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As mulheres que estão transformando o futebol em Recife

Conheça o time de futebol feminino que desafia preconceitos na capital pernambucana

Por Abril Branded Content
Atualizado em 17 jan 2020, 11h54 - Publicado em 29 nov 2017, 10h30

No Recife, capital pernambucana, futebol é coisa de quem quiser jogar. É o que deixa bem claro o Aurora Futebol Clube, iniciativa de um grupo de mulheres que decidiu ocupar, com o esporte bretão, uma quadra na Rua da Aurora, no Centro do Recife, todas as segundas-feiras à noite. O projeto #hellocidades, oferecido pela Motorola, convida você a fazer como as meninas: se reconectar com a cidade e aproveitar o que tem de melhor no Recife e em suas ruas.

Em janeiro de 2018, o grupo de peladeiras comemora aniversário de dois anos de muitos gols. A história começou em 2016, com um pequeno grupo formado por meninas conhecidas e desconhecidas que resolveu se juntar para jogar bola. “Inicialmente, a pelada iria acontecer na quadra de um prédio, mas tivemos problemas para nos reunirmos no condomínio de uma amiga, em razão da alegação de impedimentos de regimento condominial, e daí pensamos, no mesmo dia, em ver se a quadra pública da Aurora estava vaga. Éramos entre oito e nove mulheres”, conta a advogada e organizadora do Aurora FC Andrielly Gutierres, 24 anos, que está no grupo desde o início.

Desse dia em diante, o clube se reúne às segundas, das 18h30 às 21h30, na quadra pública, em um jogo aberto a todas que quiserem chegar. “A proposta da pelada é ser recreativa, receptiva e pública”, diz Andrielly. Para participar, não é necessário muito mais do que a vontade de bater bola e um celular em mãos: “Sempre avisamos pelo Instagram se a pelada do dia está confirmada e trocamos informações em um grupo de WhatsApp que atualmente possui 82 participantes. Lá, fazemos uma chamada para termos noção de quantas meninas poderão ir no dia”, explica a jornalista Marina Afonso, 26 anos, uma das responsáveis pela divulgação na rede social de fotos.

“Parodiando os nomes dos blocos de carnaval daqui do Recife e de Olinda, nos descrevemos como ‘Grupo Futebolístico Recreativo Feminino’, o que nada mais é do que um grupo de meninas que se encontram semanalmente para ter um momento de descontração por meio do futebol amador”, diz Marina.

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Vencendo preconceitos

Apesar do sucesso da iniciativa, nem tudo foi tranquilo na trajetória do grupo de mulheres que abraçou o futebol como esporte. Machismo e preconceitos de toda espécie são comuns quando o trinômio futebol, bola e mulher se forma. “O preconceito no dia a dia vem muito por meio de piadas, como se o humor fosse um invólucro perfeito para isso. Hoje é difícil, embora ainda possível, encontrar alguém que afirme categoricamente que ‘futebol não é para mulher’”, revela Andrielly.

Para jogar no Aurora Futebol Clube, basta aparecer com vontade de jogar e fazer novas conexões (Giselli Carvalho/Divulgação)

A também jornalista e fundadora do Aurora FC Larissa Brainer trabalha atualmente na ONG love.fútbol, que constrói campos e quadras de futebol em parceria com comunidades. Para combater o preconceito enfrentado pelo futebol feminino e fortalecer o espaço das mulheres no esporte, ela atua de forma direcionada. “Dentro da organização, lidero uma campanha permanente de promoção do futebol feminino chamada #JogaPraElas. A nossa ação mais recente foi a realização de uma roda de conversa sobre representatividade da mulher no futebol, parte de uma agenda de ciclos de debates que chamamos love.fútbol Talks”, explica Larissa.

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“O futebol feminino é repleto de grandes talentos potenciais, mas sofre por falta de investimento dos clubes. Se no profissional é assim, no amador, então, nem se fala. O machismo e o preconceito são muito vivos”, diz Marina Afonso. Ela diz — e outras jogadoras são testemunhas — que o grupo já foi vítima de ofensas de homens que passavam pela Rua Aurora durante as partidas e que isso espalhou insegurança pelo grupo. Mas elas não retrocederam. “Lutamos para conquistar aquele espaço que é público e também é das mulheres e tentamos incentivar outras meninas a fazerem o mesmo”, reforça Marina Afonso.

Para Andrielly Gutierres, praticar o esporte pelo qual se interessou ainda criança é, além de uma ótima prática física e de integração, uma maneira de resistir aos preconceitos. “Acho que a valorização do futebol feminino passa por ações como essa do Aurora Futebol Clube de tentar tornar comum a prática do esporte por mulheres, sem o exotismo tão naturalizado”, diz.

Que tal aparecer para bater bola com as meninas do Aurora FC, conectar-se com outras pessoas com interesses comuns na cidade e ainda participar desse movimento de esporte e resistência? Pegue o seu celular, acesse o Instagram do grupo e fique por dentro das peladas. E registre sua experiência com a hashtag #hellocidades. Ocupe as ruas do Recife e reconecte-se com a cidade através do hellomoto.com.br.

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