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Por MASUMI SUGINOSHITA
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Como o egoísmo excessivo mais nos atrapalha do que ajuda

Da próxima vez que você se perceber meio egoísta, que tal arregaçar as suas mangas e acolher os seus medos?

Por Ligia Helena
Atualizado em 17 jan 2020, 09h58 - Publicado em 13 set 2018, 17h29

Antes de mais nada, vamos começar pela definição da palavra egoísmo, de acordo com o dicionário Michaelis:

1. Atitude daquele que busca o próprio interesse, acima dos interesses dos demais.
2. Conjunto de propensões ou instintos adaptados à conservação dos indivíduos.
3. Doutrina que converte o interesse individual em princípio diretor de conduta.
4. Opinião excessivamente lisonjeira sobre si mesmo; pedantismo, presunção, vaidade.

Como se pode ver, a palavra egoísmo tem várias conotações. Muitas delas podem causar uma certa rejeição ou repulsa, e isso é totalmente compreensível, ok? Afinal, vivemos numa sociedade onde experimentamos extremos da manifestação desse comportamento. Vou dar uns exemplos simples do dia a dia pra você entrar no clima:

– Fulano é tão egoísta, nem ofereceu a pipoca que estava comendo. (disse a taurina)
– Affe, nem pensou nos meus sentimentos, simplesmente fez o que quis. (disse a canceriana magoada)
– Mentiu pra todo mundo só pra conseguir aquele aumento. (disse a escorpiana ligeira)

Saiba que toda palavra tem a sua definição, mas que o peso dela varia de acordo com o nosso julgamento. As coisas podem tanto fazer bem quanto mal, dependendo do contexto. Só pra exemplificar de forma bem simples:

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– Você está toda queimada de sol e aquela pessoa que você não vê há anos vem te dar AQUELE abraço cheio de amor: extremamente desagradável.
– Uma coxinha super quente queimando a sua lingua.
– Coçar o olho com um dedo sujo de molho de pimenta.

Amigo sem noção. Maldito salgado. Pimenta traiçoeira. Não, espera… quem é a maldosa aqui? A pimenta ou a coceira? Ou seria o dedo?

O que quero dizer é que considerar apenas uma parte da história é o que torna algo “positivo” ou “negativo”, e o egoísmo não foge disso. Pois o problema da condenação é que quanto mais nós nos afastarmos de algo que repudiamos, menos aprenderemos a lidar com o desafio, e mais aquilo poderá nos afetar. Portanto, se quiser continuar essa leitura, terá de abrir a sua mente!

Vamos separar essa palavra por partes. O ego forma a nossa identidade, e nos avisa quando algo representa um perigo, uma ameaça à nossa existência. O sufixo “-ismo” está ligado a um conjunto de ideias, uma tendência, uma corrente. Ou seja, egoísmo seria um conjunto de ideias ligadas a nossa sobrevivência. Não parece algo tão ruim, né?

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O ego é um personagem que a gente desenvolve, pelo qual a gente encaixa a tradução a da nossa essência no mundo para que possamos sobreviver. O problema começa quando a gente realmente começa a acreditar que somos essa identidade e não nos desapegamos nem a pau, reagindo a qualquer coisa que ameace essas definições.

Nós não somos as nossas profissões, a nossa imagem, os nossos relacionamentos ou as nossas crenças. Mesmo assim, nos seguramos à essas coisas com unhas e dentes, para termos algum significado no mundo (EITA!)

Protegemos essas coisas como se nós não existíssemos sem elas. As referências que usamos para sinalizar o perigo são baseadas nas nossas referências do passado: nossos medos e frustrações.

Vamos passar de “Quem preciso ser para pagar as minhas contas?” para “Como me dar as condições de viver a minha verdade?”?

Ao focarmos na construção de viver o que a nossa alma quer expressar, a motivação passa a ser o amor próprio, e aí sim, conseguimos priorizar coisas mais sustentáveis em nossas vidas. Em vez de reagirmos ao medo, passamos a ter coragem de fazer o que traz realização. Essa é a diferença entre ser egoísta no modo prejudicial e no modo “benéfico”.

É extremamente saudável se colocar em primeiro lugar. Mas o que exatamente você está colocando em primeiro lugar? Seria você, mesmo? Ou seriam os seus medos e apegos? A sua realização, ou as soluções de curto prazo? Seus sonhos, ou aquilo que você acha que te fará ser bem vista?

Desenvolver o amor-próprio faz com que as nossas prioridades e escolhas estejam vinculadas a um propósito maior, o que faz com que tenhamos ânimo para buscar soluções e não fiquemos presas aos nossos medos.

Porque estou citando tanto o medo? Pois o ego se baseia em ilusões, pensamentos, e não na realidade. São apenas registros. O ego vai coletando informações ao longo da vida, e discrimina aquelas coisas que representam um perigo. O egoísmo seria justamente tomar decisões baseadas nessas ameaças.

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Esse comportamento não é algo fixo, tá? Pois conforme você vai ganhando experiência, você percebe que muitas coisas não te assustam mais, ou seja, as reações egoístas tendem a diminuir. (Compartilhar deixa de ser um problema, por exemplo.)

Uma pessoa que toma muitas decisões egoístas está enxergando o mundo como uma grande ameaça, e não consegue captar possibilidades de resoluções mais prósperas. Muitas vezes ela enxerga apenas um único caminho a ser tomado, e consequentemente consegue apenas focar nesse – e ai de quem contrariar! Quando usamos a nossa criatividade para resolver os nossos problemas em vez de reagir contra eles, percebemos que sempre existe um meio de conquistar bons resultados sem precisar prejudicar, atropelar ou negligenciar ninguém.

– Vamos eliminar esse ego, então?

Não vejo a eliminação do ego como uma solução para os problemas. O caminho é fazer amizade com ele, não deixando que ele domine o seu discernimento. Isso é o que diferencia o ato de amor-próprio da reatividade egoísta. O ego serve apenas como um alerta. Usar a consciência e o coração é o que faz a diferença na hora de escolher uma atitude.

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A arte de escolher a dose certa dessa referência natural do ser humano, o ego, é o que diferencia o veneno do remédio.

Seu ego te alerta, e isso é bom. Um exemplo prático é aquele pânico que dá quando você precisa de mais dinheiro. Se você se identificar com o problema e se cegar pelo medo, você entrará no modo reativo, e é aí que entra o egoísmo danoso. Você se sente vítima da situação, tira o foco da realidade do presente, da construção a longo prazo, e assim, não toma decisões que trarão soluções reais.

No extremo, seria o caso de roubar ao invés de gerar a sua própria riqueza. Quando o egoísmo toma conta das nossas decisões, ele acaba, portanto, mais nos prejudicando do que nos auxiliando, nos fazendo permanecer vítimas das situações.

Um exemplo de ato de amor-próprio seria observar esse aviso (o pânico da falta de grana) e encontrar formas sustentáveis de aumentar a sua fonte de renda, procurar equilibrar os seus gastos e aprender a lidar com as oscilações emocionais por meio de uma terapia ou meditação. Esse é um caminho de empoderamento. Empoderadas, podemos viver o altruísmo. Ou seja, pensar e cuidar de si é o caminho pra empatia (vulgo, oposto do egoísmo).

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O egoísmo é fruto da crença das nossas próprias limitações. Da próxima vez que você se perceber meio egoísta, que tal arregaçar as suas mangas e acolher os seus medos?

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