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5 mentiras comuns sobre a vida de quem trabalha de casa

Quer começar a trabalhar como freelancer? Então prepare-se para esquecer muitos estereótipos que você provavelmente já ouviu a respeito desse tipo de profissional

Por Claudia Gasparini (colaboradora)
Atualizado em 11 abr 2024, 20h38 - Publicado em 8 abr 2015, 12h25

Para muitas pessoas, a imagem do freelancer ainda é a de um profissional que não tem horários para dormir nem acordar, nunca tira férias e passa o dia de pijama.

Pelo menos é o que pensa Sebastián Siseles, diretor para América Latina do site freelancer.com. Segundo ele, nossa cultura conserva muitos mitos sobre essa modalidade de trabalho.

Profissionais autônomos existem desde sempre”, afirma Siseles, “Basta pensar em médicos, advogados, arquitetos e tantos outros que nunca tiveram chefes”.

A novidade, de acordo com ele, é que a internet permitiu que profissionais de novas áreas – como arquitetura, marketing e comunicação, por exemplo – também aderissem a essa forma de trabalho, sobretudo pela facilidade de encontrar clientes.

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Para Eduardo L’Hotellier, CEO do site de recrutamento GetNinjas, o aumento das importações de equipamentos eletrônicos pelo Brasil na metade dos anos 1990 também colaborou para essa tendência. A chegada da tecnologia doméstica permitiu que mais pessoas fossem capazes de trabalhar de casa.

Porém, como essa “explosão” ainda é recente, explica L’Hotellier, nossa cultura ainda mistifica a vida do freelancer. Confira alguns dos enganos mais comuns sobre a modalidade:

1. Freelancer sempre ganha mais ou menos do que contratado

Enquanto alguns acreditam que o autônomo necessariamente tem salários maiores do que o contratado, outros têm a convicção de que a remuneração dele é mais baixa. Na verdade, segundo L’Hotellier, não dá para determinar quem ganha mais ou menos.

“Depende da área, e também do próprio profissional”, diz. Ele explica que pessoas com dificuldade de fazer contatos talvez não consigam montar uma carteira de clientes, e então ganham mais como funcionárias de uma empresa. Já fotógrafos de eventos, por exemplo, normalmente têm um salário melhor se não tiverem que repassar parte da receita para um empregador.

2. Não existe hora para trabalhar

“Por incrível que pareça, muita gente acha que o freelancer acorda a qualquer hora e trabalha de pijama o dia todo”, diz Siseles.

É verdade que o “escritório” desse profissional pode ser tão descolado quanto um café ou bar. “Isso não quer dizer que ele não tenha reuniões nem compromissos com horários marcados”, afirma o executivo.

3. Ninguém é freelancer por opção

De acordo com Siseles, a modalidade ainda sofre muito preconceito e é vista como um trabalho de “segunda categoria”, ao qual ninguém adere por iniciativa própria.

“É uma opção sim”, afirma o diretor do freelancer.com. “Não tem o glamour de trabalhar num escritório da avenida Faria Lima (em São Paulo), mas tem o lado cool de poder trabalhar num café. É uma questão de perfil”.

4. Há menos oportunidades de contato social

Se você não tem um emprego fixo, não tem colegas de trabalho – e, sem eles, não socializa com ninguém ao longo do dia, certo?

Errado, diz Siseles. Os horários do freelancer são diferentes, e isso abre espaço para outras relações que não existem na rotina do profissional contratado. “Em vez de ir à academia às sete da noite, ele vai ao meio-dia, e lá conhece outras pessoas com agendas parecidas com a dele”, diz.

5. Não há nenhuma garantia

“Muita gente pensa que, sendo freelancer, nunca vai se aposentar”, diz L’Hotellier. Ele diz que as pessoas se esquecem da existência de alternativas para garantir um futuro seguro. “O profissional pode contribuir para o INSS como autônomo ou pagar uma previdência privada, por exemplo”, afirma.

A ideia de que o trabalho é mais instável que outros também é criticada por Siseles. “Sem contar a carreira pública, que emprego é realmente estável?”, diz. Além disso, ele argumenta que o freelancer já está acostumado às suas oscilações de renda. “Ele sabe que há meses bons e meses maus, e se prepara para isso”, afirma.

Matéria publicada em EXAME.com.

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