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Por que a Casa 1, lar de acolhimento LGBT, ainda corre o risco de fechar

A Casa 1 está salva por enquanto, mas ainda precisa da sua ajuda.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 21h49 - Publicado em 22 mar 2019, 16h20

Inaugurada em 2016, a Casa 1 é um importante lar de acolhimento para pessoas LGBT em São Paulo. O local também merece destaque por ser um centro cultural, com ações socioeducativas voltadas à população. Nesse mês de março, porém, veio a notícia de que a casa poderia fechar as portas, devido a problemas financeiros.

Atualmente, no local, são “20 pessoas moradores e moradoras residindo, 100 pessoas em situações de rua que recebem roupa e produtos de higiene pessoal por dia, 42 crianças diariamente no centro cultural e mais 350 pessoas nos cursos e atividades socioeducativas”, o que torna a notícia ainda mais preocupante.

Esse receio de que o espaço encerrará as atividades é recorrente, principalmente, porque a instituição necessita de R$ 80 mil mensalmente, para que os aluguéis das unidades de acolhimento possam ser quitados e as contas, como a de água que chega a R$ 5 mil, supridas.

A triste notícia foi dada por Iran Giusti, idealizador da Casa 1, através das redes sociais.

Para manter o recinto em pleno funcionamento, Iran explicou ao MdeMulher que, até 2018, 60% do dinheiro arrecadado era por meio de doações de pessoas físicas, enquanto que 30% eram de parcerias com empresas e 10% retirado do próprio bolso. Porém, esse cenário de união para a manutenção da Casa 1 sofreu uma séria mudança com o início dos novos governos – o de Jair Bolsonaro como presidente, o de João Dória como governador de São Paulo e o de Bruno Covas como prefeito.

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“Com a eleição do Bolsonaro, as empresas desapareceram. Com a gestão do Dória e Bruno Covas vieram as incertezas em relação aos editais públicos e também o sucateamento dos serviços públicos de assistência social: só nesse ano já fecharam dois centros de acolhida e um refeitório público, por exemplo”, pontuou o criador do projeto.

A falta de parcerias e a instabilidade dos recursos governamentais para o pleno funcionamento do projeto fez com que se precisasse estabelecer uma meta de R$ 80 mil de financiamento recorrente, isto é, o dinheiro recolhido todos os meses.

Para a felicidade da luta LGBT, o valor foi alcançado e permitirá que todas as contas sejam pagas, além dos funcionários registrados em regime CLT e também que haja fluxo de caixa. Com isso, a previsão é de que o local continue aberto até 2020.

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Vem com a gente ajudar ainda mais pessoas que precisam! Link para a campanha do financiamento coletivo na Bio ❤️

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Mesmo assim, é preciso ter os pés no chão e saber que a luta pela sobrevivência do local é constante. Iran foi enfático sobre a incerteza de que essas doações realmente continuarão a acontecer nos próximos meses, para que se consiga contornar os déficits causados pelo governo. Ele também não sabe se os contatos feitos pelas empresas que se interessaram pela iniciativa, após a divulgação intensa que começou a ocorrer nas redes sociais da Casa 1, sairão do papel e se tornarão realidade.

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Por isso, perguntamos ao Iran sobre uma solução prática de como as pessoas podem contribuir para que o lugar permaneça aberto. “Com 10 reais por mês no nosso financiamento coletivo. É melhor 10 pessoas doando 10 reais, do que uma doando 100, porque se duas ou três pessoas param de assinar ainda temos verba para continuar tocando”.

Para facilitar as doações mensais, o cadastro é feito inteiramente online. Após preencher os dados pessoais, o doador deve escolher como o valor será debitado: por paypal ou cartão crédito. Além de haver a possibilidade de contribuir diretamente por transferência bancária. Aqueles que contribuírem com o valor de R$ 150 receberão em casa, mensalmente, uma arte feita por um artista LGBT.

SERVIÇO:

Banco Itaú
Ag: 0251 | Cc: 13.581-0

CNPJ: 29.150.382/0001-11
Centro de Acolhida e Cultura LGBT Casa 1

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