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A reação dos homens ao papo sobre assédio no ‘Encontro’ diz muita coisa

Teve até homem dizendo que uma guerra civil está próxima, pois hoje "tudo é assédio".

Por Júlia Warken
Atualizado em 16 jan 2020, 10h55 - Publicado em 2 ago 2018, 12h47

Nessa quinta-feira (2), o “Encontro com Fátima Bernardes” – que está sendo comandado por Ana Furtado essa semana – falou sobre assédio. Primeiramente, foi mostrado um vídeo em que uma mulher recebe uma cantada na rua, reclama da atitude, e recebe um tapa na cara por parte do agressor. O caso é real e aconteceu na França. Depois, foi apresentado o projeto “Chega de Fiu Fiu” e rolou um debate sobre os limites entre flerte e assédio.

Através do Twitter, muitas mulheres elogiaram a pauta e compartilharam suas histórias de assédio, afinal, toda mulher já passou por isso e sabe o quanto é revoltante.

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Na direção contrária, diversos homens foram reclamar da pauta e, mais ainda, reclamar do ~fato~ de que “tudo hoje em dia é assédio”. Muitos também deixaram claro que estão confusos, pois, para eles, não há mais diferenciação entre flerte e assédio. Não apenas confusos, mas também se sentindo lesados.

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E você achava que não ia ter vitimização da vítima nesse combo? Pois achou errado, amiga!

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E além de querer acabar com os homens, parece que também estamos prestes a iniciar uma guerra civil.

E você quer homem ensinando como a gente devia exercer o feminismo? Tem também.

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Tem homem que acha um absurdo não poder mais assobiar para as mulheres na rua. Afinal, todos sabemos que esse método é super eficaz na arte da conquista, né?

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E teve também gente relativizando as situações, afinal, existe o sofrimento dos homens também.

Que fique claro: ninguém está dizendo que é OK uma mulher ser inconveniente passando cantada. Só que, colocando sob perspectiva, os homens não sentem na pele o medo que a gente sente e não sabem o que é viver numa cultura que te coloca como propriedade do outro – em que mulheres são desfrutáveis e homens desfrutam.

Estamos exaustas da objetificação, de ter que pensar duas vezes antes de colocar uma saia, de mudar o trajeto até o ponto de ônibus para evitar passar em frente a tal boteco onde os homens falam coisas como “olha aquele peitinho empinado” só por esporte, só porque eles podem e o mundo sempre foi assim. Cansadas de ver homens sem camisa andando livremente pelas ruas no verão, mas se o short de uma menina é curto ela está “pedindo”. Cansadas de ouvir que se uma mulher não se dá ao respeito, então ela não merece respeito.

E quando a gente acha que não precisa mais explicar o óbvio, tuítes como esses nos fazem ver que ainda há um longo caminho a seguir. Haja saúde e paciência!

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