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Por que coelhos e ovos são símbolos da Páscoa?

Você já parou para pensar por que esses símbolos são usados? A resposta tem a ver com o imaginário cristão, a primavera na Europa e as tradições judaicas.

Por Júlia Warken
Atualizado em 15 abr 2024, 16h13 - Publicado em 16 abr 2017, 01h00

Anualmente, quarenta dias depois do Carnaval, é comemorada a data mais importante do calendário cristão (sim, mais importante até do que o Natal): a Páscoa. O domingo de Páscoa relembra a ressurreição de Jesus Cristo, mas mesmo quem não segue religião alguma acaba entrando no clima. Além da Sexta-Feira Santa – que influencia a vida de todo mundo, pois é um feriado oficial no Brasil – existe toda aquela tradição gostosa de presentear os amigos e a família com chocolates e afins.

Mas, afinal, o que a data cristã tem a ver com símbolos universalmente conhecidos, como os ovos e o coelho de Páscoa? A resposta está no conceito de nascimento e fertilidade. Isso porque a Páscoa, segundo a tradição cristã, remete à renovação da vida (ou ressurreição).

O coelho entra em cena por ser um animal incrivelmente fértil, que se reproduz em grandes ninhadas. As coelhas já podem ficar prenhas uma semana após o parto e, nas espécies domésticas, as ninhadas costumam ter entre 8 e 12 filhotes. Esse número aumenta em espécies de grande porte. O coelho como símbolo de prosperidade e fertilidade é algo que está presente na cultura de diversos povos ao longo da história.

Na Europa, o animal também tornou-se símbolo das comemorações pelo fim do inverno e pela chegada da primavera (que, no Hemisfério Norte, coincide com a chegada da Páscoa). É nessa época que os coelhos selvagens saem de suas tocas e se espalham pela floresta.

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Lógico que, biologicamente, coelhos e ovos não têm relação alguma. Mas no imaginário simbólico, a ligação entre ambos é muito clara. O ovo também remete ao conceito de nascimento e é por isso que acabou ganhando lugar de destaque na tradição pascal. Muito antes de o chocolate entrar em cena, antigos povos europeus já tinham a tradição de enfeitar ovos cozidos e oferecê-los como presente aos amigos e familiares na época de Páscoa. No Brasil, esse costume não é muito comum atualmente, mas ainda é cultivado por algumas famílias.

O ovo como símbolo da Páscoa também está relacionado à tradição judaica. A Páscoa é festejada na mesma época do Pêssach, que celebra a libertação do povo judeu no Egito. Em diversos aspectos, a simbologia cristã bebe da fonte judaica, mas os significados foram sendo adaptado e reinventados ao longo da história. A própria palavra Páscoa vem de Pêssach, que significa “passagem”em hebraico.

Para os judeus, o ovo é parte importantíssima do Sêder, jantar que marca a passagem do Pêssach. Nessa tradição, o ovo é valorizado por endurecer ao ser cozido, ao contrário da maioria dos alimentos. Dessa forma, ele representa a força do povo judeu, que se torna mais forte cada vez que passa por épocas de sofrimento.

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