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6 motivos para você ler o livro do filme “O Sol Também é uma Estrela”

Mais do que um romance, a obra de Nicola Yoon é um retrato do choque das culturas jamaicana e coreana.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 18h01 - Publicado em 14 Maio 2019, 15h56

Com previsão de estreia nos cinemas no dia 16 de março, o filme “O Sol Também é uma Estrela” é baseado em um livro, escrito por Nicola Yoon. O título é o segundo lançado pela autora jamaicana e foi escolhido como um dos melhores livros de 2016 pelo Publisher’s Weekly e pela Amazon, além de ter sido finalista no National Book Award do mesmo ano

Ainda que o nome do livro não dê a entender qual é o gênero da obra, já adiantamos para você que ele é um romance. Só que acredite: não é apenas mais um exemplar que ficará empoeirado na estante. A história é uma experiência delicada sobre uma família que está prestes a ser deportada para a Jamaica, porque vive ilegalmente em Nova York.

No entanto, a primogênita Natasha Kingsley não aceita essa decisão e vai em busca de advogados para reverter a situação. O que ela não esperava era que, no meio do caminho (literalmente!), acabasse encontrando Daniel Bae, um jovem coreano que está indo em direção à entrevista com um ex-aluno da universidade de Harvard que pode indicá-lo à instituição, para estudar medicina, mas que se aventura nos poemas e acredita fielmente no destino.

Para mostrar que o “O Sol Também é uma Estrela” pode ser sua próxima leitura preferida, separamos seis motivos além de “você vai se emocionar!” para deixar claro que Nicola Yoon é um nome para valorizar na literatura. Confira:

1. Choques de cultura

Ainda que o cenário da trama seja Nova York, como dito anteriormente, Natasha e Daniel são de descendência jamaicana e coreana, respectivamente. Diferente de outras histórias que apenas pontuam esses fatos sobre os personagens principais, na obra de Nicola não é assim. Mesmo em uma ficção, a autora mostra claramente como as duas culturas contribuem para a construção deles como pessoas e, principalmente, quais são as consequências de ter pais imigrantes. 

Em meio a tantos exemplos dados por Nicola em frases e atitudes dos personagens, o mais interessante é conseguir perceber como as dificuldades sofridas pelos pais no país de origem refletem em uma pressão até mesmo desumana sobre os filhos. O que também levanta o debate sobre a linha tênue entre querer o bem do primogênito e projetar sobre ele o que gostaria de ter conquistado como indivíduo.

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2. As relações familiares verdadeiras

Com essa preocupação de mostrar como é difícil ser uma família de imigrantes, Nicola trabalha muito bem o processo de enxergar verdadeiramente os pais. Com Natasha, a autora mostra como é difícil parar de romantizar a figura paterna e enxergar que os erros cometidos por ele também afetam os filhos. Já com Daniel, ela deixa nas entrelinhas a importância do diálogo familiar e que a severidade dos pais pode ser apenas medo de que as dificuldades do passado se repitam na vida dos filhos.

3. Você vai confrontar o conceito de amor

Ainda que cenas fofas cerquem o casal principal da trama, Natasha e Daniel são dois personagens totalmente opostos. Enquanto a jovem jamaicana ama ciência e acredita que se você não pode dizer que algo existe se não houver um processo de comprovação para isso, o rapaz coreano crê que o amor existe, independente de poder prová-lo cientificamente ou não.

Mais do que um discussão de “existe ou não existe”, Nicola mostra subjetivamente como o conceito de amor é diferente para Natasha por ela ser uma mulher negra. Como a própria personagem dá a entender para Daniel, é fácil dizer que o sentimento é incontestável quando você tem a oportunidade de senti-lo livremente, sem precisar se preocupar com situações desesperadoras, como a possibilidade de ser deportada.

4. A história toda se passa em UM dia

Mesmo que essa justificativa possa fazer com que você pense que o livro é monótono, saiba que não. Mesmo com a história acontecendo em apenas um dia, é interessante como Nicola faz questão de que seja assim para mostrar como a vida é uma caixa de surpresas com encontros e desencontros. Esse cenário é perfeito para mostrar a intensidade de Daniel – que pode chocar e até parecer fora da realidade às vezes, mas que é poética e se relaciona com o pensamento da autora que é possível se apaixonar em um instante, mas durar para sempre.

5. Você se sente dentro da trama

A autora também tem muito cuidado em descrever cada cena do livro detalhadamente. Isso faz com que você consiga construir os cenários mentalmente segundo o que cada personagem está vivendo. Para isso, ela separa os capítulos de acordo com os personagens principais, o que mostra o pensamento de cada um e, principalmente, as situações em cada família e os sentimentos nutridos pelos familiares.

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6. Capítulos sobre personagens secundários

Sempre que Daniel e Natasha citam personagens que complementam a história deles, Nicola faz o capítulo seguinte sobre essas pessoas. Isso faz com que você entenda o porquê dos protagonistas serem tratados de determinadas maneiras, já que o contexto que levou aos personagens secundários – como o pai da jovem jamaicana e o irmão do moço coreano – serem do jeito que são não é deixado de lado.

Além disso, Nicola também contextualiza o passado das culturas coreana e jamaicana a partir do passado das figuras maternas e paternas e, para isso, ela fez capítulos específicos sobre características delas, como sobre o uso da gíria jamaicana “iriê” e do domínio da população coreana na venda de cosméticos para cabelos afros (sim, parece estranho mas é isso mesmo).

O livro foi publicado no Brasil pela Editora Rocco e está disponível em versão física e em e-book. Já o filme chega aos cinemas na próxima quinta-feira (16) e conta com os atores Yara Shahidi (“Black-ish” e “Grown-ish”) como Natasha, e Charles Melton (“Riverdale”) como Daniel.

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