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As dicas de três empreendedoras de sucesso

Mulheres que conquistaram espaço no mundo dos negócios dão as dicas para quem quer iniciar um negócio

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 19h46 - Publicado em 24 jul 2013, 21h00

“É preciso ter paixão pela atividade que você vai exercer”, diz Juliana Mottler
Foto: Caroline Bittencourt

Um fastfood de comida saudável, um ateliê de brigadeiro e um serviço de organização pessoal: são exemplos de boas idéias que, aliadas a muita coragem e esforço de suas criadoras, tornaram-se modelos de sucesso e motivo de realização pessoal. E ajudam a engrossar a estatística sobre o empreendedorismo feminino no país. Segundo um levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, as mulheres representavam 24% dos empreendedores em 2000 e a previsão é de que o número quase dobre até 2020, chegando a 42% do total. Conheça a história das empreendedoras que investiram nas ideias acima.

 

“Transformei o hobby em profissão”

Juliana Motter, 36 anos, dona do Maria Brigadeiro, primeiro ateliê de brigadeiro gourmet de São Paulo

“Aos 7 anos de idade, minha avó já havia me ensinado a fazer brigadeiro. Era o meu doce preferido e também o presente que eu escolhia dar para os amigos nos aniversários. Sempre que eu chegava com uma bandeja dos docinhos, alguém falava ‘lá vem a Maria Brigadeiro’, e eu achava graça. Eu sentia que deveria trabalhar com isso, mas minha mãe dizia que no momento em que eu transformasse o hobby em profissão eu perderia um hobby e ganharia um problema… então fiz jornalismo e fui trabalhar em revistas. Em casa, eu inventava novas receitas do doce típico de festas infantis: usava chocolate branco, amargo, acrescentava pistache, nutella… e dava de presente aos amigos. Fiz faculdade de gastronomia pensando em escrever sobre o tema com mais propriedade, mas acabei mesmo aplicando os ensinamentos de confeitaria em mais receitas de brigadeiro. Um dia, uma amiga comentou que iria fazer uma festa para o filho, mas que não teria tempo de fazer docinhos. Eu achei um absurdo uma festa infantil sem o doce mais popular do país e me ofereci para levar alguns. Eu não imaginava o sucesso que eles fariam: várias pessoas vieram me pedir o contato para novas encomendas e na mesma semana me fizeram uma encomenda de mil unidades para o lançamento de um livro. Em poucos meses, tive que abandonar o jornalismo e abrir o ateliê para dar conta das encomendas que não paravam de chegar. Foi uma aposta: pedi demissão e, com a indenização, aluguei uma casa e fiz material de divulgação. Eu cozinhava, atendia, cuidava do marketing… quase enlouqueci. Mas, ao mesmo tempo, estava muito feliz, fazendo o que é a minha vocação. Muitos acharam loucura apostar em uma loja de brigadeiro gourmet, principalmente por ser de um doce só. Hoje, depois de seis anos, fiz vários cursos para aprender a administrar meu negócio. Tenho 40 funcionários e produzo entre 5 e 7 mil unidades do doce por dia. Consegui terceirizar a parte administrativa para focar no que realmente gosto, que é estar ao pé do fogão, desenvolvendo receitas e controlando a qualidade do produto. Transformei o hobby em negócio e acredito na questão afetiva disso – é preciso ter paixão pela atividade que você vai exercer. Acho que assim as chances de dar certo aumentam muito”.

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As dicas de três empreendedoras de sucesso

“Faz quatro anos que estou nesse ramo e sou realizada”, diz Dani Ferreira
Foto: Arquivo pessoal

“Amo fazer o que a maioria das pessoas odeia”

Dani Ferreira, 40 anos, assessora pessoal, especializada em organização

“Sou formada em administração e durante quase 10 anos trabalhei em bancos, como gerente de atendimento. Ganhava o suficiente, mas era muito infeliz com a minha profissão e também não tinha idéia do que gostaria de fazer – sempre que imaginava o que me dava prazer, me via fazendo compras ou tarefas domésticas. Queria mesmo era ser dona-de-casa! Fui morar na Inglaterra por dois anos e lá fiz um pouco de tudo – até faxina. Cuidava da casa de uma cliente e ela me pedia para ajudar em tarefas que iam além da limpeza – tinham mais a ver com organização mesmo – e adorava. De volta ao Brasil e ainda infeliz no banco, minha terapeuta me colocou contra a parede, dizendo que era a hora de eu dar um jeito nessa infelicidade profissional e procurar trabalhar no que gosto. Encontrei um curso de organização ministrado por uma escola norte-americana aqui em São Paulo e finalmente me encontrei como ‘personal organizer’, uma profissão praticamente desconhecida no Brasil, mas bem comum e valorizada em vários países. Um dia, quanto contei a uma amiga que estava estudando isso, ela me pediu para cuidar da reforma da casa dela enquanto viajasse e disse que me pagaria por isso – foi um dos meus primeiros trabalhos remunerados nessa área. Pedi demissão do banco e durante 40 dias fiquei correndo atrás de pedreiro, pintor, eletricista, comprando material de construção… e feliz da vida! Outras amigas começaram a me chamar para tarefas parecidas e a coisa foi crescendo. Faz quatro anos que estou nesse ramo e sou realizada. Minha vantagem é gostar de fazer o que a maioria das pessoas odeia, como cuidar de reformas, organizar mudanças e procurar imóveis para alugar”.

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As dicas de três empreendedoras de sucesso

“É a realização de um sonho conquistado com muito trabalho, disciplina e pesquisa”, diz Bia Campos
Foto: André Pera

“Pesquisei muito antes de abrir o negócio”

Bia Campos, 42 anos, dona da Seletti, primeira rede de fastfood saudável do Brasil

“Eu sou publicitária e sempre trabalhei com eventos. Depois que casei resolvi diminuir um pouco o ritmo e abri uma loja de aromaterapia em um shopping de São Paulo. Meu marido era do ramo de alimentação – ele era sócio de uma rede de restaurantes de massas – e eu tinha, por isso, contato com a administração de restaurantes. Durante quatro anos, eu comia todos os dias na praça de alimentação do shopping e não gostava disso, pois tinha muita dificuldade em me alimentar bem. Comecei a pensar em um projeto de uma rede de fastfood de comida saudável – isso em uma época em que ninguém ligava muito para isso e esse tipo de comida era considerada sem graça. Eu vendi a minha loja de aromas e passei e me dedicar somente ao projeto – passei três anos pesquisando sobre o assunto. Viajamos para conhecer cardápios e tendências, contratamos uma empresa de consultoria nutricional e outra de gastronomia. Somente quatro anos depois abrimos a primeira loja, no mesmo shopping onde comecei. Meu marido logo vendeu a sociedade no outro restaurante para se dedicar comigo ao novo negócio. Mesmo com os erros e adaptações do primeiro ano, fundos nos procuraram para investir no Seletti. Resistimos à tentação, por acharmos que estaríamos dando um passo maior que as pernas. Era desgastante, mas ao mesmo tempo foi bom ver a coisa dando certo – o feedback positivo das pessoas, contentes por terem uma opção saborosa e saudável de alimentação no shopping. Em 2008, inauguramos outras três unidades e não paramos mais de crescer. Abrimos o negócio para franquias e já temos mais de 30 lojas em vários estados do Brasil. É a realização de um sonho conquistado com muito trabalho, disciplina e pesquisa”.

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