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Aladdin: 16 diferenças marcantes entre o desenho e o live-action da Disney

Saiba tudo o que há de novo no filme com atores 'Aladdin', adaptação do desenho clássico da Disney de 1992.

Por Fernando Gomes
Atualizado em 15 jan 2020, 17h31 - Publicado em 22 Maio 2019, 13h01

Aladdin‘, novo filme live-action da Disney, é a grande estreia dos cinemas na próxima quinta-feira (23). A adaptação do clássico homônimo de 1992 é mais uma da grande lista de produções que serão lançadas pela empresa do Mickey em 2019.

Quem nunca assistiu ao desenho, não é? O filme fez parte da infância de muita gente e marcou uma geração inteira de fãs. Quem for conferir a nova produção terá grandes surpresas (bem positivas).

'Aladdin'
Pôster do novo live-action do clássico ‘Aladdin’. (IMDb/Divulgação)

O MdeMulher já assistiu ao filme e traz aqui para você as principais diferenças entre o live-action e o desenho original. Certamente nem tudo iria ser idêntico – apesar de ser ainda muito fiel ao clássico em vários momentos – e tudo bem. O que importa realmente é a mudança ser significativa e fazer sentido. E, de fato, aqui ela faz.

“Ah, mas eu não quero receber spoilers”. Olha, levando em consideração que o ‘Aladdin’ original foi lançado há 27 anos, o que debateremos aqui não é spoiler. O máximo que pode estragar a “surpresa” é a questão de finais alternativos de personagens ou ainda algo muito absurdo que estaria totalmente fora de questão se fosse dito aqui.

Mas fique tranquila. Para momentos em que talvez seja melhor você conferir com seus próprios olhos nas telonas, nós sinalizaremos com este ícone: . Assim, você pode pular o parágrafo e continuar sua leitura tranquilamente.

Vamos lá?

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Introdução e parte técnica

1- O tempo de duração do filme

Não é o mesmo do original. O novo live-action de ‘Aladdin’ tem aproximadamente 2 horas e 8 minutos. Sendo que o clássico tem apenas uma hora e meia. Isso faz toda a diferença na velocidade da trama, na criatividade da história e no desenvolvimento dos personagens.

Mas não se preocupe: o novo filme entretém tanto quanto o anterior e não soa maçante para os espectadores. Isso já é um belo começo!

2- O início é diferente (possível spoiler)

Tudo começa com o Gênio (interpretado por Will Smith) em sua versão humana em um barco com duas crianças. Ele diz que vai contar uma história incrível e excepcional para elas e daí então começa a abertura de fato, ao som da famosa “Noites da Arábia” (nome da versão brasileira da canção).

A música, claro, teve uma repaginada e, enquanto é tocada, imagens do filme são apresentadas em um grande show de efeitos visuais de tirarem o fôlego.

3- Há uma diversidade em cores mais bem explorada

A direção de arte do longa é fenomenal. Tudo tem seu detalhamento e o uso das cores é muito bem aproveitado. Na cidade de Agrabah, onde a trama acontece, o amarelo arenoso predomina, assim como no filme de 1992. Porém a diversidade de cores no live-action tem um capricho a mais ao utilizá-las em outros momentos.

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Jasmine troca de roupa ao menos cinco vezes. Cada uma em um tom diferente. A princesa da história original usa apenas o tradicional traje azul turquesa e um longo vermelho, quase no fim da trama. O Gênio também faz essa troca de figurino frequentemente.

'Aladdin'
Will Smith faz o Gênio da lâmpada mágica em ‘Aladdin’. (Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

A caverna de tesouros, local onde Aladdin encontra a lâmpada mágica, é outro exemplo claro disso. No antigo filme, o amarelo ouro vibrante causa uma percepção diferente ao azul escuro do novo filme. E isso é relevante? De início, pode parecer que não, mas isso fará toda a diferença quando você conferir o produto final.

Além do mais, cores não influenciam apenas a parte real e física – como os cenários, as vestimentas e os personagens – mas também pode significar sentimentos, sensações e provocações (a exemplo da cor azul, que geralmente está associada ao sentimento de tristeza).

4- Ambientes diferentes e melhor explorados

Falando de cenários, aquele que mais se diferencia entre os dois filmes é o palácio do sultão, aquele que governa o reino. De um lado, um cômodo branco sem fim compõe a sala principal do pai de Jasmine. Do outro, uma sala menor e mais escura (porém caprichada) aparece na nova versão. O mais importante é que a mudança foi benéfica.

A cidade de Agrabah é outra que sofreu mudanças na apresentação. Há muito mais cenas externas, incluindo as de ação, e assim podemos observar melhor os detalhes pensados pela Disney nessa adaptação.

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'Aladdin'
(Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

Roteiro e acontecimentos dentro da trama

5- A relação entre Jafar, lâmpada mágica e Aladdin

No desenho, Jafar cobiça tanto a lâmpada mágica que ele chega a mandar um ladrão para buscá-la antes de encontrar Aladdin, personagem de Mena Massoud. Na adaptação, esse ladrão não existe, e o vilão aposta de primeira em Aladdin para ir atrás de seu tesouro, já que observou suas habilidades enquanto fugia de soldados em Agrabah.

Jafar inclusive já sabia onde a lâmpada ficava. O processo dele em busca de encontrar o local para então forçar alguém a buscar o tesouro não existe neste live-action. Portanto, não há o famoso “besouro dourado” que iluminava o caminho até o templo perdido, e não existe também a cena da prisão de Aladdin, onde Jafar se disfarça de prisioneiro e o influencia a pegar aquilo que ele quer, numa espécie de “troca de favores”.

'Aladdin'
Mena Massoud é Aladdin e Marwan Kenzari é Jafar no novo live-action da Disney. (Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

6- O encontro de Aladdin e Jasmine

Já acontece no primeiro ato no live-action, naquela cena em que a princesa sai disfarçada pela cidade e entrega comida para crianças sem lar. No original, o herói se depara com Jasmine durante uma fuga dos soldados do sultão.

7- O pai de Jasmine

O sultão de Agrabah é muito mais realista e sério na nova versão. O comandante do reino é bem-humorado e mais cômico no longa de 1992. Sua função agora é muito mais estratégica e ele participa constantemente das questões políticas, como alianças e possíveis ataques a outros reinos.

'Aladdin'
Navid Negahban interpreta o sultão em ‘Aladdin’. (Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

Inclusive, ele é mais humano também. O passado de sua esposa, mãe da princesa, é mais explorado e isso é um fator fundamental para o desenvolvimentos dos dois personagens. Tanto é que um dos desejos de Jafar é atacar a cidade natal da mãe de Jasmine…

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8- O objetivo de Jafar é pluralizado

O desejo de Jafar não se reduz apenas à lâmpada mágica. Na verdade, o arco do vilão sempre foi se tornar sultão e conseguir ser o feiticeiro mais poderoso do mundo. Só que nessa nova trama o casamento com Jasmine é apenas um “plus“.

Jafar demonstra interesse em se casar com a princesa só lá no ato final do filme. Tal desejo se mostra presente desde o começo da história no desenho antigo. Esse arco acaba sendo deixando um pouco de lado agora e torna o personagem de Marwan Kenzari mais vidrado em ter o poder todo para si do que realmente precisar de uma esposa ao seu lado.

9- E seu papagaio é menos fantasioso

Não só a ave falante do vilão é mais realista – obviamente devido aos gráficos avançados do live-action – mas a personalidade dele também sofreu alterações. O antigo papagaio tinha falas ásperas e conversava diretamente com Jafar. Agora ele apenas reproduz algumas palavras que seu amo diz.

'Aladdin', de 1992
(IMDb/Divulgação)

10- Jasmine e sua discussão sobre ser princesa (possível spoiler)

No longa original, Jasmine entrega que é a princesa de Agrabah nos 20 primeiros minutos da trama – o que choca tanto Aladdin quanto as outras pessoas ao seu redor. No live-action, ela esconde a todo custo que é filha do sultão e só revela esse fato a Aladdin muito tempo depois da introdução da história.

Isso se deve ao arco dramático da personagem que, de longe, sofreu as maiores interferências dos roteiristas para essa adaptação. Jafar é fisicamente diferente do original, mas mantém a essência do personagem. Aladdin e seu macaco Abu são muito parecidos com os da animação. Mas Jasmine se diferencia para além do visual.

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'Aladdin'
Naomi Scott dá vida à princesa Jasmine. (Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

Fica claro que a princesa foi desenvolvida para servir de inspiração ao público, especialmente para as mulheres. A personalidade dela reafirma constantemente sua importância como uma pessoa que pensa por si, sem a necessidade de ter seu destino traçado por terceiros. Agora, isso é engrandecido ainda mais.

Tanto é que a personagem interpretada por Naomi Scott ganhou uma música inédita só sobre isso. “Speechless” é uma nova canção inserida no ato final da trama em que Jasmine diz que não se calará e não deixará ninguém passar por cima de suas palavras. A performance é vibrante e se consagra uma das melhores partes do filme.

11- A questão do tapete mágico

No desenho, aparentemente era normal chegar com um tapete mágico e desfilar pelas ruas da cidade. Pelo menos foi isso que Aladdin – ou melhor, o príncipe Alí – fez quando “foi visitar Agrabah” para fazer acordos com o sultão e conquistar Jasmine a partir das riquezas que poderia oferecer.

'Aladdin', de 1992
(IMDb/Divulgação)

Inclusive, ainda no desenho, o pai de Jasmine chega a subir no tapete e tenta dar um passeio nele sem compromisso. No live-action, o tapete (e todos os outros artifícios mágicos) se escondem das pessoas “comuns”. A primeira vez em que o tapete aparece para outra pessoa além de Aladdin é quando o protagonista chama Jasmine para um passeio sobre o reino, no céu estrelado.

12- Inserção de novos personagens

Três novos personagens foram incluídos no elenco coadjuvante de ‘Aladdin’. São eles: Dalia (Nasim Pedrad), a conselheira e amiga mais próxima de Jasmine, Hakim (Numan Acar), o soldado mais leal do sultão, e o príncipe Anders (Billy Magnussen), o primeiro que chega à Agrabah para tentar um casamento arranjado com a princesa.

Os três têm papéis relevantes na trama, uma vez que Dalia está diretamente ligada com à rotina da princesa, Hakim atua nos interesses de seu governante e Anders precede a chegada do príncipe Alí, no momento em que Jasmine já está desmotivada e raivosa em ter que encontrar um parceiro a todo custo.

'Aladdin'
Nasim Pedrad vive Dalia, nova personagem inserida na trama. (Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

13- O príncipe Alí age de maneira diferente

Em um clima fantasioso, o Alí do desenho é seguro de si, sabe tomar decisões e responder questionamentos sem problemas ali mesmo, na hora. O príncipe da nova produção sofre um pouco com essa adaptação.

Afinal, Aladdin saiu da vida de bandido e se tornou príncipe em muito pouco tempo. Isso é interessante de conferir no longa. O fator foi explorado de maneira realista e “mais próxima” do que seria realidade. Nesse quesito, temos um investimento detalhado no roteiro.

'Aladdin'
(Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

14- A conexão entre Jasmine e Aladdin

A relação entre o casal é melhor aproveitada no live-action. Já que o filme tem 30 minutos a mais, o diretor Guy Ritchie pôde desenvolver melhor a aproximação, o envolvimento e a conquista entre esses dois personagens. Isso acontece muito rápido no desenho e deixa a sensação de que a conexão entre os dois foi apressada demais.'Aladdin'

15- A canção de Jafar (possível spoiler)

Quando Jafar pede ao Gênio que ele o transforme em um mago poderoso, o vilão canta sua música maléfica – uma das mais conhecidas do desenho antigo. No live-action, os fãs irão estranhar, pois: não há a canção de Jafar.

O personagem foi destinado muito mais a realizar seus planos egocêntricos e conquistar o poder – e não lhe restou uma brecha na sonora.

'Aladdin'
(Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

Outra coisa que não existe na adaptação é a forma de serpente do vilão, animal que ele personifica no ato final do desenho.

16- O destino de dois personagens importantes (spoiler!)

Jafar deseja se tornar o ser mais poderoso do mundo e vira o Gênio da lâmpada, destino igual em ambos os filmes. Aladdin se casa com Jasmine e desfruta do reconhecimento do pai dela e do povo de Agrabah, também igual nos dois filmes. Agora, Jasmine e o Gênio tiveram finais diferentes.

No desenho, o Gênio é libertado por Aladdin e ele sai em busca de aventuras pelo mundo. No novo filme, ele também é libertado, mas permanece em Agrabah e se casa com Dalia, com quem tem dois filhos. E esses filhos são aqueles lá do início, os que estavam ouvindo a história da versão humana do Gênio (agora para sempre humano e não mais Gênio).

'Aladdin'
(Daniel Smith/Image.net/Divulgação)

Jasmine tem seu arco concluído da mesma forma que no desenho, exceto pelo fato de que agora, após todos os debates que ela levantou e o seu desenvolvimento durante a trama, ela se torna sultã e assume o governo de Agrabah. Um final, no mínimo, digno para a personagem e um acerto em comparação ao filme anterior. A princesa se torna líder de sua nação (e nós adoramos isso!).

'Aladdin'

Muitas coisas foram mudadas da história antiga para essa nova versão, que chega nessa quinta-feira (23) aos cinemas brasileiros. Independentemente disso, o filme continua sendo nostálgico e com certeza irá agradar o público de todas as idades.

A nossa dica está aí. Que tal ver um cineminha essa semana?

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