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Como buscar o seu lugar no mercado

Em São Paulo, o Fórum Internacional Global Summit of Woman reuniu setores públicos, privados e não lucrativos a fim de incentivar o empoderamento feminino. Conversamos com Muriel Pénicaud, embaixadora de Investimentos Internacionais e especialista no assunto para você saber o que pode fazer para crescer como profissional

Por Stephanie Bevilaqua (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 11h05 - Publicado em 15 Maio 2015, 17h21

Ex-Diretora Geral de Recursos Humanos do Grupo Danone e hoje da Business France, agência nacional de comércio e investimento, Muriel tem 60 anos, dois filhos já ocupou vários cargos de direção no Ministério francês. Também divide seu tempo entre o Conselho de Administração da SNCF (Sistema ferroviário francês e Presidente do Comitê de Transportes e Logística francês), além de ocupar a posição de administradora dos Aeroportos de Paris. Falamos com ela para saber mais sobre o lugar da mulher na sociedade hoje e como podemos conquistar a posição que desejamos.

O acesso da brasileira hoje no mundo coorporativo ainda é baixo. “Cerca de 6% estão à frente de grandes empresas, enquanto na Europa esse número gira em torno de 20%”, afirma ela. No nosso país, 40% das empresas de família são lideradas por mulheres. Ou seja, há menos mulheres no mundo coorporativo do que aquelas que tocam o seu próprio trabalho. É importante observar que estão desenvolvendo suas habilidades específicas e que este já é um grande passo.

Para ir mais além, é importante observar como e onde podemos chegar. O negócio entre mulheres é muito importante. “Elas têm mais cumplicidade entre si. Poder compartilhar que seu filho está com febre no trabalho com outras mães te leva a construir uma base muito importante para se sentir segura e confiante”, diz Muriel. “Tendemos a ser mais cooperativas do que competitivas”, completa.

Outra coisa que é importante observar sobre o nosso comportamento para que conquistemos um sólido espaço profissional é que, quando somos minorias, tendemos a ser mais solidários. Sendo assim, como ainda não conseguimos enxergar uma sociedade mais igualitária, há cada vez mais movimentos de mulheres que se apoiam. “É muito importante manter essas relações em que podemos compartilhar nossas experiências no trabalho, em casa. Isso nos matém fortes e corajosas.”

Além de ter a educação como prioridade, ela acredita que a mulher precisa ser ousada e atrever-se mais para conquistar seu espaço. Aprimorar-se em um setor que você realmente gosta também vai ajuda-la na vida profissional, mas não é tudo. E ela dá o recado:

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Seja você mesma e alcance seu sonho. É muito mais fácil conseguir posicionar-se quando se assume uma postura verdadeira. Não podemos nos cobrar tanto em busca da perfeição. Doar-se é importante e necessário, mas conhecer a si mesmo também é essencial.

Maternidade

Existem países em que as mulheres podem escolher entre serem mães ou profissionais, o que não é o caso de países em desenvolvimento. “Não é uma escolha, a mulher precisa se desdobrar em múltiplas funções para prover o conforto para a sua família” diz Muriel. 

E, quando perguntada sobre alguma dica para manter o equilíbrio entre maternidade e carreira, ela fala “escolham melhor os seus maridos!”. Pode até parecer brincadeira, ela comenta. Mas o assunto passa a ser importante o bastante para ser levado em consideração. “Precisamos de alguém do nosso lado que nos dê suporte, que não tenha ciúme da nossa carreira e esteja lá para dividir as responsabilidades.” Ela explica que isso acaba sendo útil para ambos os sexos, pois também não é papel do homem só trabalhar.

Eles passam anos focados no trabalho, construindo uma carreira e, de repente, podem ser descartados e precisam começar de novo. Ao olhar para trás, também vão sentir falta de ter dedicado tempo a família e ao seu próprio bem-estar. Por isso dividir é tão significativo e importante.

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Direitos iguais

“Precisamos pressionar cada vez mais as grandes empresas a adotarem programas mais igualitários”, afirma Muriel. “É raro observar uma mulher pedindo um aumento. Elas acham que ainda não estão perfeitas o bastante para pedir um salário mais alto”, completa. “Queremos ser a melhor filha, melhor mãe, melhor esposa, mais bonita, e por aí vai.”

Ela acredita que é preciso pedir transparência para as grandes empresas em relação a igualdade salarial. “Na França, por exemplo, existe uma lei em que você deve publicar salários de ambos os sexos para que eles sejam claros e iguais”, conta. Por isso, ela aponta que devemos nos posicionar para alcançar uma sociadade cada vez mais igualitária. “Não é sobre homens e mulheres. É sobre enxergar os valores que cada um tem”

Divulgação
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 Muriel Pénicaud, embaixadora de Investimentos Internacionais da França. 
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