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Empresas tradicionais estão se transformando para atrair jovens

Grandes empresas tradicionais estão se adaptando para atrair a atenção dos jovens. O que isso quer dizer? Mais oportunidades de ser ouvida, horários flexíveis e chances de promoção antes dos 30

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 14h04 - Publicado em 19 set 2013, 21h00

As empresas buscam jovens que queiram trabalhar de maneira mais flexível – mas com boa dose de maturidade
Foto: Julia Rodrigues

Grandes empresas brasileiras estão mudando o jeito como vêm trabalhando para que você passe a se interessar mais por elas. “Gestores das mais variadas áreas, inclusive de empresas bem conservadoras, têm procurado ajuda especializada para aprender a se relacionar com a geração que hoje tem até 33 anos”, diz a consultora Eline Kullock, dona de uma empresa de seleção de jovens talentos.

Essa adaptação não se trata daqueles clichês de colorir o ambiente e encher a empresa de espaços de lazer. “Muitas vezes ter uma mesa de pebolim no trabalho é só marketing. O jovem está sacando isso e começa a dar valor a benefícios reais para sua trajetória“, diz o pesquisador Sidnei Oliveira, especialista em conflito de gerações. E o que realmente conta? “Faz diferença a relação com o gestor imediato, a existência de desafios e um ambiente agradável propiciado por pessoas, e não necessariamente por jogos.”

O Grupo Votorantim – empresa brasileira com 95 anos e sede em mais de 20 países – não permite trajes informais ou atividades lúdicas no ambiente profissional. Mesmo assim, tem realizado esforços para conquistar as novas gerações. Neste ano, lançou um blog voltado para os millennials (um dos nomes dados à geração que nasceu entre 1980 e 1995). O produzindofuturos.com.br tem informações sobre o programa trainee e testes comportamentais. “Queremos saber o que motiva esse jovem”, diz a gerente de captação de talentos da empresa, Paula Gianetti.

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ESPAÇO PARA CRIAR

A Cielo foi eleita pela revista VOCÊ S/A, da Editora Abril, uma das melhores do país para quem está começando a carreira. Contou para a classificação o fato de 10% dos chefes serem jovens. “Quem merecer vai ganhar”, diz o vice-presidente de desenvolvimento organizacional da Cielo, Roberto Dumani. “Se a gente não der uma chance, os jovens vão buscá-la em outro lugar. Por isso, o gestor precisa ter diálogo aberto com seu time.”

Assim como outras empresas eleitas pela VOCÊ S/A, a Cielo tem um programa interno de mentoria – em que funcionários mais experientes conversam, dão feedback e mostram possibilidades de crescimento aos iniciantes.

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Na Ticket, há duas iniciativas assim. Uma é o Jogo Rápido, papos individuais de 30 minutos em que a diretora de recursos humanos e responsabilidade social da empresa, Edna Bedani, dá feedbacks aos funcionários. Existe também o Portas Abertas, reuniões em que um novato tem a chance de conversar com os diretores sobre as estratégias da empresa. “São dois encontros por mês entre o comitê de direção e 20 funcionários inscritos. Percebo que os mais jovens se interessam mais pela ação”, diz Edna. Além da chance de ser ouvido e de aprender e crescer rapidamente, também são atrativos para jovens o incentivo financeiro pra fazer uma pós-graduação e a possibilidade de ter um horário flexível – benefícios que empresas como a Ticket, a Vivo e a Promon oferecem.

COM MATURIDADE

Claro que são vantagens que não caem do céu. Todas essas empresas são focadas em resultados – portanto a pressão sempre existe. Uma coisa não mudou: quanto maior o benefício, maior a cobrança. O grande desafio é aprender a lidar com pressão e frustração sem surtar, dizem os especialistas e contratantes. “O jovem precisa identificar pontos comportamentais fracos e desenvolvê-los, como resiliência, trabalho em equipe e humildade para reconhecer erros”, destaca Roberto Dumani, que tem 15 anos de experiência em RH. “Ao primeiro problema, muito jovem pula fora, pensando que assim se autovaloriza. Mas é um tiro no pé da carreira dele”, diz Sidnei Oliveira. “É preciso superar o desconforto para criar competência.” Ou seja, as empresas tradicionais buscam, sim, jovens talentosos que queiram trabalhar de maneira mais flexível – mas que tenham também uma boa dose de maturidade.
 

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