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Como dar um basta no assédio moral

Assim como Simone, de Amor à Vida, muita gente tem um Félix no trabalho para infernizar seus dias.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 12h05 - Publicado em 7 nov 2013, 21h00

O exemplo da novela é um caso típico de assédio moral.
Foto: Reprodução / TV Globo

Xingamentos como “cadela” e frases do tipo “odeio mulher que chora no trabalho”, ouvidos pela personagem de Vera Zimmermann, retratam o extremo do assédio moral. O problema nem sempre ocorre entre chefe e subordinado – ou é escancarado, como na novela.

Há casos em que surge entre colegas, quando alguém coloca um apelido ridículo ou envolve o outro em boatos. Diante dessas situações, a gente se pergunta: como uma pessoa pode deixar a agressão chegar a esse nível?

Taisa Trombetta DeMarco, mestre em psicologia e autora do livro Características do Assédio Moral (Juruá Editora), diz que o assediado costuma pensar que é “coisa de momento”. “E, como ele não reage, a situação só piora”, explica. Se esse é o seu caso, veja como é possível resolver o problema definitivamente.

BRONCA OU ASSÉDIO?

É importante saber que uma bronca ocasional, ou até um xingamento – desde que não ofenda diretamente a pessoa -, não significa assédio moral. Isso acontece e faz parte do mundo corporativo, sobretudo em momentos de tensão. “O assédio ocorre quando, durante o expediente, na execução das suas funções, a pessoa é ofendida, sentindo-se ferida em sua honra ou imagem”, explica Aparecido Inácio, advogado e especialista no assunto.

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Nesses casos, Aparecido explica que o maior inimigo é o silêncio. “As pessoas ficam assustadas, com medo da demissão e de serem perseguidas. Essas são as condições ideais para essa situação se perpetuar”, conclui. E mais: quando a agressão se repete por um tempo prolongado e de forma contínua, o assediado fica desestruturado emocionalmente e perde a autoestima. Sente ainda rancor e mágoa, pois acredita que é culpa sua ser tratado dessa maneira. “Ao buscar ajuda psicológica, a pessoa reage, mas nunca esquece as humilhações que sofreu”, conclui Taisa.

APRENDA A BOTAR A BOCA NO TROMBONE

Antes de denunciar, reúna provas. Depois, procure a área de Recursos Humanos ou o chefe. “Assim, outros funcionários com o mesmo problema vão querer falar”, completa o advogado Aparecido Inácio. Veja o que fazer para colocar um ponto final nessa situação.

– Use um canal interno de reclamação na empresa.

– Busque ajuda profissional. Pode ser um advogado de confiança ou do seu sindicato.

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– Se nada disso resolver, procure a Delegacia ou Superintendência Regional do Trabalho e do Emprego (veja os endereços no site https://www.assediomoral.org).

– Reúna provas, principalmente testemunhas. São válidas também filmagens, gravações, bilhetes, e-mails, imagens dos circuitos internos de TV, perícias médicas etc.

O QUE A SIMONE PODE FAZER?

Para a secretária Simone, de Amor à Vida, o problema surgiu como um tsunami, destruindo totalmente sua integridade e respeito próprio. No caso dela, como o assédio é praticado pelo chefe (que é o presidente do hospital atualmente) e atinge diretamente sua honra, o ideal seria denunciar à Justiça. Embora não seja um fenômeno novo, o advogado Aparecido Inácio diz que “as pessoas estão deixando de sofrer caladas e exigindo respeito”. Pudera! Ninguém merece padecer, perder o sono ou sofrer nas mãos de tipos como o Félix, a exemplo do que ocorre na novela.

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