas que interpretam OUTRAS PESSOAS e com zero compromisso com a realidade.

E, claro, a popularização do contorno, principalmente, no Instagram diz muito quem somos. É como se mostrasse que é aceitável falsificar nossas vidas e personalidade por likes. O contorno diz que é legal ser alguém completamente diferente pela aprovação da sociedade.

E, não, mais uma vez: não é errado fazer uso da técnica, longe disso, mas é importante se perguntar o porquê de você estar fazendo isso, afinal, make é diversão e não escravidão.

 

 

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